Capítulo 37

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Juliette não quis um jantar muito elaborado. O objectivo não era o jantar e sim a surpresa.

Alice preparou a base de um simples risoto que Juliette depois terminaria e fez uma mousse de maracujá.

Juliette pôs sim uma mesa bonita, porque ela adorava uma  mesa bem posta.  A surpresa vinha no prato que estava coberto por uma cloche.

Rodolffo chegou e foi recebido com o beijo mais carinhoso do mundo.

- Temos festa?   Cadê o meu filho?

- Está na madrinha.

- Eita, Juliette!  Vamos comemorar o quê que eu esqueci?

- Vai tomar um banho enquanto eu termino o jantar.   Tenho uma surpresa para ti.

- Vou a correr.  Sempre fico muito ansioso com surpresas.

Não  demorou muito e logo apareceu lindo e cheiroso.  Juliette mexia o risoto e ele abraçou-a por trás.

- Vê no bolso do meu avental.

Rodolffo encontrou um bilhete que dizia  " olha no pote do açúcar."

Encontrou outro bilhete " nos cereais do Tomás"

Um novo bilhete "na prateleira mais alta da despensa"

De novo "na garrafeira"

Juliette tinha acabado dr misturar o queijo no risoto e estava a colocá-lo no prato.

- Esse último espera um pouco e vem comigo.   O que diz?

- No suplat.

Levanta a cloche para eu colocar o prato.

Rodolffo levantou a cloche dele e no suplat estava escrito com chocolate. 
"Levanta a minha blusa"

- Ué, não íamos jantar?

- Podemos deixar a surpresa para depois.

- Não.   Vem cá minha princesa.

Rodolffo levantou a blusa dela e na barriga estava desenhado "👶 estou a chegar, papai."

Rodolffo levantou-se, pegou Juliette no colo e começou a rodopiar na sala.

- Põe-me no chão, Rodolffo!   Vou ficar tonta.

- É verdade, amor?  Vamos ter outro bébé?

Levantou-lhe de  novo a blusa e deu-lhe muitos beijos na barriga.

- Vem logo, meu amor. O papai está ansioso à tua espera.
Juliette,  achas que pode vir uma menina?

- Eu gostava,  mas não sei.

- Quando soubeste?

- Hoje.  Acordei mal disposta e fui fazer o teste com a Alice.  Olha, está aqui.  Mais de três meses, grávida.

- Faltam cerca de 6 meses.  Estou tão feliz, meu amor.  Vem cá.

Juliette sentou-se no colo dele e deu-lhe um beijo.  Ele deitou a cabeça no peito dela e chorou.

- Não chores.  Deus está a recompensar-nos por tudo o que passámos.  Ainda teremos muitas bênçãos.  Agora vamos jantar que o teu filho já protesta.

- Precisamos achar um obstetra para te acompanhar.

- É.  Do Tomás eu não tive acompanhamento.   Apenas uma ou outra ida ao hospital.

- Eu vou saber com os meus colegas, ou vejo com o director do hospital.  Somos conhecidos.
Juliette,  eu vou amar o filho que vier, mas se for menina, vai ser uma loucura.

- Eu também gostava porque já temos o Tomás.

- Mas se for menino a gente tenta de novo até achar a menina.

- Da maneira que falas parece que anda por aí perdida.  Onde? Em que floresta?

- E anda.  Aqui nos meus ...

- Rodolffo,  toma tino.  Agora és pai de dois.

- É verdade.  Vou-me comportar.

Jantaram e nessa noite apenas ficaram de chamego.  Viram um filme, deram um beijo e dormiram de conchinha.

Livre para sentir Saudade.Onde histórias criam vida. Descubra agora