22 - capítulo

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O que tinha essa mulher que a deixava dessa forma? Descontrolada? Rebecca sempre preserva o controle, mas parecia tão falho quando estava próximo de Freen. Era como se o seu cérebro se derretesse e transformasse em uma geleia. Espantosamente, nunca tinha ficado dessa forma. Não por um desejo sexual que poderia se passar a qualquer momento.

Mas quando estava com os seus lábios no de Freen, parecia que essa sensação tão desconhecida dentro de si, iria durar para sempre, e o seu ser desejava que demorasse. Era assustador e ao mesmo tempo, delicioso.

O beijo tinha se transformado em algo surreal. Não existia palavra para descrever a sensação dos lábios carnudos e desejosos nos seus. Freen a puxou para si, e as duas cairiam na cama. O impacto dos corpos, a fizeram gemer.

Rebecca encaixou as pernas entre as pernas de Freen, e deixou que a mesma sentisse o peso do seu corpo, os seios se espremendo, enquanto, os lábios se devoravam... Era um beijo de língua, guloso. Os lábios roçavam-se, enquanto as línguas se enroscavam, querendo cada vez mais... Mordidas e chupadas nos lábios inferiores, alguns suspiros, e também arranhadas... As mãos de Freen estavam nas costas de Rebecca, a arranhando, e a puxando mais para si, enquanto, a Rebecca passava as mãos pelas laterais do corpo de Freen... O fogo tornando-se mais firme e queimando-as.

Freen deu um gemido ao sentir a língua de Rebecca passear em sua boca, e as mãos subirem pelo lado de dentro de sua blusa. O ar estava lhe faltando, mas não deixaram de se beijar, envolvidas demais para cogitar a hipótese de parar.

Quando o ar foi o vilão da história e a fizeram interromper o beijo, Rebecca desceu a cabeça e afundo no pescoço de Freen, dando chupadinhas quentes e marcadas. Freen puxou a blusa de Rebecca para cima, enquanto, soltava uns gemidinhos baixinhos e a sua pele se arrepiava com a boca da loira, as suas mãos tocaram as costas macias das costas de Rebecca, passou as unhas, e escutou um gemido rouco escapar da garganta de Rebecca, no mesmo momento que a morena empurrou o seu quadril contra o dela... Os seus sexos se imprensaram as deixando loucas de desejo.

Rebecca colocou as mãos no rosto de Freen e ergueu um pouco o tronco, a olhando nos olhos... Os lábios de ambas estavam inchados, e os olhos queimando de desejo. O descontrole não estava parte do plano... Mas, que se dane o plano! Rebecca queria apenas desfrutar das curvas sinuosas do corpo de Freen...

Raciocínio não existia mais no vocabulário de Freen. Ela nem se lembrava do porque tinha estado tão irritada, não se recordava de mais nada. A única coisa que queria era voltar a beijar os lábios doces de Rebecca. Inclinou o rosto para beijá-la quando algumas batidas na porta, a fizeram sair do torpor.

— Droga! — Rebecca se soltou de Freen rapidamente, na mesma medida que a agarrou e foi para a porta.

Freen ficou ainda deitada na cama, com aquele habitual sensação de abandono. Antes de abrir a porta, Rebecca lançou um olhar de "recomponha-se" para ela. E isso a magoou. Tudo aqui que antes estava a inflamando antes do beijo, retornou. Sentou-se na cama, e constatou que alguns botões de sua blusa foram perdidos.

Rebecca abriu a porta e deparou-se com a sua mãe que balançava a Florence que chorava. Rapidamente, a Freen surgiu na porta, empurrando a Rebecca e pegando a sua filha no colo.

— O que foi que aconteceu? — Freen perguntou, acalentando a sua filha nos braços que ia parando o choro ao ver que estava segura no colo de sua mamãe.

— Desculpe-me atrapalhar vocês... — Rawee disse, olhando para as duas que não estavam nada apresentáveis. — Ela começou a chorar e esfregar os olhinhos, acho que está com sono, ficou assim depois que dei iogurte á ela. Fiz mal? — perguntou com ansiedade e também medo.

— Claro que não, Rawee. — Freen sorriu. — Obrigada por isso. Florence sempre dorme á tarde, deve está querendo isso. Já passou da hora de ela dormir.

Rawee respirou aliviada.

— Que ótimo. —  olhou para a sua filha. — Querida, iremos jogar vôlei. Quer participar? Você também, Freen.

— Não. Obrigada. Eu vou ter que dá banho nessa mocinha e coloca-la para dormir. — Freen agradeceu com um sorriso, e foi em direção ao banheiro com a filha que ainda chorava.

— E você?

— Sim. — Rebecca saiu sem nem olhar para trás.

Freen deu um longo suspiro a se ver sozinha no quarto com a sua filha. Os seus olhos encheram de lágrimas. Será que estava se apaixonando por Rebecca? Porque o seu peito estava se comprimindo ao imaginar que Rebecca e Amanda pudesse ter alguma coisa?

Será que era paixão ou só um mero interesse gerado por carência?

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora