139 - capítulo

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— Vamos ver, vamos ver. — Joss disse com empolgação ao passar a fita métrica ao redor da barriga de Rebecca.

Rebecca mantinha os braços levantados e revirava os olhos. Irin assistia a cena rindo, o Joss era mesmo um pé no saco, mas tinha se acostumado com a presença dele. Estranho seria se não tivesse, o cara estava todos os dias no apartamento batendo ponto.

— Joss, qual é a necessidade disso? Você mediu a minha barriga na semana passada. — a loira retrucou.

Ele a olhou com indignação.

— Semana passada! Fazem sete dias. Eu quero saber como está a evolução do bebê. —  respondeu voltando os olhos na fita.

— E você descobrirá isso com o tamanho da barriga? — Irin perguntou com deboche.

— Sim. Saberei se o meu meninão vai ser grandão.

— Não vai ser um menino. — Rebecca disse enfática.

— Não mesmo. — Irin reforçou. — Será uma linda menina.

Joss abriu um sorriso ao ver que a barriga tinha crescido um pouco.

— Vocês que acham, os Way reproduzem apenas meninos. — ele estralou os dedos. — Há há, dois centímetros maior. — puxou a fita da barriga de Rebecca e olhou em volta. — Onde está o meu caderninho?

Rebecca abaixou a sua blusa, e apontou para o caderninho no centro da sala. O Joss sempre fazia anotações sobre qualquer acontecimento com o bebê, dizia que iria mostrar isso ao seu filho quando estivesse grande. Como ele mesmo dizia "A evolução do Way".

— Por que você não vai tentar reproduzir outra mulher? Quem sabe assim sai um pouco do meu pé? — Rebecca perguntou.

Joss alcançou o seu caderninho e anotou a descoberta. Deu de ombros ao ouvir a loira.

— Prefiro os seus genes. Só mulher bonita. —  olhou para Irin e piscou. — Quer ter um bebê também?

Ela fez cara de nojo.

— Me poupe desse olhar, nem com um apocalipse zumbi isso aconteceria.

Joss fez uma expressão triste. Mas logo esqueceu e se jogou no sofá, ligou a televisão pelo controle e colocou no canal de esporte.

Rebecca e Irin se entre-olharam, o Joss era mesmo um folgado. O celular de Rebecca começou a tocar, abriu um sorriso ao ver que era a Freen.

— Olá gatinha. —  cumprimentou com um sorriso.

— Rebecca. — a voz de Freen soou extremamente estranha. — Você poderia vir aqui? Tenho que conversar com você, urgente. Por favor...

A loira estranhou, a preocupação lhe invadiu e também ficou em alerta.

— Sim, posso.

— Obrigada. Lhe aguardo, por favor, não demore. —  desligou.

Rebecca franziu o cenho.

— Que cara é essa? — Irin perguntou, e o Joss desviou atenção da televisão para a loira.

— Freen me pediu para ir à casa dela que queria falar uma coisa importante comigo.

— E o que há de errado com isso? — Joss perguntou.

— O tom de sua voz, a maneira que pediu usando muito, "por favor,", a Freen nunca pede por favor á mim. Sem contar que mais cedo, falamos no telefone e acertamos de nos ver amanhã. —  pensou um pouco. — Tem uma coisa muito errada nisso tudo. Estou com um pressentimento que não é coisa boa.

— Acha que ela vai terminar com você? De novo? — Irin perguntou.

Rebecca mordeu o lábio inferior. Poderia ser que a Freen tivesse voltado atrás? Parecia muito pouco provável, pelo clima que tinha se estabelecido entre elas. Não conseguia saber o que, mas alguma coisa estava alarmando dentro de si e a deixando com bastante medo.

— Eu vou até lá. —  alcançou a chave do carro, mas foi tomada pelo Joss. — O que está fazendo?

— Você está começando a ficar alterada, não é prudente dirigir. Eu irei com você. —  disse num tom que não aceitava recusa.

Irin também se levantou.

— Eu irei com você também. Me passa á chave, mané, quem vai dirigindo sou eu.

Ele passou a chave contragosto.

Rebecca concordou. Os três foram para a garagem. Joss preocupado com o bem-estar da loira, até porque tudo se refletia em sua gravidez. Irin com o pensamento que bateria em Freen se visse a irmã chorando e magoada pelos cantos. E Rebecca com o medo ganhando mais proporção á medida que os minutos se arrastavam. O trânsito estava livre por ser um pouco tarde, não tardaram muito á chegar. Irin estacionou um pouco antes da casa de Freen.

— Eu vou lá. — Rebecca informou ao tirar o cinto de segurança. — Vocês ficam aqui. Qualquer coisa, eu aviso.

— Ok. — Joss disse.

— Por favor, se for transar, me passa um sms que vou embora. — Irin pediu.

Rebecca revirou os olhos. Sua irmã parecia que era doida. Saiu do carro e foi até a casa da morena, a porta estava aberta. Mais uma coisa para se estranhar, a Freen tinha mania de segurança, sempre mantinha as portas e janelas bem fechadas.

— Freen? — Rebecca empurrou á porta e entrou.

Encontrou a morena sentada no sofá com a expressão impassível, mas existia uma inquietação em seus olhos que não passaram despercebidos por Rebecca...







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Aguenta coração....... 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora