138 - capítulo

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Freen fez uma horinha no apartamento de Rebecca. Tomou o café da manhã e também um banho, com a roupa emprestada da loira, correu para o seu trabalho. Rawee se prontificou que no final do dia, iria levar a Florence até ela.

Diferente do dia anterior, o humor de Freen estava ótimo. Atendeu as suas clientes, e nem viu á hora passar. Só parou para comer porque recebeu uma entrega com o nome de Rebecca. Era yakissoba do China in Box. A loira estava mesmo colecionando pontos para com ela, e também estava a reconquistando com a barriga.

Ligou para agradecer, e ainda conversou um tempinho com a loira. Ficaram de se encontrar amanhã para fazer uma programação juntas. Iriam para o cinema, assistir: A Era do Gelo. Iriam levar a Florence. A pequena era louca pelos filmes da Era do Gelo, mesmo que não entendesse nada.

No final da tarde, como prometido, a Rawee levou a Florence no Espaço. A pequena foi à tendência entre as clientes que queriam ficar com aquele pequeno pedaço de céu nos colos. Como não estava acostumada á isso, Florence estranhou e chorando que foi rapidamente para o colo da mãe. Quando se acalmou, a morena entregou a filha para a secretária e terminou as suas clientes que faltava.

No final da noite, foi para casa. Estava cansada. Mesmo que tivesse dormido á noite interior no hospital, o sono nunca era completo. Entrou e ligou a televisão no programa infantil. Colocou a Florence sentadinha no carrinho de frente para a televisão. A pequena levou o dedo na boca com os olhos voltados para os desenhos.

Freen retirou os sapatos e foi para a cozinha preparar alguma coisa para comer. Varia uma sopa de legumes. Florence amava sopas. Da cozinha, escutava os gritos e as risadinhas de sua filha. Acabou sorrindo sozinha... Amava escutá-la. Não demoraria muito para que a Florence começasse a pronunciar frases inteiras.

Ocupou-se em fazer a sopa quando escutou um grito estranho da Florence. Assustou-se. Lavou as suas mãos ás pressas, e correu para a sala com um pano de prato nas mãos.

— Florence? O que foi meu amor? —  adentrou a sala e sua pressão caiu ao ver a cena. Todo o sangue fugiu do seu corpo. Sentiu-se pálida e fria. Tremeu violentamente, enquanto, os olhos se arregalaram. — Vo... Você?

Amanda estava sentada no sofá com a pose de rainha em seu colo estava Florence que estendia os braços para a Freen e chorava com medo. Pronunciava a palavra "mama", o seu rostinho estava bem vermelhinho e os olhos castanhos repletos de amargura. Os olhos de Freen também encheram de lágrimas, e ela chorou. Deu um passo em direção da filha, mas a Amanda balançou a cabeça em negativo. E Freen obedeceu, até porque Amanda estava com um revólver apontado para a cabeça da pequena.

Uma cena forte que a Freen nunca mais em sua vida iria esquecer. O pânico invadiu todo o seu ser. Sentiu muito medo. Se a Amanda fizesse alguma coisa contra a sua filha, morreria!

— Olá Freen... Por que você não se senta um pouco e vamos conversar? —  propôs com um sorriso cordial.

Freen não questionou. Sentou-se de frente para Amanda. Todo o seu corpo estava tenso, sua boca amargava como fel e o seu coração estava acelerado. As lágrimas caiam, e a morena não fazia questão de limpar, não conseguia tirar os olhos de sua filha. O seu choro estava partindo o seu coração.

— Solte-a... —  pediu num sopro de voz. — Por favor, não faça nada com a minha filha. Por favor! — implorou. — Ela é um anjinho. Por favor...

Amanda sentiu um imenso prazer de ver a Freen daquela maneira.

— Olha... Para quem era bem brava para o meu lado, você está me surpreendendo. —  falou com desdém. — Incrível como as pessoas mudam de vinho para a água quando tocamos na ferida. Não é mesmo?

Freen engoliu á seco. Não sabia como aquela mulher tinha entrado em sua casa. Tinha certeza que não tinha deixado à porta aberta. Mas estava falando de Amanda, uma psicopata!

— Por favor. — Freen fungou alto, sua vontade era de arrancar a Florence dos braços daquela louca. Mas não podia fazer isso com uma arma mirada na menina. — Não a machuque.

— Isso depende de você. — olhou para as suas unhas, e depois para a Freen.

— Eu faço tudo que você quiser. — Freen disse sem ao menos pestanejar. — Só não faça nada para a minha filha.

— Acho bom mesmo, porque se não fizer o que eu disser... —  avisou, puxou o gatilho e a arma estralou. Freen gritou desesperada e ajoelhou-se com o coração na boca, chorando em prantos. A risada da Amanda foi alta e escandalosa. O choro de Florence também aumentou. — Adoro brincar de roleta russa... É sempre tão emocionante você não acha?

Freen ainda estava em choque e chorava muito. Pensou que tinha sido o fim de sua filha. Queria muito matar a Amanda por isso.

— Sua louca! Você poderia ter matado a minha filha! —  gritou furiosa e também muito angustiada.

— Seria uma opção. Mas esse é o barato da roleta russa. — Amanda respondeu com tédio. Já estava ficando de saco cheio daquela menina chorando e babando os seus braços. — Mas parece que essa pequena aqui tem muita sorte, não?

— O que você quer?

— Ligue para Rebecca. —  jogou o telefone residencial em cima da Freen. — Você fará exatamente o que eu disser ou essa anjinha vai parar no céu.

Moída de medo e também terrorismo psicológico, Freen pegou o telefone e com as mãos bem trêmulas, discou o número de Rebecca. Cada toque o seu coração respondia com mais forte...






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Amanda em ação novamente, e acreditem, será a última vez. 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora