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Riquiz

Balanço a mão todo feliz, porra, esses dois dias foi foda. Tô casado mesmo, transei bem gostoso com o Rafael, e fomos em todo lugar em Fernando de Noronha.

– Só vou resolver os bagulhos e amanhã nos ver, tá? -Beijei o canto da sua boca.-

Rafael: Você não pode dormir aqui hoje?

–Sabe o quanto antes eu terminar de resolver, é mais rápido pra eu me afastar. -Ele estala a língua.-

Rafael: Então eu vou pra casa dos meus pais, ok? -Ele olha a hora no relógio.- Vai, vou descansar um pouco pra de noite eu ir.

– tá certo, qualquer coisa depois te ligo. -ele fez um joinha saindo do carro, quando ele entrou no condomínio, acelerei .-

Fui direto pro morro onde assim que viram meu carro, tiraram as barricadas. A buzinei pra eles que balançaram a cabeça em minha direção.

Não perdi tempo e fui diretamente pra boca, se pá, chumbo tá lá com neto.

Desci do carro fazendo com geral que tava de plantão e entro na boca encontrando neto sentando enquanto chumbo abusava.

– Porra, tu não deixa ninguém trabalhar. -Ele me olhou e sorriu.-

Chumbinho: O filho do neto vai nascer daqui duas semanas , riquizinho. -Olhei pro neto que me encarou.-

– Papo reto? Coisa boa, pow.

Neto: A sua também, casou porra? Esse anel de ouro aí. -Chumbinho se alarmou vindo pra cima.-

‐ Calma porra. -Ele pegou na minha mão com tudo.-

Chumbinho: O Rafaelzinho…ele pediu? -Me olhou supresso, balancei a cabeça sorrindo.- Puta que pariu, riquizinho casou de vez!

Neto: Felicidades. -Veio na minha direção fazendo toque.-

– Valeu. Desgruda chumbo, tá com viadagem. -Ele deu língua se afastando.- Tá tudo em ordem?

Neto: Os dias que tu ficou fora, ficou na maior paz, só um carro estranho rodando por fora, deixei os muluques de olho se voltasse.

– Fica de olho mesmo, tô sentindo uma parada boa não, algum bagulho vai acontecer. -Neto balançou a cabeça.- Bora circulando, tenho uns bagulhos pra fazer antes de me afastar do crime.

Chumbinho: Vou ficar com saudades, doidão.  -Bateu nas minha costas.- Vou descer pra quadra.

Ele saiu deixando o neto, sento na cadeira dando um suspiro longo.

Fiquei olhando uns negócios, e sabe quando tu sente que tem algo errado? Tô bem assim.
Tá quase noite, e tá ficando cada vez mais estranho.

Algo tá errado, o clima tá estranho.

Levanto da cadeira indo pra janela que dava pra ver a vista da favela toda.

– Neto, algum bagulho tá errado. -Me apoiei batucando o dedo no tijolo.-

Neto: Como assim? -Se aproximou.-

Quando eu ia responder, meu celular tocou, olho pro nome na tela e já fico alerta, ele não me liga assim do nada.

– Iae Jon, qual é a boa? -Coloco o celular no ouvido fazendo o neto ficar alerta.-

Jon: tu tem 20 minutos pra se preparar e mandar a porra dos seus homens pra guerra!

– Como é?

Jon: Caveirão tá subindo porra, vários indo pro vidigal! Só tem 20 minutos , essa vai ser sua última missão antes de se afastar do crime!

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