32| Esperança

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•Música de sugestão:
MIIA - Dynasty

Rindou, com os olhos marejados, me olha impressionado com o que o seu irmão acabou de fazer e rapidamente se afasta da cama, sai do quarto e chama um médico.

— Por favor, venha rápido! Ran apertou minha mão duas vezes! — ele diz eufórico, quase que ele perde o ar devido à intensidade das suas emoções que o consomem.

O médico chega apressado, e Rindou explica o que aconteceu.

— Eu estava conversando com a Sassy sobre coisas do passado com o meu irmão, e de repente ele apertou a minha mão! — explica Rindou chorando. — Eu disse que se ele estivesse me ouvindo que ele apertasse a minha mão de novo... e ele apertou... com mais força... ele está saindo do coma?

O médico examina Ran, verificando seus sinais vitais e os movimentos leves em sua mão. A expressão de surpresa e emoção o domina.

— Isso é um verdadeiro milagre. — diz o médico, visivelmente impressionado. — Pacientes entubados e em coma raramente mostram sinais de atividade como essa. Parece que ele está começando a sair do coma. Só não temos como saber quando ele vai sair desse estado de coma, mas ele aparenta estar saindo do coma.

As palavras do médico enchem meu coração de uma esperança renovada. Olho para Rindou, e podemos ver a mesma emoção nos olhos um do outro.

— Ele está voltando. — sussurro, sentindo lágrimas de alívio rolarem pelo meu rosto.

— Estamos aqui, Ran. Estamos esperando por você. — diz Rindou, segurando a mão do irmão com ternura.

Fico ao lado deles, sentindo mais conectada a Ran e a Rindou do que nunca. A esperança cresce dentro de mim, mais forte do que nunca. Sei que ainda há um longo caminho pela frente, mas neste momento, tudo parece possível. E sei que juntos, conseguiremos passar por isso.

O médico nos deixa sozinhos, e eu e Rindou continuamos a vigiar Ran, agora com corações mais leves e esperançosos. A luta ainda não acabou, mas com esse primeiro sinal, sinto que estamos no caminho certo. Ran está voltando para nós, e vamos estar aqui, esperando por ele, prontos para recebê-lo de volta.

Rindou me olha com carinho e pega a minha mão e a coloca cuidadosamente por baixo da mão do Ran, olha para mim com os olhos violetas brilhando como safiras e diz:

— Esse é o momento de vocês dois. Eu sei que ele gosta muito de você, e sei que você sente o mesmo por ele. — ele diz e acaricia meus ombros.

Minha mente está um turbilhão de emoções, mas sinto que preciso falar com ele, mesmo que ele não possa me ouvir.

— Ran. — sussurro, inclinando para mais perto dele. — Eu preciso te dizer uma coisa. — minhas palavras saem trêmulas, e sinto as lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto. — Eu gosto de você, Ran. Sempre gostei. E quando você sair desse coma, prometo que nunca mais vou me afastar de você.

De repente, sinto um aperto em minha mão. Olho para baixo e vejo os dedos de Ran se movendo. Meu coração dispara e minhas lágrimas se tornam de pura emoção.

— Ran? — sussurro, mal acreditando no que estou sentindo.

Olho para Rindou, que está ao meu lado, e vejo que ele também está chorando, claramente emocionado com o que está acontecendo.

— Ele está nos ouvindo. — murmura Rindou, com a voz embargada.

Ran solta minha mão lentamente e parece estar procurando por algo. Compreendendo o que ele quer, me aproximo novamente, colocando minha mão perto da dele.

— Estou aqui, Ran. — digo, tentando conter o choro.

Com um movimento delicado, Ran toca meu rosto com a ponta dos dedos. O gesto é suave, mas cheio de significado. Minhas lágrimas agora são de pura alegria e alívio.

— Estou aqui. — repito, segurando a mão dele contra meu rosto.

O quarto da UTI está silencioso, exceto pelo som dos nossos soluços suaves e os monitores que continuam a monitorar Ran. Este simples gesto, a leve pressão dos dedos dele contra minha pele, significa mais do que qualquer palavra poderia expressar.

Rindou coloca a mão no meu ombro, oferecendo um apoio silencioso.

— Ele está voltando para nós. — diz ele, e seu tom é cheio de esperança renovada.

Fico ali, segurando a mão de Ran contra meu rosto, deixando as lágrimas de alegria caírem livremente.

— Nunca mais vou me afastar de você, Ran. — sussurro novamente, com a certeza de que ele me ouve e que, em breve, tudo ficará bem.

Então, vejo Ran lentamente tirar a mão do meu rosto. Por um momento, fico confusa, mas logo percebo que ele está procurando por outra coisa.

— Ran? — sussurro, observando sua mão se mover no ar, tentando encontrar algo.

Rindou, que estava ao meu lado, entende instantaneamente o que seu irmão deseja. Ele se aproxima, deixando seu rosto ao alcance de Ran. Com uma delicadeza que me comove profundamente, Ran toca o rosto de Rindou. A expressão de Rindou muda imediatamente, e ele começa a chorar, emocionado.

As lágrimas escorrem pelos olhos do Ran, um sinal de que ele está consciente, sentindo e reconhecendo a presença do seu irmão. É um momento de pura conexão e amor fraternal que me deixa completamente sem palavras.

Rindou segura a mão de Ran contra seu rosto, as lágrimas continuando a cair livremente.

— Estou aqui, Ran. Sempre estarei. — diz ele, com a voz quebrada pela emoção. — Estou aqui com você.

Ver os dois irmãos juntos, se reconectando dessa forma, me enche de uma alegria indescritível. As lágrimas enchem meus olhos novamente, mas desta vez são lágrimas de alívio e felicidade.

Ran, com os olhos ainda fechados, continua a tocar o rosto de Rindou, as lágrimas escorrendo silenciosamente. É como se ele estivesse tentando comunicar tudo o que sente sem precisar de palavras. E naquele momento, tudo parece se encaixar, como se finalmente estivéssemos no caminho da cura.

— Ele está voltando para nós. — sussurro, mais para mim mesma, enquanto observo os dois irmãos se reconectarem.

Rindou olha para mim, e vejo a mesma esperança e emoção refletida em seus olhos.

Ficamos ali, juntos, partilhando esse momento de pura emoção e esperança, sabendo que, apesar de todas as dificuldades, estamos finalmente vendo um sinal de que tudo pode ficar bem novamente.

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