Três anos após a explosão que abalou o conselho de Piltover e deixou Cassandra, a mãe de Caitlyn, cadeirante, Jinx está desaparecida e a cidade ainda se recupera das feridas do passado. Jayce, mais influente do que nunca, negocia um acordo com Demac...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo 46: -Eu aceito.
... |
Ekko empurrou a porta enferrujada com um rangido alto, deixando Zeri passar antes dele. A passagem para o covil dos Fogolumes era uma entrada oculta, quase imperceptível, escondida entre os esgotos escuros de Zaun. Ele jogou um olhar por cima do ombro, garantindo que ninguém os seguia, antes de fechar a porta atrás deles. Zeri, ainda em seu manto preto, parecia uma sombra em movimento, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e apreensão.
A escuridão do corredor logo deu lugar a um espaço amplo e iluminado, onde a vida pulsava de maneira vibrante e inesperada. Ao cruzarem a entrada, Zeri parou abruptamente, seus olhos se arregalando de surpresa e reconhecimento. À frente deles, uma árvore gigantesca dominava o centro do covil, seus galhos estendendo-se como braços acolhedores. Pequenos fogolumes, insetos luminosos que davam nome ao grupo, zumbiam e dançavam ao redor dos galhos, iluminando o espaço com uma luz suave e mágica.
-Uau…- Zeri sussurrou, puxando o capuz do manto negro e o deixando cair. Ao fazer isso, Ekko notou o casaco familiar que ela usava por baixo - um casaco que ele mesmo tinha dado a ela, há muito tempo, para ajudar a controlar a energia elétrica que seu corpo gerava. O casaco azul escuro, desgastado pelo tempo, trazia de volta uma enxurrada de memórias. Ekko sorriu, tocando de leve o braço de Zeri.
-Você ainda tem isso - ele comentou, seu tom brincalhão, mas com um toque de emoção. Zeri olhou para ele, surpresa, e então riu levemente.
-Nunca consegui me desfazer - ela respondeu, os dedos deslizando pelas bordas do casaco. - Além disso, ajuda a evitar que eu queime mais coisas do que o necessário.
Ekko riu, e o som ecoou pelo local. Ele gesticulou para a árvore.
-Bem-vinda ao nosso lar…Parece familiar?
Zeri assentiu lentamente, seus olhos varrendo o espaço ao redor. Crianças corriam e brincavam ao redor da árvore, suas risadas enchendo o ar. Havia adultos, jovens e velhos, sentados em bancos improvisados, conversando em pequenos grupos. As paredes do covil eram cobertas por desenhos e pinturas vibrantes, cada uma contando uma história diferente dos Fogolumes. Era um lugar de vida e comunidade, um refúgio seguro em meio ao caos de Zaun.
Enquanto Zeri absorvia a cena, alguns rostos familiares começaram a se destacar na multidão. Eram antigos amigos, rostos do passado, pessoas que ela conhecia desde criança.
Um grupo de jovens, reconhecendo Zeri, correu até ela com sorrisos largos e braços abertos. Um dos garotos, um jovem de cabelos espetados e um sorriso travesso, gritou com entusiasmo:
-ZERI?!
Zeri nem teve tempo de responder antes de ser envolvida em um abraço coletivo. O impacto a fez cambalear para trás, mas logo se encontrou rindo, sentindo-se envolta em um calor que ela não sentia há muito tempo. Todos ao redor dela começaram a fazer perguntas, todas ao mesmo tempo, suas vozes se misturando em uma cacofonia alegre.
