Juntos.

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Capítulo 52:-Juntos

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Capítulo 52:
-Juntos.

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O amanhecer em Zaun era uma cacofonia de sons. Um som distante de metal rangendo, vapor escapando de tubulações enferrujadas, o gotejar constante de resíduos químicos se misturando ao ambiente. O ar era pesado, tóxico, repleto de substâncias invisíveis que corriam por toda a cidade subterrânea. Mas, no fundo das zonas mais escuras de Zaun, nas vielas menos iluminadas e esquecidas, outros sons começaram a surgir. Sons baixos, rosnados guturais, como o de criaturas aprisionadas e deformadas.

Das sombras, emergiam Feras Quimtec — criaturas animalescas, seus corpos distorcidos pelo líquido verde que pulsava dentro de veias translúcidas e cabos atravessados por suas costas. Homens que um dia foram humanos, agora aberrações bestiais, com presas, garras e olhos em chamas de um verde doentio. Eram de todos os tipos, algumas lembrando lobos, outras semelhantes a répteis, ou mesmo misturas grotescas de formas humanas e animais. Suas patas, garras ou membros desajeitados batiam no chão sujo, criando um som de reverberação que ecoava pelos becos vazios.

À medida que avançavam, farejavam o ar. O cheiro de humanos se espalhava pelas ruas abandonadas. Imediatamente, as criaturas injetavam mais do fluido Quimtec em seus corpos, seus músculos inchando, a pele se rasgando em alguns pontos, deixando expostas as mecânicas internas que os mantinham de pé. Estavam prontos para o ataque.

Porém, algo estava errado. A cidade parecia deserta.

As feras se moviam de beco em beco, farejando, rondando por entre prédios desmoronados e fábricas abandonadas. Mas não havia som de passos humanos, de vozes, nem mesmo o ruído constante de máquinas de Piltover. Estava silencioso demais.

Então, de repente, uma explosão de movimento.

De prédios acima, dezenas de Zaunitas, escondidos nas sombras, saltaram de telhados e varandas com redes de choque em mãos. As redes lançavam faíscas brilhantes, crepitando com energia Hextec, e caíram sobre as Feras com precisão calculada. Os monstros, pegos de surpresa, gritaram, seus corpos tremendo violentamente enquanto a eletricidade corria por seus corpos distorcidos, retardando seus movimentos.

Do alto, outros Zaunitas armados com rifles modificados com Hextec começaram a atirar. Os tiros eram rápidos e precisos, perfurando a pele grossa das Feras com facilidade. Mas, mesmo assim, as criaturas se recusavam a cair. Suas garras enormes golpeavam o ar, rasgando tudo ao seu redor enquanto tentavam se libertar das redes. O cheiro de queimado misturava-se com o cheiro químico que já impregnava Zaun, tornando o ambiente ainda mais sufocante.

-Agora! - gritou um dos Zaunitas, enquanto outros rapidamente se moviam pelo chão, empunhando facas e lâminas cheias de veneno.

Com uma precisão brutal, os Zaunitas avançaram, cortando os cabos que sustentavam as feras, atingindo os pontos vulneráveis em seus corpos mecânicos. Mas as criaturas eram ferozes, mesmo em seus últimos momentos. Uma das feras, um híbrido de raposa e homem, conseguiu se libertar de sua rede, suas garras rasgando o pescoço de um dos atacantes. Sangue espirrou no ar enquanto o Zaunita caía, seu corpo já sem vida, com os olhos fixos no céu cinza.

Arcane: Condenados (Lux x Jinx)Onde histórias criam vida. Descubra agora