07/08.
Quarta-feiraRafael
Coloco a mão no ouvido escutando riquiz gritar. Sério, se eu soubesse que esse maluco ia assistir o jogo do flamengo nessa gritaria, eu deixaria o chumbo aqui e depois entregava as coisas que eu comprei.
Riquiz: tomar no cu! Essa porra é vôlei? Pegou na mão desse arrombando aí! -Falou puto jogando a camisa na televisão, prendo a risada o encarando.-
– Vai infartar desse jeito. -Ele levanta tomando em um gole só a cerveja.-
Riquiz: puta que pariu, vou mandar atear fogo nesse estádio, papo reto!
– Vai para São Paulo ? -Ergui uma sobrancelha, ele me encarou sério fazendo eu levantar as mãos em rendição.- Estou brincando, fica calmo. Não sei pra que esse nervosismo todo, flamengo provavelmente vai para as quartas de final.
Riquiz: Esse caralho, tomar no cu, se fuder. -Saiu da sala falando mil palavrões.-
Eu nunca escutei ele falar tanto palavrão como falou hoje, eu estou calmo já que eu não torço para nenhum time, o último time que eu torço é o Barcelona e a seleção espanhola.
Riquiz: Papo reto, vou mandar colocar fogo lá, sem neurose. -Sentou do meu lado abrindo uma latinha de cerveja.-
– Se bem que o Palmeiras está jogando melhor que o flamengo hoje…mas o flamengo foi muito melhor no jogo passado, na minha opinião, ele vai ganhar por mérito do jogo passado. -Dei de ombros, riquiz só balançou a cabeça de cara feia.-
Continuamos assistindo o jogo, faltando 1 minuto para acabar, Henrique puxou meu rosto com tudo colocando nossos lábios, sua boca tinha gosto de cerveja. Fico meio surpreso pelo susto mas continuei retribuindo o beijo.
Riquiz: Pau no cu desses porcos filhos da puta! -Separou o beijo para olhar a televisão, escutei zoada de bomba vindo da rua.- Não jogou muito, não jogou, não deram porra de 2 pênalti, não deram! Mas ganhamos, pra se fuder mermo!
– vai deitar então? -Olhei de solaio pra ele que negou levantando.-
Riquiz: Agora não vida, agora não. -Saiu disparado para fora de casa, nego levantando e desligando a TV.-
Subo as escadas indo na direção do banheiro para escovar os dentes, ligo a luz do banheiro escuto um estrondo na frente da casa e várias vozes altas de homem.
Começo a escovar meus dentes na maior tranquilidade olhando para o espelho, terminando de escovar os dentes eu saio e vou para o quarto ligando o ar-condicionado e me enrolando no lençol quentinho.
Comecei a mexer no celular esperando o querido vir para cama, já que são dez da noite e vou dormir na casa dele.
Riquiz: Oh vida! -Falou alto lá em baixo, continuo calado de costa pra porta.- eu, vou ficar aqui na porta, daqui uma hora eu subo. -Viro para encará-lo, faço um joinha colocando o lençol na metade do meu rosto. -
Ele sai encostando a porta, fico quieto mexendo no celular mas acabo cansando desligando ele. Me ajeito na cama para dormir já que hoje acordei cedo.
[...]
Parecia coisa de momento, eu corria, corria e não parava de ver alguns vultos pretos passando por mim, era por cima de casa e do meu lado. Em algum momento eu abri os olhos com tudo assustado, passo a mão no rosto percebendo que eu acabei caindo no sono.
Riquiz: Que susto Rafael, porra. -Resmungou me olhando, ele estava sentado na cama com as costa na parede, enquanto mexia no celular. - sonhou?
– Tá mais pra pesadelo.- Suspirei sentando, a televisão estava ligada em volume baixo, passava um filme qualquer.- Que horas é?