54| Seguir Caminhos

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•Justine Skye - Collide

Levo Sassy para um parque que conheço bem. É um lugar tranquilo, com grandes árvores e um lago sereno no centro. O sol está brilhando no céu azul, e o ar está fresco e revigorante.

— Espero que você goste deste lugar. — digo a Sassy enquanto caminhamos pelo parque.

— É lindo, Ran. Não sabia que havia um lugar tão calmo e bonito perto da cidade. — ela diz enquanto vê o verde do lugar rodeado de árvores e flores.

— É um dos meus lugares favoritos para vir relaxar e recarregar as energias. É incrível como estar perto da natureza pode fazer bem para a alma.

Continuamos caminhando, absorvendo a serenidade do lugar. Chegamos à beira do lago e nos sentamos em um banco, observando os patos nadando suavemente na água.

— Às vezes, acho que precisamos apenas parar por um momento e apreciar a beleza ao nosso redor. — comento, olhando para Sassy.

Ela assente, com os olhos brilhando de acordo.

— É verdade. A vida pode ser tão agitada e frenética, esquecemos de desacelerar e simplesmente estar presente.

Concordo, sentindo uma sensação de paz e contentamento se espalhar por mim.

— É por isso que gosto de vir aqui. Ajuda a me lembrar do que realmente importa.

Ficamos sentados em silêncio por um tempo, apenas desfrutando da companhia um do outro e da tranquilidade do parque. É um momento simples, mas significativo.

À medida que o sol se põe no horizonte, lançando uma luz dourada sobre o lago, me sinto grato por este momento e por ter alguém tão especial ao meu lado.

— Ran, posso fazer uma pergunta?

— Claro. O que é?

— Você e o Rindou são de Tokyo mesmo?

— Não. — falo e sinto um ar nostálgico tomar conta de mim enquanto me lembro plenamente de onde eu e Rindou viemos. — Somos de Roppongi.

— Roppongi? Ouvi dizer que essa cidade é muito bonita.

— Ela é perfeita. Rindou e eu colecionamos bons momentos lá. Na verdade, ficamos lá até eu ter 11 e ele 10 anos. Depois fugimos do orfanato e fomos para Tokyo.

— Vocês fugiram do orfanato? Por que?

— Porque uma mulher queria adotar apenas o Rindou. Ele explicou para ela que ele não queria ser adotado se eu não fosse com ele, mas a mulher não queria eu, apenas ele.

— E a sua melhor ideia foi fugir?

— Não exatamente. Eu conversei com a diretora do orfanato, pedi para ela tentar convencer a mulher, mas nada adiantou. E ela disse que eu não poderia ser egoísta, que eu tinha que aceitar a me separar do Rindou. — falo e meus olhos começam a lacrimejar só de lembrar. — Rindou disse que não iria para lugar nenhum sem mim. E então, um dia antes da mulher vir buscar ele, nós fugimos. A pobre coitada já estava com a papelada toda pronta para a adoção dele, teve até polícia no meio. Mas ninguém nunca nos achou.

— Meu Deus... e o que o Rindou achou disso?

— Disso o que? A ideia foi dele. — falo rindo.

— Dele?!

— Sim. Eu tentei convencer ele de que seria melhor se ele fosse adotado, por mais que doesse em mim. Eu sabia que a família era boa e que ele teria tudo do bom e do melhor, portanto eu tentei convencer ele, e disse que daria um jeito para poder visitar ele. Mas ele não quis de jeito nenhum. — abro um sorriso. — Ele olhou para mim e disse: "Você e eu somos igual gato e pulga, nunca nos separamos".

— Rindou te vê como uma figura paterna. — ela diz e olha para mim. — Quando você ficou em coma, ele disse isso pra mim. Portanto, vocês nunca podem se separar.

— Ele disse para mim que se um dia nós nos casar, tanto eu com você quanto ele e a Akira, poderíamos morar na mesma casa ou então no mesmo condomínio. Pois ele não quer se separar.

— Acho que morar no mesmo condomínio daria, mas na mesma casa acho que não daria certo, afinal a privacidade de um casal precisar ser colocada.

— Pensei na mesma coisa.

Abro um sorriso e puxo Sassy para mais perto, querendo o máximo de contato com ela.

— Eu te amo mais que tudo, Sassy. — falo e a abraço.

— Eu também te amo, Ran.

Observo a paisagem tranquila do parque ao meu redor. As árvores balançam suavemente ao vento, e os raios do sol pintam o céu com tons dourados enquanto se põe lentamente no horizonte. É um momento de paz e serenidade, e me sinto grato por estar aqui neste momento.

Enquanto me permito absorver a beleza ao meu redor, meus pensamentos inevitavelmente se voltam para Sassy. Ela é a luz da minha vida, o raio de sol que ilumina até mesmo os dias mais sombrios. Desde que a conheci, ela trouxe alegria e amor à minha vida de uma maneira que nunca pensei que fosse possível.

Observo Sassy ao meu lado, seu rosto iluminado pelo brilho suave do entardecer. Ela é tão linda, tão cheia de vida e bondade. E neste momento, meu coração transborda de amor por ela.

Prometo a mim mesmo, neste momento tranquilo no parque, que farei tudo ao meu alcance para fazê-la feliz. Quero estar ao seu lado em todos os momentos, compartilhando risos e lágrimas, celebrando vitórias e apoiando-a nos momentos difíceis.

Quero ser o seu porto seguro, o seu confidente, o seu melhor amigo. Quero construir um futuro brilhante ao seu lado, enfrentando desafios e aproveitando cada momento precioso juntos.

Enquanto o sol se põe lentamente no horizonte, faço uma promessa silenciosa a mim mesmo e a Sassy: nunca vou parar de amá-la, nunca vou parar de lutar por ela, e nunca vou deixar de fazer tudo o que estiver ao meu alcance para tornar sua vida tão maravilhosa quanto ela merece. Pois seu sorriso é minha maior recompensa, e seu amor é minha maior bênção.

Sair da gangue foi o meu primeiro passo. Sei que a vida de gangue é um caminho perigoso, e isso tomou consciência de todo mundo da Tenjiku, o que fez todos nós chegar em um acordo: dissolver a gangue e seguir vidas diferentes daqui por diante.

Com as nossas famílias.

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