• Capítulo 17

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Tudo começou a ficar realmente estranho no dia em que Henri tentou agredir sua esposa, fazendo com que Logan fosse a defender dos ataques de seu pai, ganhando em troca uma chicotada em suas costas, que virou uma cicatriz e que no fim marcou sua relação com o mesmo. Desde aquele dia, Logan se sentiu confuso em relação a quem Henri realmente era, ou o que poderia fazer, tornando-se mais próximo de sua mãe, ganhando um pouco mais de sua confiança e consequentemente despertando a inveja de seu pai.

No dia em que sua mãe morreu, tudo já havia sido passado para o seu nome, todas as coisas referentes a ela, eram suas por direito. No entanto, tal ato parido da mulher, gerou mais desconforto para Henri, que estava confiante de que receberia boa parte do que ela havia construído. Mas com as palavradas deixadas na carta que escreveu, Henri não deveria ter direito a nada por ser apenas um homem com quem se casou para ter seus filhos e que toda sua fortuna deveria ser passada para o mais velho, ou aquele que tivesse grande interesse em continuar as coisas da família.

Desde então, Logan perdeu quase todo o contato com Henri, decidindo na época do testamento, que seria uma boa hora para deixá-lo de fora de todas as coisas que foram construídas com o esforço de sua mãe. A última vez que se falaram de forma civilizada, aconteceu há dois anos atrás em uma das festas de sua tia, na qual seu pai foi infelizmente convidado e depois disso, não mais se falaram e todas as informações que tinham, ou trocavam, acabava por virar uma grande discussão obrigando Logan a se afastar mais uma vez.

No presente, em uma situação corriqueira em que se viu encurralado, prometeu a sua tia que tentaria mais uma vez falar com o homem de mente banhada em teimosia, com a intenção de reaproximar e esquecer as coisas do passado. De acordo com as palavras de Boscov, Henri já está velho demais e precisa de alguma forma estar ao lado de seus filhos para que tenha redenção caso um dia definhe e morra.

No instante em que o relógio bateu onze e meia da manhã, Logan dispensou Franco e Dragão dando a eles o restante do dia de folga para que o encontro com seu pai fosse o mais natural possível. No momento em que o relógio estava para marcar meio-dia, ele estava entrando para dentro do restaurante em que marcou com seu pai. Há exatos dez minutos, o homem ainda espera por Henri, que está atrasado, coisa que odiava estar quando seus filhos eram pequenos.

Ao olhar novamente para a porta, seus olhos têm a não vislumbre vista de seu pai entrando por ela, com um terno chique de cor cinza, cabelos quase todos brancos e penteados para trás, um par de óculos escuros estravagante e mais dois armários andando ao seu lado, que logo se dispersão pelo salão do restaurante. Educadamente se levantando para cumprimentar o homem com cara de poucos amigos e um olhar frio mesmo que a cor de seus olhos lembre o próprio caramelo.

Henri — Você mudou bastante, rapaz. Parece mais alegre do que a última vez que nos encontramos! — O cumprimento do velho é fraco, não faz questão de apertar a mão de seu filho, que rapidamente recua e se senta, indicando a cadeira em sua frente para que ele possa se sentar. — Quando sua tia me disse que estava disposto a falar comigo, achei que ela estivesse louca. No entanto, aqui está você, com um sorriso mediano, sem gravata, os cabelos desorganizados.

Logan — Pai, achei que estivesse querendo conversar sobre o necessário e não falar sobre a forma como devo me vestir!

Henri — Tem razão, perdoe-me por estar passando dos limites logo no começo! — Logan faz um sinal para cima com a mão e de imediato um garçom se aproxima para anotar os pedidos. A forma com Henri encara o pobre trabalhador, faz Logan sentir seu rosto queimar como se tivesse exposto ao próprio fogo. — Como andam os negócios? Soube por meio de sua tia, que se casou com uma bela mulher.

The Mobster The MurdererOnde histórias criam vida. Descubra agora