Alexandre entrou no gabinete de Rodolffo. Vinha com ar satisfeito.
- Bom dia. A que devo a tua visita.
- Lembras-te do pedido que tínhamos feito ao tribunal? Fomos atendidos. Podes fazer o teste de DNA. Só devemos avisar a instituição onde a criança está, mas o melhor não sabes!
- Fala.
- Se não quiseres fazer não é necessário. O Júlio declarou por escrito que a criança é seu filho com Juliette.
- Esse ser execrável. Como teve coragem para fazer isso?
Eu prefiro o exame para não ter dúvidas? Quem me diz que a criança não é filho dele com a Maria e ele só está tentando proteger a criança.- É. Tens razão. Então quando queres que informe os responsáveis pela criança?
- O mais depressa possível. Quero o teste rápidamente para me desligar deste assunto.
- Não tiveste noticias dela?
- Tenho, pela minha funcionária.
- Vai atrás dela, amigo. Eu entendo-a, mas tu também ficaste acomodado.
- Ela deixou claro que não quer homens na vida dela.
- Uma psicóloga, é o que está a precisar.
À noite em casa ...
- Alice, tenho um assunto para falar com Juliette, mas não sei como a abordar. Preciso da tua ajuda.
- Estou aqui para o que precisar.
- Há muitas hipóteses da criança que estava com o casal ser o filho da Juliette.
- Como doutor?
- No hospital não há registo do nascimento da criança dela. Os registos mostram que ela foi assistida a ferimentos provocados por queda. Em nenhum lugar mencionam a gravidez.
Creio que ela nasceu e foi entregue à Maria com a conivência do Júlio e outros profissionais de saúde.- Meus Deus! Quanta atrocidade cometeram com a minha amiga.
- Pois foi. E é por isso que eu preciso de ti para contar à Juliette depois que sair o resultado do DNA.
- Meu Deus, ela vai ficar tão contente mas também muito revoltada.
- Tens que aconselhá-la a começar com as idas à psicóloga. Pode ir à que temos lá na clinica. É uma óptima profissional.
- Amanhã mesmo eu falo com ela e se for preciso arrasto-a até lá.
- Obrigado Alice. Agora vai que se faz tarde.
Na manhã seguinte, Alice ligou a Juliette que demorou para atender.
- Ainda estavas a dormir?
- Não. Estava longe do telefone.
- Marquei consulta na psicóloga. Nem me digas que não vais porque eu vou aí e levo-te de rastos.
- Que psicóloga? Onde?
- A colega do doutor. É lá na clínica. Só estou à espera que ela me confirme a hora.
- Está bem. Fazer o quê com uma amiga chata como tu?
- Sou chata mesmo quando se trata de ver uma amiga feliz. Depois eu ligo a dizer a hora.
Após desligar, Alice ligou a Rodolffo e pediu para agendar uma consulta com a colega. Ele agradeceu e saiu para conversar com Raquel.
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Livre para sentir Saudade.
FanfictionSaudade Palavra com um sentido enorme. Sentimento que cabe no peito. Sensação de partida e também chegada. Temos de quem está longe, mas por vezes de quem está perto também. Olhei para trás e conclui que só queria ser livre para sentir Saudade.