Capítulo 14

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Alexandre entrou no gabinete de Rodolffo.   Vinha com ar satisfeito.

- Bom dia.  A que devo a tua visita.

- Lembras-te do pedido que tínhamos feito ao tribunal?  Fomos atendidos.  Podes fazer o teste de DNA. Só devemos avisar a instituição  onde a criança está, mas o melhor não sabes!

- Fala.

- Se não quiseres fazer não é necessário.   O Júlio declarou por escrito que a criança é seu filho com Juliette.

- Esse ser execrável.  Como teve coragem para fazer isso?
Eu prefiro o exame para não ter dúvidas?  Quem me diz que a criança não é filho dele com a Maria e ele só está tentando proteger a criança.

- É.  Tens razão.   Então quando queres que informe os responsáveis pela criança?

- O mais depressa possível.   Quero o teste rápidamente para me desligar deste assunto.

- Não tiveste noticias dela?

- Tenho, pela minha funcionária.

- Vai atrás dela, amigo.  Eu entendo-a, mas tu também ficaste acomodado.

- Ela deixou claro que não quer homens na vida dela.

- Uma psicóloga, é o que está a precisar.

À noite em casa ...

- Alice, tenho um assunto para falar com Juliette,  mas não sei como a abordar.  Preciso da tua ajuda.

- Estou aqui para o que precisar.

- Há muitas hipóteses da criança que estava com o casal ser o filho da Juliette.

- Como doutor?

- No hospital não há registo do nascimento da criança dela.  Os registos mostram que ela foi assistida a ferimentos provocados por queda.  Em nenhum lugar mencionam a gravidez.
Creio que ela nasceu e foi entregue à Maria com a conivência do Júlio e outros profissionais de saúde.

- Meus Deus!  Quanta atrocidade cometeram com a minha amiga.

- Pois foi.  E é por isso que eu preciso de ti para contar à Juliette depois que sair o resultado do DNA.

- Meu Deus, ela vai ficar tão contente mas também muito revoltada.

- Tens que aconselhá-la a começar com as idas à psicóloga.  Pode ir à que temos lá na clinica.  É uma óptima profissional.

- Amanhã mesmo eu falo com ela e se for preciso arrasto-a até lá.

- Obrigado Alice.  Agora vai que se faz tarde.

Na manhã seguinte, Alice ligou a Juliette que demorou para atender.

- Ainda estavas a dormir?

- Não.  Estava longe do telefone.

- Marquei consulta na psicóloga.   Nem me digas que não vais porque eu vou aí e levo-te de rastos.

- Que psicóloga?  Onde?

- A colega do doutor.  É lá na clínica.  Só estou à espera que ela me confirme a hora.

- Está bem.  Fazer o quê com uma amiga chata como tu?

- Sou chata mesmo quando se trata de ver uma amiga feliz.  Depois eu ligo a dizer a hora.

Após desligar, Alice ligou a Rodolffo e pediu para agendar uma consulta com a colega.  Ele agradeceu e saiu para conversar com Raquel.

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