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Rafael

Enrolei na cama agarrando o travesseiro, a cama se afunda e sinto beijos no meu pescoço e peito. Resmunguei virando de novo e um peso no meu quadril é presente.

Riquiz: acorda.- Sussurrou no meu ouvido, tento virar mas não consigo. - ihhh, tá ficando de pau duro?- abri os olhos enxergando ele sentando no meu colo, faço careta pela dor de cabeça que deu.-

– Sai, Henrique. -Tentei tirar ele de cima, mas não consigo.-

Riquiz: Sai nada, três da tarde pow, já fui em casa, resolvi os b.o e tu dormindo. Sem caô, pensei que tinha morrido. -Se ajeitou em cima do meu colo colocando pressão em certo lugar.-

– Cabeça tá doendo. -Resmunguei passando a mão na testa.-

Riquiz: Vai beber, que passa. -Sorriu dando um selinho rápido na minha boca, ele levanta ajeitando o relógio no pulso.- você lembra algo de ontem? -Me olhou esperançoso.-

Sentei na cama tentando lembrar de tudo, e lembro muito bem das coisas que eu falei pra ele nessa madrugada, acho que reparei que estava santinho algo como gostar, quando fiquei um bom tempo pensativo enquanto bebia.

– Não, não lembro. Por quê?-Minto olhando pro seu rosto, antes que estava alegre, ficou sério.-

Riquiz: tu viu, papo reto.- Negou saindo do quarto, seguro a risada levantando da cama.-

Faço minhas coisas e saio do quarto com fome, encontro ele sentando no sofá todo sério mexendo no celular. Fui em direção do sofá sentando em sua perna, sua atenção foi pra mim em segundos.

– Que foi? -Tombei minha cabeça para o lado.- Algo de errado?

Riquiz : tu pow, deixa o cara naqueles pique depois que falou uns bagulhos, agora fala que não lembra. -ele estalou a língua.- deixa, sabia que ia esquecer mermo. -Falou chateado, mordo a língua pra não soltar uma risada.- Criei mó esperança, pau no cu.

– Sério? Que pena. -Levantei indo na direção da cozinha.- Bem que eu achei uma ótima ideia você fazer meu nome em você.

Abri a geladeira pegando bolo de pote, sentei na cadeira começando a comer, o outro entrou na cozinha todo mansinho me olhando.

Riquiz: então lembra? -Ficou na minha frente. -

– Claro, pq não lembraria? -Perguntei sem entender. -

Riquiz: então…você quer mesmo um bagulho comigo? Sem caô algum, papo de futuro.

– eu falei que queria ontem, não foi?- Levei a colher até minha boca o encarando, ele dá um sorriso fazendo uma covinha do lado esquerdo aparecer.- Foi esse sorriso que você me deu quando eu te vi pela segunda vez, mas aquele lá tava sinistro.

Riquiz: Tamo junto agora em, falou tá falado. Sem papinho de que falou na hora e agora não quer, casados pq não tem isso de namorar não.

– isso é totalmente estranho. Nem te pedi em casamento para nós estarmos casados. -Olhei de relance parando de comer.- Mas fazer oque…

Riquiz: puta que pariu, em dois meses eu arrumei alguém e agora tô de coleira.

– coleira? Virou cachorro?

Riquiz: tô sim, doido pra te morder.- Veio na minha direção puxando meu queixo com tudo.- Sem neurose alguma, quero tu perto de mulher não. Ficar perto até pode, nada de papinho sem sentido pra não dar asa.

– Então senhor Henrique, nada de ficar perto de mulher, não usar drogas quando eu tiver, beber moderado e sem papinho com mulher.

Riquiz: claro, você fala e eu obedeço. -me deu um selinho demorado.- pega a visão, Rafael. Gosto de tu pra caramba, tô ligado que eu não sou fácil e cometi vários erros no passado. Em dois meses tu chegou pra mudar, começamos meio errado, e depois só piorou por erros meus e seu. Saiba que nesse pequeno tempo, você fez eu enxergar algo a mais em você, vou fazer o possível pra esse relacionamento durar pra caramba.

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