20 - capítulo

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Seja lá que fossem as suas expectativas e também medos param quando reencontrasse a Amanda, nada fazia jus para o que estava sentindo nesse momento. Era um misto de muito ódio e também desejo, que a deixava sufocada.

Rebecca olhou bem dentro dos olhos de Amanda. Sentimentos foram expostos e também sufocados. Porém, era quase impossível controlar o tremor dos corpos e as respirações que se iniciaram lentas.

Ela continuava linda de cinco atrás ou até melhor! Os seus olhos diziam tantas coisas que Rebecca não queria aceitar e muito mesmo lê-los. Amanda a tinha abandonada, a tinha feito sofrer, mostrou-se uma canalha, não podia se deixar levar pela avalanche que a mesma causava em si, mesmo que o seu coração fosse saltar em seu peito.

Escutou a voz de sua irmã, mas não foi o suficiente para desviar o olhar.

Porém, se recordou que a Amanda era uma traíra. A tinha trocado pelo seu irmão e por dinheiro! Então, reação como este não era digna de nenhum sentimento, muito menos demonstração de emoções.

Anos atrás, escolhas foram feitas e as consequências ainda existiam. Não podia ser trouxa mais uma vez, não podia deixar que o seu coração fosse triturado novamente pela Amanda. Antes de ser magoada pela a mesma, tinha uma percepção tão doce do amor, acreditava no sentimento que podia mudar o mundo. Era capaz de amar, e capaz de ser permitir ser amada. Mas, então, o seu mundo caiu e ela constatou com muita amargura que o que movia o mundo era o dinheiro, e não o amor.

Quase morreu de ciúmes. Quase enlouqueceu de dor. Quase se tornou intolerante com tudo e com todos. Ficou descrente do amor e adquiriu uma desconfiada de todas que se aproximasse dela. Droga! Tinha até contratado uma namorada de aluguel por ter se tornado um iceberg por dentro e não ter desencadeando um relacionamento de verdade.

Ao lembra-se de Freen, fez menção de ir até ela, porém, ao passar pela Amanda, foi segurada pela mesma.

O seu primeiro pensamento foi puxar o braço por sentir asco em ser tocada pela trairá, mas controlou-se. Agindo racionalmente, virou-se para Amanda. Olhando-a de perto, bloqueou qualquer sentimento dos seus olhos, estavam frios e impessoais. Uma grande parte de si ainda amava a Amanda, mas outra parte, também grande, estava magoada e não a tinha perdoado por tudo que a fez passar.

— O bom filho á casa retorna. Seja bem vinda, Rebecca. — Amanda disse com voz amável, bastante doce, então a abraçou, enterrando o rosto em seu pescoço. — Meu Deus... Como é bom sentir novamente o calor do seu corpo e o seu cheiro, o meu coração está em festa por vê-la novamente.

Rebecca respirou fundo. Ficou indecisa entre abraçar ou não, mas, passou um braço pela cintura de Amanda, retribuindo num abraçando tão apertado que os seus batimentos cardíacos aumentaram consideravelmente, e sua respiração se acelerou. Ela continuava com o mesmo cheiro delicioso de sempre. Sua vontade era de afundar seu rosto no pescoço de Amanda e inalar todo o seu cheiro até ficar tonta, mas...

Com o orgulho explodindo dentro de si, e sufocando qualquer sentimento. Desviou o olhar, e se focou em Freen que não estava mais pálida e sim, vermelha. Os olhos e o rosto estavam avermelhados, e ela lançava olhares furiosos para Rebecca, os seus punhos estavam cerrados.

Freen estava furiosa! Isso aguçou não apenas a curiosidade de Rebecca, como também uma imensa vontade de beijá-la, principalmente porque os lábios estavam entre-abertos, e a respiração saia por eles.

Isso foi o suficiente para sair do transe que era a Amanda em sua vida. Afastou-se delicadamente, mas a morena beijou sua bochecha intimamente, bem no canto da boca, fazendo a Rebecca gelar e Freen quase saltar os olhos das órbitas.

— Olá Amanda. É bom vê-la também. — a voz de Rebecca saiu fria, mesmo que por dentro estava uma confusão de emoções e reações. Não esperou por uma resposta, foi até a Freen e tocou no rosto de sua suposta namorada, percebeu a retração no rosto de Freen e lançou um olhar para ela que ordenava que ficasse relaxada. — Você está bem, meu amor? — perguntou amável.

As duas se encaram.

— Só estou um pouco cansada da viagem... — Freen respondeu com suavidade, mas os seus olhos estavam irritados.

Escutaram passos firmes depois a porta de vidro se fechando com força.

— Ainda bem que é um vidro bastante reforçado, se não, estava todo espatifado no chão pelo ódio que foi fechada. — Irin comentou sarcástica.

Rebecca olhou para a irmã que estava rindo, e depois sentiu um firme tapa em sua mão, que retornou a atenção para Freen, que agora, não disfarça a raiva que estava sentindo.

— Para o quarto agora! — Freen informou, já passando por ela. — Quero falar com você. — foi para as escadas.

Irin se aproximou de Rebecca, e virou-se para observar a Freen subindo as escadas. Ela tinha um andar bastante instigador.

— Ela está furiosa.

— Eu sei. — Rebecca retrucou.

— Estou começando a achar que não é apenas tensão sexual que está existindo entre vocês...

Rebecca olhou para irmã.

— Quer insinuar o quê com isso? — perguntou Rebecca com o cenho franzido.

Irin abriu a boca para falar, mas um grito no alto da escada, a fez calar.

— Você vem ou não? Eu não sei onde é o quarto! — Freen gritou impaciente.

Com um breve suspiro, Rebecca recebeu uns tapinhas de condolência de sua irmã e foi em direção da escada... Era hora de enfrentar a fera.

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Coitada da Becky, já está com quase o corpo todo no sofá 😆

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora