Doce sonho.

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Capítulo 24:-Doce sonho

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Capítulo 24:
-Doce sonho.

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-{Passado: Algumas horas após a morte de Silco.

Naquela noite escura e fria, Jinx caminhava pelas ruas sujas e estreitas de Zaun, carregando o corpo sem vida de Silco em seus braços. Cada passo que dava parecia um esforço monumental, não só pelo peso do corpo, mas também pelo fardo esmagador da dor e da culpa que a consumia. Seus olhos estavam arregalados, o rosto manchado de lágrimas e sangue seco. A mente de Jinx estava um turbilhão de vozes e lembranças, cada uma mais torturante que a outra.

"Você o matou..." sussurravam as vozes. "Você está sozinha agora, ninguém vai te amar."

Jinx sentia um vazio indescritível, um buraco negro que devorava cada resquício de sanidade e esperança dentro dela. Silco, o único que acreditou nela, que a acolheu, agora estava morto por suas próprias mãos. Ela olhava para o rosto inerte de Silco, a expressão tranquila ainda visível em seus olhos apagados.

Enquanto caminhava, as ruas de Zaun passavam como um borrão ao seu redor. O barulho do tráfego, os gritos distantes, e os sons de maquinário industrial fundiam-se em um ruído indistinto que parecia amplificar o caos em sua mente. As vozes dos mortos ecoavam incessantemente em sua cabeça, zombando dela, condenando-a.

"Por que você sempre estraga tudo, Powder?" A voz de Vi, fria e distante, se misturava com a de Mylo e Claggor, todos eles repreendendo-a. "Você é um monstro, Jinx."

Chegando ao laboratório de Singed, ela empurrou a porta com o ombro, praticamente tropeçando para dentro. O cientista a olhou com uma expressão impassível, seus olhos clínicos avaliando a situação. Sem dizer uma palavra, ele a guiou para uma mesa onde ela depositou o corpo de Silco com um cuidado desesperado.

Jinx caiu de joelhos ao lado da mesa, abraçando-se enquanto soluçava incontrolavelmente. A dor da perda rasgava seu peito, cada respiração parecia um esforço doloroso.

-Eu... eu não queria... eu não queria que fosse assim… - murmurava, sua voz quebrada pela agonia. - Ele... ele era tudo que eu tinha.

Singed observou-a por um momento antes de começar a trabalhar no corpo de Silco. Ele entendia a perda e a loucura, mas seu papel não era consolar, apenas consertar o que podia ser consertado. Jinx, por sua vez, sentia-se cada vez mais submersa em um mar de desespero. As vozes não paravam, ecoando como um coro macabro em sua mente.

"Você está sozinha, Jinx. Sozinha para sempre."

O vazio dentro dela parecia crescer, ameaçando engolir tudo. Ela olhou para as mãos, tremendo e manchadas de sangue, e começou a rir histericamente, um som sem alegria, apenas um reflexo da loucura que a consumia.

-Eu sou um monstro, não sou? - murmurou para si mesma, seus olhos vazios de esperança.

Singed continuava seu trabalho em silêncio, mas o som metálico de seus instrumentos parecia amplificar a tortura mental de Jinx. Ela se levantou lentamente, os passos trôpegos, e se aproximou da janela suja do laboratório. Olhou para a vastidão sombria de Zaun, sentindo-se mais perdida do que nunca.

Arcane: Condenados (Lux x Jinx)Onde histórias criam vida. Descubra agora