Juliette não quis um jantar muito elaborado. O objectivo não era o jantar e sim a surpresa.
Alice preparou a base de um simples risoto que Juliette depois terminaria e fez uma mousse de maracujá.
Juliette pôs sim uma mesa bonita, porque ela adorava uma mesa bem posta. A surpresa vinha no prato que estava coberto por uma cloche.
Rodolffo chegou e foi recebido com o beijo mais carinhoso do mundo.
- Temos festa? Cadê o meu filho?
- Está na madrinha.
- Eita, Juliette! Vamos comemorar o quê que eu esqueci?
- Vai tomar um banho enquanto eu termino o jantar. Tenho uma surpresa para ti.
- Vou a correr. Sempre fico muito ansioso com surpresas.
Não demorou muito e logo apareceu lindo e cheiroso. Juliette mexia o risoto e ele abraçou-a por trás.
- Vê no bolso do meu avental.
Rodolffo encontrou um bilhete que dizia " olha no pote do açúcar."
Encontrou outro bilhete " nos cereais do Tomás"
Um novo bilhete "na prateleira mais alta da despensa"
De novo "na garrafeira"
Juliette tinha acabado dr misturar o queijo no risoto e estava a colocá-lo no prato.
- Esse último espera um pouco e vem comigo. O que diz?
- No suplat.
Levanta a cloche para eu colocar o prato.
Rodolffo levantou a cloche dele e no suplat estava escrito com chocolate.
"Levanta a minha blusa"- Ué, não íamos jantar?
- Podemos deixar a surpresa para depois.
- Não. Vem cá minha princesa.
Rodolffo levantou a blusa dela e na barriga estava desenhado "👶 estou a chegar, papai."
Rodolffo levantou-se, pegou Juliette no colo e começou a rodopiar na sala.
- Põe-me no chão, Rodolffo! Vou ficar tonta.
- É verdade, amor? Vamos ter outro bébé?
Levantou-lhe de novo a blusa e deu-lhe muitos beijos na barriga.
- Vem logo, meu amor. O papai está ansioso à tua espera.
Juliette, achas que pode vir uma menina?- Eu gostava, mas não sei.
- Quando soubeste?
- Hoje. Acordei mal disposta e fui fazer o teste com a Alice. Olha, está aqui. Mais de três meses, grávida.
- Faltam cerca de 6 meses. Estou tão feliz, meu amor. Vem cá.
Juliette sentou-se no colo dele e deu-lhe um beijo. Ele deitou a cabeça no peito dela e chorou.
- Não chores. Deus está a recompensar-nos por tudo o que passámos. Ainda teremos muitas bênçãos. Agora vamos jantar que o teu filho já protesta.
- Precisamos achar um obstetra para te acompanhar.
- É. Do Tomás eu não tive acompanhamento. Apenas uma ou outra ida ao hospital.
- Eu vou saber com os meus colegas, ou vejo com o director do hospital. Somos conhecidos.
Juliette, eu vou amar o filho que vier, mas se for menina, vai ser uma loucura.- Eu também gostava porque já temos o Tomás.
- Mas se for menino a gente tenta de novo até achar a menina.
- Da maneira que falas parece que anda por aí perdida. Onde? Em que floresta?
- E anda. Aqui nos meus ...
- Rodolffo, toma tino. Agora és pai de dois.
- É verdade. Vou-me comportar.
Jantaram e nessa noite apenas ficaram de chamego. Viram um filme, deram um beijo e dormiram de conchinha.
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Livre para sentir Saudade.
FanfictionSaudade Palavra com um sentido enorme. Sentimento que cabe no peito. Sensação de partida e também chegada. Temos de quem está longe, mas por vezes de quem está perto também. Olhei para trás e conclui que só queria ser livre para sentir Saudade.