Três anos após a explosão que abalou o conselho de Piltover e deixou Cassandra, a mãe de Caitlyn, cadeirante, Jinx está desaparecida e a cidade ainda se recupera das feridas do passado. Jayce, mais influente do que nunca, negocia um acordo com Demac...
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Capítulo 49: -Luz das estrelas.
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-{15 anos atrás:
Em uma casa miseravelmente acabada nas profundezas de Zaun, Viktor, com apenas dezoito anos, estava sentado no chão torto, as pernas fracas e torturadas pela dor constante de seu corpo aleijado. As paredes em ruínas e o cheiro de metal oxidado e umidade cercavam o ambiente. O chão estava coberto de poeira e pequenas poças d'água vindas de infiltrações no teto. Mas naquele momento, nada disso importava.
As paredes, antes robustas, estavam agora rachadas e sujas, quase caindo aos pedaços. O lugar era um reflexo da vida
Íris, a mãe de Viktor, estava deitada em uma cama improvisada, feita de trapos e pedaços de tecido gastos, sua respiração irregular, e seu rosto pálido contorcido pela dor intensa. Ela já havia passado por horas de trabalho de parto, e seu corpo estava esgotado.
Viktor estava ajoelhado ao lado da mãe, as mãos tremendo levemente. Ele nunca havia ajudado em um parto antes, mas não havia ninguém mais para fazê-lo. A parteira que eles tentaram chamar era cara demais um hospital sequer era opção, e agora, era ele quem precisava lidar com tudo. Ele observava a mãe, tentando controlar seu próprio nervosismo. Seus olhos dourados, tão cheios de intelecto e raciocínio, agora estavam fixos na cena diante dele, mas com uma preocupação intensa.
Íris soltou um grito de dor, arqueando as costas enquanto segurava com força os lençóis que cobriam o colchão. Suas mãos estavam pálidas e molhadas de suor, os dedos brancos pela tensão. Cada contração parecia uma onda implacável de dor que atravessava seu corpo, e ela já estava à beira de suas forças. Seu rosto estava coberto de suor, e lágrimas escorriam de seus olhos fechados, traçando linhas em suas bochechas marcadas pela fadiga.
-Respira, mãe... respira fundo - Viktor sussurrou, a voz tensa, mas tentando manter a calma para não aumentar o desespero de sua mãe. Ele segurava a mão dela, sentindo os dedos dela apertarem os seus com uma força quase sobrenatural.
Mas cada respiração era difícil para Íris. O ar parecia fugir de seus pulmões, e o esforço de cada contração tornava a respiração irregular. Suas pernas tremiam enquanto ela tentava empurrar, mas o bebê estava demorando. O sofrimento era evidente em cada centímetro de seu corpo, que lutava para trazer uma nova vida ao mundo, mas também estava à beira de colapsar.
-Está quase... está quase - Viktor repetia, tentando confortá-la, mas ele próprio sentia a tensão aumentando. Ele não sabia por quanto tempo mais a mãe poderia aguentar.
Então veio uma contração mais forte, mais intensa que todas as anteriores. Íris gritou novamente, dessa vez um som longo e agudo que ecoou pelas paredes da casa. Viktor entre as pernas da mãe, com os olhos fixos no bebê que começava a aparecer. Ele viu a cabeça da criança e soube que o momento estava perto. Suas mãos tremiam, mas ele fez o possível para estabilizar o corpo e se preparar para segurar o bebê.
