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Rafael

Encaro meu pai de relance que estava me encarando, continuo digitando até ele começar a falar.

Ignacio: Estava transando? -Franzi o cenho levantando a cabeça.-

– Sim, algum problema? Até pq, vou passar 4 dias fora. -Voltei minha atenção para o notebook.- E para de me encarar, faz uma hora que o senhor está fazendo isso.

Ignacio: Não, eu só queria ter certeza que você está usando droga. -Molho os lábios levantando a cabeça devagar, ele curva o tronco para frente dando um sorriso que não era nada de feliz.- Você está usando drogas, Rafael? Pq, o cheiro está você, mesmo depois de passar mil borrifadas de perfume. 

– Ei, eu tomei  banho rápido antes de sair, o senhor está exagerando. -Não neguei sobre a maconha, mas também não vou ficar calado sobre tomar banho, eu tomei um super rápido antes de sair.-

Ignacio: Não está negando sobre as drogas. -Semicerrou os olhos mais minha direção.-

– O que posso fazer, tudo tem sua primeira vez. Estava curioso e fui experimentar. 

Ignacio: Seu namorado usa? -Se ajeitou na poltrona.-

– Pai, vai logo ao ponto. -Fechei o notebook.- Henrique usa maconha sim,  mas acho que isso no rio é bem normal já que na praia o que mais tem é gente fumando maconha. Era só isso? Quer saber algo a mais?

Ignacio: Ele é do crime? -Fito seu rosto que parecia curioso. - Esquece, você não namoraria uma pessoa do crime. -Molho os lábios olhando diretamente nos seus olhos.- O marido da sua tia estava falando que conhecia ele, mas não tinha certeza já que ele só sabia o vulgo do traficante e não seu rosto. Porém, eles tem umas características desse tal traficante na delegacia. 

Engulo seco tentando ficar calmo.

– E é? Ele deve ter se confundindo, mas como era o vulgo desse homem? -Ele olhou pro teto do jatinho pensando.-

Ignacio: Ele disse que tinha dois vulgo, mas em todos esses anos só conseguiu um deles, que era Rz. -Porra.-

– Humm, nunca ouvi esse nome. -Dei de ombros me ajeitando na poltrona.- 

Ignacio: Sei… quando Antony vai para nossa casa? Gostei dele, um menino de ouro. -Sorriu.-

– Eu não sei, pai. -Rodei a dedeira do Henrique no meu dedo.- Olha, vou pedir o Henrique em casamento. 

Ele me olhou com a sobrancelha levantada,parecendo bem supresso. 

Ignacio: Você tem certeza? Não faz muito tempo que vocês estão juntos, acho que não deve ir pela emoção.

‐ Não é pela emoção, eu o amo mesmo, e quero viver do seu lado para sempre, até que a morte nos separe. -Olhei para fora da janela, o céu estava escuro.- Ele não é perfeito, mas soube mudar quando nos conhecemos. 

Ignacio: Se é isso que você quer, vá em frente. Dou minha benção para o seu casamento, o que importa é ver você feliz. -Dou um sorriso fazendo minhas covinhas aparece.- Pra falar a verdade, eu sabia que algum momento você iria querer casar com ele. Quando ele passou a tarde conosco, percebi o jeito que ambos se olhavam, o jeito que ele te olhava era pura ternura.

Ignacio: Como si tuvieras una valiosa obra de arte frente a ti. Sempre mantinha os olhos em sua direção, não importa onde estava.

– Quando chegarmos na França, irei encomendar pares de alianças. Não de noivado, de casamento mesmo já que pra ele já somos casados.

Ignacio: Tem preferência? -Pegou o celular.-

– Quero uma aliança de ouro amarelo e ouro branco. -Ele digitou algo e virou o celular mostrando umas alianças que estava sendo enviado para ele.-

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