37

5.5K 571 175
                                    

Rafael

Meu alarme toca fazendo eu acordar, desligo bloqueando a tela. Sento na cama sentindo a respiração pesada do riquiz do meu lado, levanto da cama dando um beijo em seu rosto e vou para o banheiro.

Não é que ele me recusou mesmo? Pensar que eu fiquei chateado pq ele me recusou, é engraçado.

Termino o meu banho saindo de toalha, ligo a luz do quarto encontrando o Henrique enrolado dos pés a cabeça, estava parecendo um defunto.

Abro o guarda-roupa pegando minha roupas, visto elas deixando o sapato por último. Me aproximei da cama sentando na beira, tiro o lençol do seu rosto dando um beijo devagar em sua boca.

Ele abre os olhos de cara feia e me olha por uns trinta segundos, dou um sorriso para ele que senta.

Riquiz: que hora é? -Coçou o peito com os olhos pequenos.-

‐ sete e alguma coisa. -Dei de ombros levantando, pego meus sapatos.- pode ficar dormindo.

Riquiz: tu já me acordou, vou mais não. -Se espreguiçou -

Concordei amarrando o sapato, seu celular tocou fazendo ele pegar rápido colocando na orelha. Ele faz uma careta levantando rápido, o encarando sem entender.

Riquiz: Tô descendo. -Desligou o celular.- tenho que ir, chegou polícia aí.

- como? -Ele foi pra sala pegando sua camisa fazendo a pistola cair no chão, ele bota a camisa colocando a pistola atrás.-

Riquiz: tô indo, se isso for emboscada, não quero tu no meio. Vou preso sozinho. -Assinto quando ele vai até a porta mas para.- a maconha, tá onde?

- só vai Henrique! Desce pela escada, lá no fundo tem as escadas que vai te levar pro estacionamento também. -Ele nega, dou um sorriso mínimo.- É só maconha, dou o meu jeito.

Ele vem dando um beijo rápido e saí fechando a porta, volto pro quarto procurando a maconha que ele trouxe ontem. Deixo no móvel do lado da cama, para não ficar suspeito.

Cinco minutos depois escutei a companhia , se fosse emboscada eles não iriam bater assim.

Levanto da cama indo pra sala, abro a porta dando de cara com os policiais.

Xx: É o Rafael Douglas? Tudo bom? Somos policiais civis da delegacia de repressão a entorpecentes.

Balanço a cabeça.

Xx: estamos fazendo uma busca e apreensão relacionada a você nesse endereço. Iremos te conduzir a delegacia. Podemos entrar?

- Claro. -Dou espaço para eles entrar, já foram verificado tudo.- Estou sendo denunciado por uso de droga?

Xx: exato! Recebemos uma denúncia do seu prédio, que o senhor estava envolvido com entorpecentes.

- entendo, para ficar mais fácil para ambos, você Achará maconha na gaveta do móvel no meu quarto. Não devo, para ficar escondendo.

Ele balança a cabeça para um policial que vai pro meu quarto.

Xx: uso próprio ou...

- uso próprio! Não sou envolvido com nada criminoso, só uso mesmo.

Ele balança a cabeça e aquele policial lá vem com a maconha em mãos.

Xx: o senhor poderia nos guiar até a delegacia? -Balanço a cabeça e ele vem colocando as algemas.-

Ando devagar soltando um suspiro, é melhor eu do que ele.

Quando saímos do prédio ele me colocou dentro do carro atrás , negócio muito desconfortável para ficar. Eu nunca fui preso, e muito menos entrei dentro de um carro de polícia.

Quando chegamos eles me tiraram e me levaram pra dentro da delegacia, estavam até sendo legal. Talvez por eu ser uma pessoa rica e morar em um apartamento luxuoso? Não vejo isso quando se é uma pessoa que mora em comunidade.

Xx: pode esperar aqui? O delegado já vai vir. -Balancei a cabeça ficando na sala sozinho, minutos depois um homem com barba média entrou.-

Ergo uma sobrancelha pra ele, tem que ser ele.

Del. Alfonso: Bom dia, Rafael. -Sorriu sentando na minha frente.- A quanto tempo, não ia imaginar ver você sendo preso por droga.

- sim, a quanto tempo. Bem, posso chamar meu advogado? Estou bem ocupado nesse momento.

Del. Alfonso: claro, até pq conheço você e sei que não está envolvido em tráfico. -Balanço a cabeça.-

Ele me entrega um celular e eu disquei o número do meu advogado, falo minha situação e ele avisa que está vindo.

Del. Alfonso: Como está seu pai?

- está bem. -Entreguei o celular.-

Del. Alfonso: nunca mais falou com Luísa, fiquei sabendo que terminou seu noivado. -Dou um sorriso mínimo.- Catarina queria lhe ver, chegou da Itália faz um mês.

- Que bom, ela deve está uma mulher linda. -Lembro dela.- mas infelizmente perdemos contato.

Del. Alfonso: posso entregar o número dela para você, Catarina iria adorar. -Neguei dando um sorriso.-

- Estou em um compromisso agora, não quero decepcioná-lo.

Del. Alfonso: entendo, mas aparece lá em casa. -Fala levantando, dou um pequeno aceno fazendo ele sair da sala.-

Suspiro ficando tenso.

Como conheço o delegado Alfonso? Quando eu tinha dezoito anos, conheci Catarina em uma festa e acabei me envolvendo com ela. Mas não era nada no sentido romântico, era só para transar.

E nisso, acabei conhecendo seu pai, mãe, irmã, tia, tio, vó, vô. Todos ficaram alegre, e quem não ficaria feliz em saber que sua filha estava se envolvendo com um filho de um magnata.

Mas acabei conhecendo Jéssica um ano depois, então me afastei e nunca mais vi Catarina...e nem quero ver.

Uma hora depois meu advogado apareceu, resolvemos tudo e eu paguei minha fiança. Falei com o meu advogado que iria mandar o dinheiro quando pegasse meu celular. Susto passando a mão na cabeça sem saber como eu vou pra casa, um carro para na minha frente e já reconheço.

Abro a porta do carro encontrando riquiz já tomado banho e com o rosto preocupado , entro sentando no banco da frente.

Riquiz: Está machucado? Eles te machucaram? -Colocou uma mão no meu rosto enquanto acelerou o carro, nego encarando seu rosto.-

- estou bem, acho que algum vizinho denunciou, já que você fumou na sacada. Mas está tudo bem, não sei pq ficam incomodando, foi no meu apartamento, e não no deles.

Riquiz: fiquei mó preocupado com tu, fui pra casa voando e voltei.

- e nem devia, maluco é você. Dono de um grande porte ilegal de drogas, em frente a uma delegacia.

Riquiz: acha mermo que eu ia embora e deixe você aqui? Nem fudendo. Tava quase metendo uma granada naquela porra!

- Aí ficaria um problema maior.

Riquiz: tô nem aí, você primeiro, nunca vou te deixar. -Fico parado o encarando que percebe e dá um sorriso sem jeito sem me olhar.- vai ir pra casa?

- Sim, nem trabalhar eu vou. -Solto um suspiro fazendo ele desviar do caminho pro meu Prédio.- onde?

Riquiz: morro, vou dar bobeira hoje não. E quero ficar contigo. -Olhou de relance. -

Amor Imperfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora