Riquiz
Viro na cama passando a não ao redor dela, abro os olhos quando não sinto Rafael, sento na cama olhando pro nada quando a porta do banheiro se abre revelando ele que sai de toalha com o corpo molhado.
Ele liga a luz do quarto e me olha sentando na ponta da cama, ele pega o celular desbloqueando e começa a mexer concentrado, deito de volta ficando de lado para encará-lo.
Encaro ele que levanta e deixa o celular na cama, dou uma boa encarada com um vontade de pegar, vai que tem b.o, tenho que tá na visão.
Rafael abre o guarda-roupa e pega uma calça social, uma blusa cobrindo o pescoço, cinto preto e uma par de sapatos branco.
Ele tira a toalha da cintura e coloca a cueca, em seguida veste a calça social que destacou bem suas pernas, engulo seco o secando totalmente.
Rafael: é melhor voce tirar foto,. -Falou colocando o cinto e me olhou- estou indo trabalhar, quando você decidir ir embora, deixa a chave com o porteiro e fala que eu irei pegar quando chegar do trabalho.
Balancei a cabeça, ele senta na cama colocando o sapato, o músculo do seu braço se contrai quando ele coloca o sapato, pego meu celular e olho a hora que ainda era sete da manhã. Rafael levanta colocando a blusa e depois passa perfume e desodorante, abre uma gaveta e pega um relógio de ouro colocando no pulso.
– sempre vai bonito? Tá querendo arrumar uma mulher lá? -Ergui uma sobrancelha encarando ele que nega virando.-
Rafael: já não bosta você pra me fazer ficar com dor de cabeça, pra que eu vou arrumar uma mulher agora? Assim eu vou direto pro hospício! -Pegou seu celular em cima da cama guardando no bolso.- Não consigo administrar dois ao mesmo tempo.
– engraçado, fala isso mas o chumbinho não tivesse falado que andriele tinha saído do teu carro, eu nunca ia saber que tu comia ela. -Falei grosso sentando na cama.-
Rafael: A mesma coisa que eu, nunca ia saber que você ia levar a morena lá pro baile quando eu recusei. -Fiquei calado.- Enquanto eu estava fudendo uma, você estava de casal com outra. Acho que estamos quites né.
– ihhh, quites é o caralho! -Falei puto.- come ela de novo, tu vai direto pra cova!
Rafael: sei. -Sorriu me olhando.- já estou indo.
– tanto faz. -Deitei virando pro outro lado.-
A cama se afunda atrás de mim e logo uma boca gelada beija minha bochecha, olho de canto pra ele que sorria me olhando.
Rafael: tchau, fica aqui até mais tarde. -Nego ficando de barriga pra cima.-
– tenho que resolver uns bagulhos na favela, tá ligado? Nem vou vir, se pá, você tem que ir. -Ele fez careta.- papo reto, nem posso ficar descendo assim, mó bobeira eu tô fazendo.
Rafael: tá, qualquer coisa eu falo. -Ele saiu de cima ajeitando a blusa.- tchau.
Dou beleza e ele sai desligado a luz fechando a porta devagar, viro e fecho os olhos de novo.
[...]
Batuco na mesa já estressado, chumbinho me olha enquanto o vapor que tava na boca chegou falando que tinha um cara que devia uns quinhentos reias, isso já faz um mês.
– tu tá tirando né? Essa porra já subiu os juros, um mês caralho! E vc filho da puta só vem falar agora. -Levantei puto.-
N: tô ligado riquiz, o cara era meu afavor, disse que ia pagar quando receber, mas até agora nada. -Se encolheu.-
– foda-se, trás esse merdinha pra cá, hoje vocês fuderem com a minha paz! -Ele balançou a cabeça e saiu.-
Chumbinho: calma riquizinho, rafaelzinho não deu o chazinho? -Falou sorrindo enquanto vinha pro meu lado.- quando Rafael vai vir?
‐ seila, de noite talvez. -Ele balançou a cabeça sentando na mesa.- viu bianca?
Chumbinho: tá ligado que sim, tá lá na casa da vaninha, pintou o cabelo a safada.
– qual cor? -Ele Semicerrou os olhos negando .-
Chumbinho: loira, botou mais cabelo, rapunzel ela.
– papo reto? -Cocei o queixo.- manda ela brotar aqui, quero testar o novo cabelo.
Chumbinho: tu não presta, ainda acha ruim quando o Rafinha pega mulher. Papo reto, ele deve continuar assim pq tu é mó cachorro.
– o que eu posso falar. Eu tentei…-dou de ombros com um sorriso nos lábios.- vai lá e manda ela ir pra casinha de sempre.
Chumbinho: tanto faz. -Fez cara feia saindo.- fica de papo tilt, que chega lá no outro e ele coma andriele de novo. Mó a favor de botar uma gaia em tu.
– vai logo chumbo! -ele saiu fechando a porta com força, olho pro meu celular e a porta se abre.-
N: olha ele aqui. -Puxou o braço de uma cara com o cabelo de reflexo, menino novo, dou uns 19 anos.-
Xx: cara, eu falei que ia pagar! -Falou apavorado.- tu tá ligado que a minha filha nasceu, tive que comprar uns bagulhos pra ela, coé riquiz, vou receber amanhã, amanhã mesmo o dinheiro vai tá na tua mão.
– compre as suas maconha e se garanta filho da puta! Tá achando que aqui é bagunça? Pegar e só pagar quando quiser?
Xx: qualé, minha filha nasceu, mata eu não mano. Eu ia pagar as paradas, mas como, tô com minha filha doente, mó remédios comprei, ela só tem dois meses cara, já não aguentava ver ela chorando agoniada.
– saquei…da um tiro na mão dele de exemplo N.- O mano me olhou desesperado.- coé fio, tiro na mão é melhor que na testa. Só to deixando passar assim, por causa da tua filha, na próxima tua filha vai crescer sem pai.
Ele balançou a cabeça várias vezes e estendeu a mão para o N que tirou a pistola do colete e engoliu seco, ele deu um tiro na mão do cara que gritou fechando os olhos.
– rala agora, paciência tá acabado.- N ajudou ele a se levantar e o tirou da sala.-
Pego meu fuzil na mesa e jogo ele nas costas, saio da boca indo na direção da minha moto e monto colocando a chave na ignição, dou a partida indo pra casinha onde bianca tava.
Parei a moto em frente e desci colocando a chave no pescoço, entro na casa e já vejo ela sentada mexendo no celular, maior unhas e o cabelo loiro passando da bunda, lambo os lábios e ela me encara.