Três anos após a explosão que abalou o conselho de Piltover e deixou Cassandra, a mãe de Caitlyn, cadeirante, Jinx está desaparecida e a cidade ainda se recupera das feridas do passado. Jayce, mais influente do que nunca, negocia um acordo com Demac...
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Capítulo 45: -A tempestade se aproxima.
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A sala de jantar da casa Kiramman era luxuosa e elegante. Uma mesa longa de madeira escura dominava o centro, cercada por cadeiras de veludo ornamentadas. Lustres brilhavam no teto alto, lançando uma luz suave sobre a tapeçaria rica que adornava as paredes. A refeição, meticulosamente preparada, estava disposta na mesa: pratos de porcelana fina com refeições gourmet, taças de cristal cheias de vinho rubro.
Caitlyn, vestida com um uniforme informal de Piltover, tentava encontrar um momento de paz enquanto almoçava com seus pais. Seu pai, Tobias Kiramman, um homem de meia-idade com cabelos azuis-grisalhos bem cuidados, ocupava a cabeceira da mesa. Ele estava absorto em sua refeição, cortando meticulosamente o filé à sua frente. Ao lado dele, Cassandra Kiramman, uma mulher elegante e imponente, mesmo sentada em sua cadeira de rodas, mexia distraidamente na salada, seus olhos fixos em Caitlyn.
-Não consigo acreditar que libertaram aquela criminosa - começou Cassandra, a voz impregnada de desdém. - Jinx deveria estar presa pelo resto da vida…Deixar uma lunática como ela andar livre por Piltover é um insulto à segurança da cidade.
Caitlyn manteve os olhos na sua comida, tentando ignorar o comentário. Mas era difícil. Ela já esperava que o jantar terminasse em uma discussão, como sempre acontecia quando o assunto se voltava para Zaun.
-Você não deveria deixar, Caitlyn, É a xerife da cidade! - continuou Cassandra, sem perceber a tensão de Caitlyn. - Zaun sempre foi um problema. Essas Feras Quimtec... Sabemos que vêm de lá. É óbvio que deveríamos fechar a passagem entre Piltover e Zaun. Manter essa ralé longe da nossa cidade. Piltover deve ser um lugar seguro, não uma extensão daquele esgoto.
Caitlyn ergueu os olhos, sentindo a raiva crescer em seu peito. Ela observou sua mãe por um momento, as mãos apertando os talheres. Tobias olhou brevemente para Caitlyn, percebendo a mudança na atmosfera, mas permaneceu em silêncio.
-Mãe... - Caitlyn começou, a voz baixa, controlada. - Você espera que deixemos as pessoas de Zaun morrerem sozinhas? Porque é isso que você está dizendo.
Cassandra franziu a testa, seu olhar cheio de desprezo.
-Caitlyn, não seja ingênua. Não estou falando de pessoas. Estou falando de criminosos e monstros. Essas criaturas não têm lugar aqui. A segurança de Piltover é nossa prioridade. E se Zaun quer se autodestruir, que o faça longe daqui. Não podemos carregar os problemas deles.
Caitlyn bateu os talheres na mesa com força, o som ecoando pela sala. Tobias suspirou, mas antes que pudesse intervir, Caitlyn se levantou, sua expressão uma mistura de raiva e dor.
-Você realmente acha que é tão simples assim? - a voz de Caitlyn tremeu, mas seu tom era desafiador. - Se Zaun está em caos, é porque nós permitimos que ficasse assim. Porque você e o resto do conselho fecharam os olhos para o que estava acontecendo lá embaixo. Vocês viraram as costas para as pessoas de Zaun, para seus próprios cidadãos!
