• Capítulo 8

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E quando menos esperou, toda atenção do mundo voltou-se para si ficando encurralada em uma situação em que não deveria estar, se não fosse pelas graças de seu credor e seu terrível medo em enfrentar a sua família, ela agora estaria livremente livre para dar algumas voltas na casa e não fazer hora em seu trabalho, que contém uma criatura duplamente irritante.

Desde o almoço de família e a fuga no meio da festa como se devessem a alma ali, quatro dias passaram voando e seus pensamentos não cansaram de a levar para a cena em que Logan a beijou com o carro em alta velocidade apenas para provar que de fracote, ele nunca teve nada. No começo pareceu tortura, mas com o tempo os trabalhos foram se acumulando o suficiente para distrair sua mente ao ponto de Logan ser apenas um ruim conto de fadas.

Batucando a caneta na mesa em busca de uma melodia que agrade seus ouvidos, seus olhos se desprendem do nada e focam no andar elegante de um homem que infelizmente conhece muito bem. Vestido em um terno azul escuro, com os cabelos brilhando em gel, barba feita, óculos escuros e duas estátuas ao seu lado, ele vai de encontro com a dona de todo o local com um sorriso sínico em seus lábios.

Katharina — Se um dia me disseram que haveria paz na minha vida, estavam completamente enganados. — Sentando-se corretamente na cadeira, ela volta a ligar seu computador e olhar todo planejamento que acabará de fazer.

Dolabella — O que esse homem faz aqui de novo? Já é a quarta vez na semana. Claro, se formos contar as cinco vezes que ele apareceu na sua mesa para pedir informações. — Olhando para a mulher desprovida de tamanhos e tendo que concordar mentalmente que suas aparições como se fosse um obsessor, já está para lá de irritante, Katharina apenas suspira em rendição a qualquer tentativa vinda dela. — Vocês dois tem algum relacionamento e quer esconder porque ele vai fazer parte da empresa?

Katharina — Eu prefiro que me arranquem o coro a ter algum tipo de relacionamento com esse homem. Somos de mundos diferentes, nunca daria certo, não acha?

Dolabella — Eu tenho certeza. Homens como ele, prefere mulheres mais elegantes, educadas e sem ficha criminal, como a senhorita Cellina e eu.

Katharina — Nunca ouvi tantas verdades em toda a minha vida. — Sorrindo sem parecer falsa, seus olhos caem de volta para a tela do computador.

Dolabella — E lá vem ele de novo... Que homenzinho insistente!

Katharina — E qual é o seu tipo de homem, Bella? Posso te chamar assim, né?

Dolabella — Nunca mais me chame assim, e se quer saber... Aquele segurança de barba ruiva ali, com certeza faz o meu tipo. — Rindo mentalmente, ela sente pena de Franco por estar na mira de Dolabella e toda a sua grandeza.

Katharina — Tenta a sorte, vai falar com ele!

Dolabella — Acha que eu deveria ir? Será que eu tenho chances com um homem desses?

Katharina — Você não vai saber se não tentar. Vai lá falar com ele, se precisar de algumas dicas, eu vou estar bem aqui, escondida na minha mesa.

Dolabella — E o que você sabe sobre homens?

Katharina — Nadinha, nunca sequer namorei na minha vida. Mas é exatamente por isso que eu sou boa pra conselhos, não se esqueça e boa sorte! — Quase fundindo-se com a tela branca, sua atenção para com Dolabella, desaparece. — Que ele não venha aqui, que ele não venha aqui...

Cellina — Com quem você está falando senhorita Monte?

Katharina — Senhorita Cellina... e Logan... Digo, senhor Logan... — Ela se levanta rapidamente e seu semblante muda de "feliz" para o irritado ao ver seu credor ao lado de sua chefe.

The Mobster The MurdererOnde histórias criam vida. Descubra agora