•Música de sugestão:
GAYLE - abcdefuEstou sentada na sala de aula, tentando prestar atenção na explicação do professor sobre a Revolução Industrial. Mas meus olhos não conseguem evitar se desviarem para Ran, que está, mais uma vez, dormindo profundamente na sua cadeira. É sempre a mesma história: ele começa a aula com os olhos semicerrados, e em questão de minutos, está mergulhado em um sono que parece ser mais profundo que o oceano.
Não consigo segurar a risada. É incrível como que ele consegue dormir em praticamente todas as aulas. O professor está falando sobre como as fábricas mudaram o mundo, e lá está o Ran, provavelmente sonhando com qualquer coisa menos chaminés e máquinas a vapor. E o mais engraçado é que ele nunca é pego! É como se tivesse um talento secreto para cochilar sem ser notado.
Me lembro da última vez que tentaram acordá-lo. A professora de geografia até jogou um giz na direção dele, e ele só murmurou algo incompreensível e virou a cabeça para o outro lado, continuando seu cochilo. A sala inteira riu, e até a professora não conseguiu esconder um sorriso.
Hoje, decido me divertir um pouco. Pego meu caderno e escrevo uma mensagem rápida: "Sonhando com a Revolução Industrial?" e coloco bem na frente dele. Alguns colegas que perceberam o que estou fazendo começam a rir baixinho também.
A aula continua e, eventualmente, o sinal toca. Ran acorda com um leve sobressalto, piscando os olhos confusos. Ele olha para o bilhete, lê e balança a cabeça, rindo de si mesmo.
— Vocês realmente não perdem uma, hein? — ele diz, com aquele sorriso de quem sabe que não tem jeito.
Me levanto da cadeira, ainda rindo, e dou um tapinha amigável nas costas dele.
— Alguém tem que manter as coisas interessantes por aqui! — digo, enquanto saímos da sala. Mesmo com todas as suas sonecas inesperadas, Ran sempre consegue fazer meus dias mais divertidos.
Caminhamos juntos até o refeitório e ali nós servimos com algo para comer. Logo noto algo estranho: Rindou não está com o Ran.
— O seu irmão não veio hoje? — pergunto.
— Rin? Ele veio sim. É que ele está na sala de artes terminando um projeto de artes que o povo da sala dele vai ter que fazer e expor na sala. — ele responde e coça os olhos, ele visivelmente ainda está com sono.
— Algo me diz que você ainda está com muito sono. Você dorme tarde todos os dias pelo jeito. — falo rindo junto com ele.
— A minha rotina é puxada, e eu não tenho uma rotina de sono adequada. Cada dia eu durmo em um horário diferente. — ele responde e abre uma caixinha de suco.
— Você precisa começar a cuidar disso. Faz mal não ter uma rotina ideal de sono.
— Eu estou nessa a um tempão. E eu já cheguei a dormir um dia todo.
— O que? Você já dormiu por 24 horas?! — pergunto abismada.
— Eu me lembro que eu tinha feito alguma coisa com o Rin, chegamos em casa seis da tarde. Eu tomei banho e me deitei para dormir às sete da noite, e eu só acordei na sete da noite do dia seguinte.
— Como você conseguiu fazer isso?
— Digamos que eu tenho super poderes. — ele diz rindo.
Começo a rir junto com ele. Ran é aquele típico aluno que tira nota 6 e 7. Que passa de ano raspando. Dorme na sala e toda vez que ele fica acordado reclama de ter que fazer as atividades e usa ChatGPT.
Quando terminamos o nosso almoço continuamos sentados conversando sobre vários outros assuntos diversos, antes do sinal tocar e interromper a nossa conversa, nós fazendo voltar para a sala de aula.
Lá vamos lá de novo.
Quando as aulas terminam, deixo a escola junto com os meus mais novos amigos, rindo e conversando sobre o dia, quando de repente, ouvimos um berro vindo da rua.
— Ô, Maconhaaa! — Sanzu, o namorado do Muto, está lá, gritando a plenos pulmões. A palavra ecoa pelo rua, e todo mundo para o que está fazendo para ver o que está acontecendo. — Olha a Maconhaaaa! Olha a Maconhaaaaa!
Como se isso não fosse suficiente, Muto começa a apertar uma buzina de bicicleta de forma incessante, o som agudo cortando o ar e completando o espetáculo.
Eu olho para meus amigos, e todos nós estamos com os olhos arregalados e as bocas abertas em choque, que logo se transformam em gargalhadas incontroláveis. Eu não consigo segurar, e começo a rir tanto que sinto as lágrimas começarem a se formar nos meus olhos. A combinação do berro do Sanzu e a buzina do Muto é simplesmente hilária.
— Que diabos está acontecendo? — pergunta Mochizuki, mas ninguém consegue responder porque estamos todos ocupados rindo demais. Sanzu, percebendo o sucesso do seu show improvisado, começa a dançar ridiculamente, enquanto Muto continua com a buzina. A cena é surreal.
— Eu não acredito nisso! Eu preciso rever as minhas amizades! — digo entre risadas, segurando minha barriga que já começa a doer de tanto rir. Meus amigos estão no mesmo estado, alguns vermelhos de tanto rir.
Finalmente, Muto para com a buzina e Sanzu para de gritar, mas o estrago já está feito. Aquele momento está gravado nas nossas memórias como um dos mais engraçados da história da escola.
— Vocês são malucos! — grito para eles, ainda rindo. Muto apenas dá de ombros e sorri, enquanto Sanzu faz uma reverência exagerada como se tivesse acabado de encerrar um show.
Nós nos recompomos o suficiente para continuar nosso caminho para casa, mas as risadas ainda ecoam, e sei que vamos lembrar disso por muito tempo. É esse tipo de loucura que torna os dias na escola inesquecíveis.
— Ran, o Sanzu sempre foi assim?
— Drogado, louco ou psicopata? — ele questiona rindo.
— Não precisa ofender o coitado. — falo rindo. — Mas espera aí, ele usa... drogas?!
— Ele só fuma Maconha. — responde Rindou enquanto limpa a lente do seu óculos.
— Meu Deus.
— Bem-Vinda ao G.S.F.M. — diz Ran.
— O que quer dizer isso?
— Garotos só fazem merda. — completa Rindou.
— Estou começando a me arrepender de andar com vocês. — falo rindo.
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Laços Proibidos (+16)
Fanfic[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Depois de deixar Shibuya para trás, Sassy chega a Tokyo determinada a começar sua vida do zero. Em busca de um novo começo, ela se matricula em uma nova escola e rapidamente se envolve nos preparativos para o grande f...