25 - capítulo

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— Não entendo... Você diz que é bem sucedida, porém, o seu negócio se limita apenas á Natal. — alfinetou o Richard com um sorriso de boneco assassino na cara.

Rebecca não se abalou com o comentário. Sabia que o seu irmão adorava uma competição, melhor dizendo... Adorava coloca-la para trás, então, cruzou as pernas e manteve sua expressão relaxada.

— Nunca foi minha pretensão abrir uma filial. Gosto de exclusividade, de estar presente, sempre monitorando o funcionamento da minha clínica e SPA. A partir do momento que abrir outra em qualquer outro estado, tenho certeza que o rendimento irá cair, pois não estarei lá para supervisionar. —  sorriu amavelmente. — Falando nisso... Soube que sua agência de viagem fechou no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Não suportou a crise? —  ergueu a coluna, ficando ereta, franziu o cenho aparentando preocupação. — Á propósito. Porque está morando na casa dos nossos pais? O dinheiro não está sendo mais o suficiente para viver em sua própria mansão em Porto de Galinhas? Soube que está á venda, especulações, sabe...

Richard a matou com o olhar. Os seus olhos estavam furiosos para o deleite de Rebecca. Percebeu que a mão do seu irmão tremia levemente, o líquido dentro do copo demonstrava claramente isso. Também percebeu o incômodo nos olhos de Amanda.

— Negócio. Para que falar deles? — Jacob interviu antes de tudo se transformasse em confusão, o seu filho estava começando a ficar muito vermelho.

— Exatamente. — reforçou Rawee. — Por que não falamos da preparação das bordas?

Irin entortou a boca.

— Poxa, pra que mudar de assunto? Estava tão interessante a massacrada de Becky em cima do Richard!

— Irin! — Rawee passou um olhar feio para filha que deu de ombros.

Rebecca esboçou um sorriso. Jacob foi se servir de mais um drinque.

— Não se mete na conversa, pirralha. Você nem emprego têm! — Richard bufou de raiva.

— Realmente, não tenho. Mas quando tiver, serei bem sucedida, porque sou boa em tudo que faço... Não chegarei aos meus 36 anos, falida e morando na casa dos meus pais. — Irin retrucou.

Richard ficou mais furioso do que estava. Rawee olhou para a sua bebida, iria começar... Em menos de dois segundos, todos falavam ao mesmo tempo, numa discussão sem sentido, quase não dava para entender o que diziam! Os quatros: Rebecca, Amanda, Richard e Irin batiam boca. Um gritava mais alto do que o outro.

Rawee olhou para o seu marido em busca de ajuda. Jacob revirou os olhos, nada tinha mudado. Os seus filhos continuavam iguais crianças. Não estava com a mínima vontade de interceder, mas o olhar de sua esposa, dizia que deveria...

— Boa noite. — uma voz intrusa chamou atenção de todos que se calaram.

Freen estava de pé, bem próxima, muito sem graça por ter que interromper a confusão. Ficou mais sem graça ainda quando todos os olhos pararam nela, foi impossível não ficar ruborizada, principalmente com o olhar que recebeu de Rebecca.

Maravilhosa. Foi à palavra que surgiu na mente de Rebecca. Era assim que a morena estava... Ela usava um vestido estampado, um pouco á cima dos joelhos. Uma faixa estava amarrada na cintura, valorizando o seu busto. O decote do vestido era uma coisa muito linda de se ver.

— Desculpe-me interromper... — Freen disse sem graça.

— Não meu amor. Você não interrompeu nada. — Rebecca colocou o seu copo em cima do centro e levantou-se, indo em direção da Freen.

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora