5 - capítulo

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Freen cuspiu o café. Não foi nada elegante, e muito menos atraente. Mas, Rebecca deu um crédito para a mulher. Pelos seus olhos arregalados quase chocados, e sua boca aberta com uma pequena gota de café escorrendo pelo queixo, imaginou que estava bastante surpresa com a pergunta.

Internamente, Rebecca torcia para que Freen aceitasse. Era bem nítida a atração que existia entre ambas, não ficou imune minutos atrás quando atingiram o ápice da tensão sexual. E isso era ótimo! Ninguém da sua família desconfiaria que não existisse algo entre elas, não com aquela química ativa.

Além de ser muito bonita... Se fosse definir a beleza de Freen, diria que era exótica. Os seus olhos eram viciantes de se olhar... Mel com vermelho, uma mistura bem interessante. Percebeu que os seus olhos sempre se iluminava quando sentia qualquer emoção ou sensação. Não eram algo que passava despercebido, muito menos os lábios bem desenhados.

Seria prazeroso passar os seus dias torturantes ao lado daquela mulher. Diria até que se divertiria muito. Infelizmente, apesar de o seu corpo reagir à presença de Freen, nunca misturava negócio com prazer. Então, teria que sufocar qualquer desejo que viesse a borda.

Quem sabe, talvez, depois? Não iria achar ruim em mergulhar nas curvas sinuosas e tentadoras de Freen.

— Você está louca? — Freen explodiu de repente, saindo do seu estado de choque e assustando a Rebecca com a sua fúria. — Está achando que eu sou uma garota de programa para me submeter a isso?

Os olhos de Freen estavam avermelhados, e se pudesse, Rebecca seria fuzilada por ela.

— Não... — a Armstrong começou a dizer mais foi interrompida.

— Esse é o maior absurdo que já escutei em minha vida! — Freen pegou um guardanapo e começou a limpar vigorosamente o café de sua blusa branca. — Nunca fui tão humilhada!

— Desculpe-me se a minha proposta foi humilhante, a intenção não era essa, e muito menos quis insinuar que é uma garota de programa. — Rebecca disse calmamente e também cautelosamente, escolhendo as palavras certas para dá com o burro na água. — Deixe-me explicar... Tenho um evento em família, de uma semana, e não posso aparecer solteira por circunstância de motivo pessoal. Como não sou uma pessoa muito dada á romance, pensei em contratá-la por uma semana, será como um trabalho qualquer, só precisa fingir que estamos juntas. Sem contato físico exagerado.

Freen a olhou como se fosse uma alienígena. A descrença em seus olhos.

— O que a fez pensar que eu aceitaria uma proposta imoral desta?

— O que há de imoral nisto? Estou apenas lhe oferecendo uma semana de férias regada ao luxo, e ainda pagarei muito bem por isto. — Rebecca retrucou sem perder a calma diante daquela mulher que estava quase se desiquilibrando. Ela ficava mais sexy assim, até os seus cabelos negros ficaram alvoraçados, parecendo uma leoa.

Freen piscou diversas vezes, então, balançou a cabeça em negativa.

— Somente uma pessoa sem decência que ofereceria isso.

— Eu sou uma mulher bastante decente, Freen.

— Uma mulher decente não chamaria a sua funcionária e faria essa proposta. Isso pode acarretar um processo sabia? —  apontou o dedo em riste. — Assedio sexual! — apertou os olhos. — Eu sou uma mulher de caráter, de moral!

Rebecca respirou fundo, manter o controle da situação era essencial para ter êxito.

— Senhorita Chankimha... —  falou mais alto. — Nenhum momento disse o contrário, e muito menos insinuei isto. Poderia deixar a palavra sexual de lado? A proposta não tem nada de sexo relacionado, pare de agir como se eu tivesse a convidado para passar uma semana de sexo. Nunca precisei pagar para ter sexo, e nunca farei isto.

Freen acalmou-se e ficou avermelhada, provavelmente por pensar que Rebecca a queria sexualmente. Ela finalmente parou de esfregar o guardanapo na blusa ao ver que não teria mais solução, e Rebecca voltou a tomar o seu café, esperando pela resposta, mas Freen levantou-se abruptamente.

— Sabe quando irei aceitar a sua proposta? Quando as vacas falarem!

Freen ergueu a cabeça e o peito, deu uma última olhada para Rebecca que a olhava com curiosidade, deu-lhe as costas e saiu marchando de sua sala.

A  Armstrong suspirou longamente e ficou observando a porta que foi batida, segundos atrás. Não sabia que Freen era geniosa, e também muito louca. Geralmente, nunca aceitava um não. Poderia rumar para outra funcionária, mas o temperamento de Freen a deixou mais interessada em tê-la como namorada. Também, causaria mais impacto. Ela era perfeita.

Só precisava fazê-la aceitar a proposta.

.............. 


Quem disse que seria fácil, não é? P' Freen dura na queda. 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora