Respiro fundo e começo a falar.
-Eu vou para minha casa. -digo de uma vez.
Simon bate no volante, e Caleb passa a mão pela cabeça, ambos estavam claramente tensos.
-Não vai dizer que acreditou nas palavras que aquela puta falou? -Simon pergunta.
-Quem é Sarah? -rebato
minutos atrás
Kate pega em minha mão antes de sair, e deixa um bilhete: "Pergunte a Simon e Caleb quem é Sarah."
O bilhete acompanhava uma foto, com data e hora de Caleb levando uma loira no colo, enquanto Simon segurava o sapato de salto e a bolsa da mesma.-Quem é Sarah porra?! Pergunto novamente, jogando a foto no colo deles.
-Lana... Porra, não é isso, não temos nada com Sarah. -Caleb responde, mas eu não acredito. Não confio em mais ninguém.
-Vocês pareciam íntimos... -digo apontando com o queixo para a foto.
-Lana, para. Não acredita no que ela tá dizendo. Ela odeia você, obvio que iria querer te prejudicar. -Simon
-Fodam-se todos vocês. São fotos, que comprovam que vocês não estavam só comigo. Vocês mentiram. É a porra de um fato, isso aconteceu quando já estávamos envolvidos. -digo quase chorando.
-Não, não mentim... -Simon
-Só me levem na porra da minha casa. -interrompo e o carro é ligado.
No caminho, ninguém disse nada. Não houve conversa, apenas um silêncio doloroso. Eu estava quebrada, acabada e magoada. Com todos.
-Chegamos. -diz Simon se virando para mim.
-Bom... Obrigada por tudo dentro da unidade. A gente se vê. -falo deixando uma lágrima escorrer.
-Não era pra ser assim ratinha. -diz Caleb com os olhos marejados, tentando me fazer carinho mas eu evito.
-Vou sentir sua falta, meu bem. Eu não quero que você vá e eu queria dizer que não é isso... -Simon fala apoiando o rosto no banco.
-Por favor, eu sinto que vou explodir. Só me deixa ir pra casa. -digo e saio do carro, adentrando o apartamento.
O carro acelera e vai embora. Eles aceitaram e saíram da minha vida, tão rápido como entraram.
Eu não tinha bolsa, não tinha chaves, não tinha celular. Tudo que eu tinha, explodiu. Por sorte, eu deixava uma cópia da chave embaixo do tapete, é assim que entro em casa.
Era estranho estar lá depois de tanto tempo. O branco das paredes, os cômodos espaçosos e decorados. Mas, eu me sentia vazia, triste e um lixo.
Largo minhas bagagens no chão, tiro meus calçados e tranco a porta. Começo a chorar, um soluço doloroso sai da minha garganta. Choro tanto que sinto meu ar faltar.
Me levanto e abro a geladeira, trazendo uma garrafa de vinho cheia. Bebo direto na garrafa, sentindo o gosto do álcool harmonizar com o amargor dos meus sentimentos.
Estava totalmente bêbada, por isso, a dor era suportável.
-Seus filhos da puta! Todos vocês. Simon, Caleb, Kate, Mãe, Pai! Eu odeio vocês! -falo arremessando a garrafa vazia na parede, a mesma se destrói em vários pedaços.
Eu estava tonta demais, totalmente fora de mim. Me deito no tapete da sala e adormeço com a roupa do corpo.
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Presa Com Soldados̷ - slowburn
Roman d'amourLana, uma solitária mulher de 23 anos que tem a vida monótona da cidade e atua no marketing da empresa, divide a vida com Kate, sua única amiga. Sem família, apenas uma amiga e frustrada sexualmente. O improvável ocorre em uma explosão misteriosa n...