31 - capítulo

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— Qual é o seu problema comigo? — Freen perguntou, olhando para Amanda.

Amanda desceu as escadas como se tivesse numa passarela. Faltavam apenas os holofotes para complementar a cena. Florence estava alheia, achava mais interessante brincar com o brinco de sua mãe.

— Todos. — respondeu Amanda a olhando de cima.

Freen deu uma risadinha. Essa mulher era inacreditável.

— Eu sinto tanto... Mas tanto que você tenha diversos problemas comigo. — Freen falou ironicamente e colocou a mão no peito. — Mas sabe que não me importo com isso? O seu problema em relação á mim, é inteiramente seu. Você querendo ou não, vai ter que me engolir.

Amanda ficou séria. Detestava essa mulher, se pudesse a matava! Com uma piscadinha, a Freen foi se virando para tomar café quando a outra segurou firmemente em seu braço e a puxou de volta. Ela quase se desequilibrou. Isso deixou a Freen muito irritada, porque se caísse iria direto para o chão, a sua preocupação não era consigo, mas sim com a sua filha.

— Solte-me ou não respondo por mim. — Freen falou com a voz contida, mas com pura raiva.

— Escuta aqui, sua coisinha... — Amanda sempre a olhando de cima, apertou mais o braço de Freen. — Não fique cantando de galinha antes do tempo, você não me conhece, não sabe do que eu sou capaz.

Freen puxou o seu braço com força. Florence choramingou assustada. Isso aumentou ainda mais a raiva da morena. Se estivesse sozinha, talvez, não ficaria perturbada com a abordagem de Amanda.

— Escute-me você! — Freen apontou o dedo em riste. — Eu não tenho medo de você e nem de suas ameaças. Você pra mim é tão insignificante que sua existência é nula diante dos meus olhos. — cuspia as palavras com raiva. — Você que não me conhece, minha filha. Eu sou do gueto! Ameaça de perua não vinga. — ela subiu um degrau ficando de cara a cara com Amanda. — Sabe o que faço com perua? Boto na panela no natal!

Amanda ficou vermelha de raiva. Não esperava que Freen batesse de frente com ela, achou que ficaria como da primeira vez: Calada.

— Estais mostrando as suas asinhas, sua suburbana. Quando Rebecca vê realmente a mulher baixa que és, vai manda-la bastar em dois segundos. — apertou os olhos.

— Essa é a sua vontade. Mas deixa eu te informar: Ela não vai fazer isso nem se você implorar de joelhos! — Freen falou com tanta segurança que por um momento acreditou de suas palavras. Ela não sabia o que Rebecca faria se fosse pedido isso.

— Você é uma interesseira. — Amanda acusou. — Não sei o que usou para segurar a Rebecca, mas irei descobrir. Provavelmente está usando esse buldogue para compadecer a Rebecca.

Freen ficou tonta ao escutar a palavra "buldogue". O seu sangue ferveu. Ela olhava para Amanda, mas não a enxergava de tanta raiva que sentia.

— Está chamando a minha filha de buldogue, sua infeliz? — Freen alterou a voz. — Retire o que disse ou não sei o que serei capaz de fazer com essa sua cara de puta!

Amanda deu uma risadinha.

— Puta? Você é mesmo uma desclassificada! Ficou nervosinha? Não irei retirar nada. — disse malvada. — Buldogue. Buldogue. Buldogue. — repetiu como se tivesse cantando.

Florence começou a chorar.

— Ah sua filha de uma...

— Opa... — outra voz chamou atenção, era Irin que descia as escadas. — Adoro uma sopa de canja, mas o horário é inapropriado para isso.

Amanda revirou os olhos e virou-se para Irin. Achava essa garota um desperdício para sociedade. Freen começou a ninar a Florence, tentando acalmar a sua filha. Não gostava de vê-la chorando, mimou e deu alguns beijinhos para a menina se acalmar.

— Não me lembro de ter lhe chamado, garota. — Amanda disse para Irin.

— Não precisa me chamar, eu sempre apareço quando vejo alguém tentando dar um close errado. — Irin disse despreocupadamente. — E no caso, esse alguém é você, queridinha.

— Irritante! —Amanda bufou.

— Isso soando de seus lábios é um doce de papaia para mim. — Irin sorriu. — Porque não some daqui? A sua presença é igual do Eduardo Cunha: Desnecessária.

Amanda olhou para Irin depois para Freen, ergueu o queixo e desceu as escadas, mas ainda esbarrou propositalmente em Freen que a fuzilou com o olhar.

— Ellen... Leve o meu desjejum para a piscina. — gritou Amanda para empregada antes de sair.

Freen acariciou a cabeça de Florence que estava mais calma e depois olhou para Irin.

— Se você não tivesse aparecido, nem sei o que teria acontecido.

— Pancadaria na certa. — Irin sorriu. — Embora que iria adorar ver a Amanda apanhar, a Becky nunca iria me perdoar se eu deixasse alguma coisa acontecer com você e Florence.

— Acho que sim...

— Eu sei que não conhecemos, mas... Eu gostei de você. Acho que é a mulher ideal para ela. — Irin disse séria a olhando. — Por isso eu aconselho: Não subestime a Amanda. Ela é uma cobrinha criada.

Freen franziu o cenho, ficando preocupada com esse conselho. Irin acariciou as bochechas de Florence, sorriu e foi tomar café. A morena ficou parada nas escadas por alguns minutos, perdida em pensamentos, até que foi despertada por Rebecca.

— Freen?

— Oi. — ela olhou para Rebecca. Estava belíssima com um vestido curto e rasteirinhas.

— Você está bem?

— Sim. Estava esperando-a para tomar café.

A loira foi pega de surpresa.

— Ah... Então, vamos.

Rebecca sorriu e ofereceu o braço para Freen que segurou e foram para a mesa. Irin ficou contente ao ver a sua irmã de braços dados com Freen.

Vai que dê certo?

.......... 


Amanda escapou de apanhar dsse Freen, ooo mulher megera! 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora