• Capítulo 18

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Alguns anos no passado

O dia mal havia começado quando Henri decidiu que seria uma boa ideia tomar uma garrafa inteira da bebida mais forte que passou por seus olhos. A cada copo virado antes das seis e meia da manhã, foi uma chance de começar um inferno na vida das pessoas que moravam consigo. Eram poucas as vezes que o homem demonstrava estar sóbrio de verdade e ainda sim, era um risco para si e para os outros a sua volta.

Quando o relógio bateu as dez horas da manhã, ele estava em seu escritório trancado mais uma vez, remoendo as decisões de sua esposa para com seus filhos e sua fortuna. Segundo seus pensamentos e suas palavras, ela estaria mais que certa se passasse tudo para seu nome, no entanto, a mesma escolheu dar tudo ao seu filho e isso foi um dos motivos para tantas brigas que explodiram aleatoriamente dentro de casa.

Desde o dia em que seus filhos entraram de férias e cada um buscou um canto para se enfiar, Henri se decidiu, colocou em sua mente que ajudaria sua esposa com os assuntos de fora com a intenção de persuadir os passos dela. A última vez que tentou, foi colocado para dormir no sofá por uma semana, para aprender a como respeitar a mulher que banca boa parte do lugar onde mora.

Eram três horas da tarde quando o silêncio da casa foi tomado por um grito ridiculamente estranho vindo de Marina, sua esposa, que até então, estava quieta em seu escritório no sótão da casa. O grito desesperado fez com que Logan subisse as escadas rapidamente, incrédulo por tamanho grito ter consegui alcançar a casa inteira. No instante em que a porta foi aberta, deparou-se com seu pai quase sob sua mãe, com os punhos fechados em um soco, coisas jogadas no chão e uma mulher assustada no canto da janela.

Naquela hora Logan não sobe muito o que fazer, apenas avançou em direção a sua mãe ficando entre ela e seu pai, que estava com a aparência de um louco, os olhos brilhando em um tom tão vermelho que mais parecia uma fera fora de si. Quando abriu a boca para questionar as atitudes do homem em sua frente, sentiu certo nojo ao vê-lo sorrir contente pela situação de Marina.

Tentando entender, Logan perguntou várias vezes o que estava acontecendo e como ele havia chegado naquela situação. No entanto, o velho homem só soube dizer que Mariana estava errada, que suas decisões levariam tudo a ruína, que seus planos eram os melhores para sua família e principalmente para si. Tentando impedir que o homem mais uma vez avançasse contra sua mãe no instante em que ela se moveu, Logan virou-se para protegê-la escutando Henri tirar o chicote pole de suas calças com correntes espalhadas e em um segundo, sentiu suas costas queimarem.

Henri estava louco, não viu meia coisa do que estava fazendo e no instante em que acertou seu filho com toda força que havia em seus braços, com a fúria quem havia em seu corpo, ele caiu em si desesperadamente, vendo a macha de sangue aparecer nas costas de Logan. Sua única reação após isso, foi cair no chão em prantos como um bebê que sabe que algo está errado, mas não sabe como e quando aconteceu suas coisas.

Quando Logan olhou para sua mãe aliviado por ter conseguido contornar toda a situação de algum jeito, a viu se aproximar em desespero, o agarrando com as forças que ainda lhe restavam na intenção de fazê-lo ficar longe de Henri, antes que o mesmo voltasse a alucinar novamente. Escutar sua mãe chorando daquela maneira o fez reprimir seus sentimentos para que ela entendesse que estava tudo bem.

Mesmo com sua mãe lhe protegendo como uma leoa, Logan se levantou, olhou para seu pai caído no chão e pegou Marina no colo levando-a para longe das garras do lobo feros que estava ali. Em toda sua vida o jovem não havia sentido tanto ódio quanto sentiu naquele momento, não por ter sido acertado, mas por ter sua mãe sendo alvo de uma agressão doméstica, coisa que jamais pensou que presenciaria tão perto.

The Mobster The MurdererOnde histórias criam vida. Descubra agora