Riquiz.
Rafael chegou da viagem dele, pode crer que ele tá cansado, arrumei um jatinho pra nos, foi um dinheiro da porra, mas quero ver ele descansar.
Meu celular vibra sendo uma mensagem dele avisando que estava descendo, destranco as portas o esperando.
Ele vem com uma mochila nas costas e com um pote de bolo, ele entra no carro batendo a porta devagar.
Rafael: Boa tarde. -Colocou uma colher cheia de bolo na boca, me afasto do banco segurando seu queixo gentilmente dando um selinho demorado.- Já estava com saudades do seu beijo.
Ele lambeu os lábios dando um sorriso.
Rafael: Eu te amo, sabia?
– Claro que sei, quem não iria me amar. -Dei a partida escutando seu resmungo.- o jatinho tá nos esperando.
Rafael: simm…-olhou pra janela ficando quieto.-
– tenho um papo a dizer. -Ele virou o rosto.- Já tô afastado do crime, quando nois voltar de Noronha, só vou resolver uns b.o pra nós ficar livre por sete meses.
Rafael: Sério? Nossa, que notícia ótima! -Seus olhos brilham.-
Balanço a cabeça pegando na sua mão, dando um aperto leve.
Ficamos quietos até o jatinho, assim que Rafael sentou na poltrona, dormiu. Sentei do seu lado dando carinho em seu rosto, sou um cara sortudo do caralho, papo reto.
A viagem demorou um pouco, mas quando eu vi a Lindeza que é, o tempo foi perfeitamente merecido. Quando saímos, Rafael bocejou pegando na minha mão.
Rafael: Ainda bem que dormi, não consegui dormir quando voltei pro Brasil.- Segurou nossas mochilas.- Você quer descansar? Eu descansei o bastante.
– Tô de boa, ficar sentado por quase 6 horas é de boa. -Abracei sua cintura desferindo um beijo em seus lábios, ele só balançou a cabeça se afastando.-
Rafael: Vamos pra pousada, já está tudo reservado.
O deixei me guiar, Rafael tá estranho pro meu gosto, muito estranho mesmo… calado demais.
Quando entramos ele já foi diretamente para o quarto e eu sentei no sofá com preguiça, 15 minutos depois ele voltou sem blusa e com um olhar desconfiado.
Rafael: O que vai querer comer? Estou pensando em dar uma volta na praia mais tarde. Ainda são seis da noite, então podemos fazer algumas coisas. -Sentou do meu lado colocando as pernas por cima da minha, ponho a mão no seu pé começando uma massagem.-
– Qualquer coisa serve. -Falei sem olhar pro seu rosto, ele levantou ajeitando a bermuda.-
Rafael: Irei pedir serviço de quarto, não quero sair agora. Vai tomar um banho depois, vamos dar uma volta.
– Tá certo.- Semicerro os olhos em sua direção, ele vai até um telefone começando a falar algo.-
Pego meu celular começando a falar com neto, tô sentindo um bagulho estranho, algum bagulho vai acontecer e eu tô sentindo.
Rafael: Amor, pedi carne para você, já que eu escolhi camarão. -Tirou os braços da minha perna sentando no meu colo, me ajeito encostando as costas no sofá abraçando sua cintura.- Acho que não vou dormir nem tão cedo.
– Eu também não, tô bem sem sono. -Alisei sua costas esfregando meu polegar na sua cintura.- Bem que devíamos dar uma mudada, né?
Rafael: mudada? Em que? -Pergunto sem entender.-
– Uma vez na vida eu te comer, desse jeito eu vou morrer e não vou enfiar meu pau em você. -Ele olhou pro teto e depois me deu um sorriso.-
Rafael: Vamos ver como vai ser a nossa noite mais tarde, se eu ficar feliz, eu deixo. -Arregalo os olhos tentando ver se eu não estava sonhando, balanço a cabeça várias vezes tentando ver se era verdade o que eu tinha escutado.- Você escutou, não preciso repetir.