Riquiz
Rafael: está me encarando assim pq? -Olhou de relance parando de mexer a carne.- Faz uns cinco minutos que está me encarando.
– você é muito bonito, gostoso pra dizer a verdade, papo reto. -Cruzei os braços fazendo ele dar um sorriso de lado.- teu sorriso é bonito.
Rafael: Você tá estranho. -Fez careta desligando o fogão, a panela de pressão começou a chiar.- Henrique.
– Fala. -Ele apontou pro meu pescoço.-
Rafael: É a sua ex mulher? A mulher soltando fumaça. -Mentir eu não vou né.-
– É, vou meter outra tatuagem por cima, mó bagulho tilt ter ela aqui.
Rafael: Não acho, ficou bonito. -Deu de ombros se encostando no balcão.-
– Vou botar teu rosto então. -Ele me olhou sem entender.- vou fechar o pescoço e vou fazer teu rosto no meu braço
Rafael: emocionado, isso que você é.
– emocionado não, homem apaixonado.- sorri pra ele que negou várias vezes.- tô te falando, quando tu aceitar ter um bagulho sério mesmo, eu meto uma tatuagem pra tu.
Rafael: então vai sonhando. -Falou baixo se virando.-
– eu escutei. -Fiz cara feia.-
Rafael: É pra escutar mesmo. - Desligou o botão da panela de pressão.- irei tomar banho.
– Foi um convite?- Dei um sorriso amarelo o seguindo.-
Rafael: Não, e não venha com esses teus papo em. -Entrou no quarto abrindo o guarda-roupa, pegou simplesmente uma bermuda e jogou na cama.- Nem um pouco afim de suas malícias,e não irei transar com você.
– qual foi? Tô na seca faz quase duas semanas, no mínimo tem que deixar eu te comer! -Falei nervoso, ele só riu entrando no banheiro.- que filho da puta.
Rafael: tu que és um hijo de puta. -Falou do banheiro.-
– ela é uma puta mesmo. -Falei bolado deitando na cama.-
Cheirei seu lençol, tava numa saudade do caralho. Papo de ficar sem dormir, fiquei boladão depois daquela discussão, a filha da puta tá infernizando minha vida sem fazer nada, bagulho doido.
– vida, vou dormir aqui, viu. -Falei alto o suficiente para ele escutar, não sou respondido com o som da água do chuveiro caindo -
Fiquei quieto na minha olhando pro teto, estou bastante calmo, nem fumando eu tô.
Rafael: vai fazer oque? -Falou saindo do banheiro com a toalha enrolada na cintura, sentei na hora.-
– dormir aqui. -Olhei pra sua toalha que marcava o volume.-
Rafael: E quando eu te convidei?- Me olhou sem entender.- e outra, quem vai dormir comigo é o chumbo. Aqui só tem essa cama, já que nos outros dois quartos eu fiz outra coisa.
– tá de caô né?- Ele negou tirando a toalha da cintura, me desconcentrei olhando para seu pênis.- tá maior.
Rafael: tua língua que tá. -Pegou a bermuda vestindo.-
Ele pendurou a toalha e saiu do quarto desligando a luz, levanto da cama indo atrás dele que vai pra cozinha abrindo as panelas.
Rafael: que fome. -Começou a colocar comida-
– também tô, e não é de comida. -Falei pegando um prato.-
Rafael: É de pica. -Fiquei calado colocando minha comida.- tá tão necessitado assim, vira essa bunda que eu meto minha pica.