136 - capítulo

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No outro dia, Rebecca acordou muito melhor. Estava bem e feliz. O seu rosto e o seu pescoço tinha limpado consideravelmente. O médico a liberou, não tinha porque ficar no hospital. Passou uma pomadinha para passar nas urticarias até que ficassem limpas completamente. Aparentemente, a loira não se lembrava da visitinha surpresa da Amanda.

Freen se manteve ao seu lado o tempo todo, em nenhum momento tocaram no assunto "nós", mas estavam tão carinhosas e aqueles olhares apaixonados não enganava á ninguém.

As duas estavam felizes, porque em suas cabeças aquele dia seria um recomeço para o amor de ambas. Uma segunda chance. A única coisa que impedia que a felicidade fosse completa era o relacionamento ainda pendente de Freen com a Cheryl. A sua namorada não tinha respondido a sua mensagem, também não a tinha ligado. O que era estranho. Cheryl era meio pegajosa...

O que a Freen não sabia era que a sua namorada tinha passado a noite com a Irin no apartamento de Rebecca. Com a sua irmã de molho no hospital, a mais nova não hesitou em nenhum momento para arrastar a ruiva para o apartamento, tendo uma noite muito quente e também memorável. Ficaram tão perdidas nos corpos que se esqueceram completamente do mundo.

Também se esqueceram de ir para o quarto... Estavam nuas e enganchadas no sofá.

Durante o percurso para o apartamento, a Freen que estava dirigindo. Não deixou que Rebecca tocasse no volante. Queria que a loira ficasse em completo repouso.

— Eu estou bem, Saro. —  disse pela milésima vez, sendo ignorada.

— Só vai ficar bem completamente quando não estiver mais com essas manchinhas em seu rosto. —  insistiu a morena.

Rebecca bufou e fez um biquinho, mas depois sorriu. Acariciou o braço da morena que deu uma rápida olhada para ela, e também sorriu.

— O que foi? —  quis saber Freen.

— Você cuidando assim de mim... Sinto-me até no céu. —  respondeu a loira sem deixar de olhá-la.

— Não seja exagerada. — Freen riu.

— Não é exagero, é que nunca imaginei que estaríamos assim novamente... — a loira suspirou e relaxou no banco do carro. — Eu sei que não está nada definido, e algumas coisas precisam ser resolvidas, mas não consigo controlar essa felicidade.

Freen refletiu as palavras de Rebecca.

— Sim, algumas coisas precisam ser resolvidas. Eu ainda estou com a Cheryl... —  começou, e a loira torceu os lábios. — Pretendo terminar com ela. — o sorriso de Rebecca voltou. — Mas eu quero ir com muita calma com você, sabe? Quero ir aos poucos, de passo á passo, sem afobação e sem deixar que a tensão sexual nos cegue. Você compreende isso? Ainda existem algumas questões dentro de mim que precisam ser resolvidas.

A loira balançou a cabeça em positivo.

— Sim. Eu entendo, e acho até melhor ir com calma... Assim poderemos resolver as nossas diferenças sem os ânimos exaltados. Estavámos muito oito ou oitenta, e um relacionamento não pode ser assim. Eu sei que sou muito impulsiva, e que fiz muitas besteiras, mas não quero que nada estrague essa nova chance que está surgindo. Quero que o companheirismo esteja sempre presente entre nós. Sem egoísmo, sem pensar no próprio umbigo, e sem burradas.

Freen adentrou na garagem do condomínio.

— Eu fico muito feliz que concorde comigo e que esteja com esse pensamento. Por um momento fiquei com medo de que não quisesse começar do zero.

— Está brincando? Claro que quero. Quero lhe mostrar que pode confiar em mim, quero me redimir perante os meus erros e quero que você veja que sim que sou digna de você.

Freen estacionou o carro na vaga de Rebecca. Retirou o cinto e virou-se para ela. As duas se olharam, parecia um sonho que tudo estivesse se acertando, finalmente. A loira também tirou o cinto, segurou o rosto da morena e lhe deu um beijo castro.

— Vamos fazer dá certo. — Rebecca afirmou.

— Eu não duvido. Só fico preocupada com a Cheryl. — Freen suspirou. — Não sou uma mulher ingrata, mas estou me sentindo assim... Ela esteve ao meu lado nesse tempo todo, acho que estou sendo bem safada em terminar o relacionamento.

Rebecca acariciou o rosto da morena. Se fosse em outro momento, outra época, já surtaria com isso... Mas, não tinha motivo para fazer isso. Sabia que a Freen tinha um bom coração e que estava se remoendo por isso. Não daria show. A ajudaria. Isso faz parte do companheirismo, não?

— Pior seria se você continuasse com ela apenas por gratidão. Ela não merece isso, não gosto da Cheryl, mas eu não gostaria que uma pessoa estivesse comigo apenas por caridade. A única coisa que você pode dá a ela é a sinceridade. Ela pode até ficar chateada, mas vai superar isso.

— Você tem razão. Não vou protelar isso. Só irei esperar que ela volte para Gravatá que terei uma conversa com ela.

Rebecca roubou mais um selinho da Freen. As duas saíram do carro e foram para o elevador. Distraidamente, a loira deu uma coçadinha em sua urticária, recebendo um tapa leve de advertência da morena que a olhou com a cara feia. Rebecca não aguentou e riu, puxando a Freen para um abraço de lado. Como no decorrer do trajeto, o elevador tinha enchido, então, não podiam ser beijar. Mas á vontade estava bem viva.

Tanto que saíram do elevador, e atingiram o corredor. Rebecca já estava com a chave na mão. Mal colocou a chave no trinco, e puxou a Freen para um beijo desejado... Não era um beijo castro, e muito menos lento... Era um beijo quente e com provocação das línguas. O ritmo era intenso, acendendo cada pedacinho do corpo de ambas. Sentiram-se quentes, e com vontade de mais.

Freen agarrou-se na cintura de Rebecca, e a empurrou contra a porta. Afundando a língua na boca da loira, e enroscando a língua, enquanto, roçava os corpos. Rebecca gemeu de prazer, uma mão estava no corpo de Freen, e a outra tentava abrir a porta com muita dificuldade.

Mas conseguiu as duas tropeçaram em algo, e riram por quase caírem. Voltaram a se beijar e Rebecca fechou a porta com os quadris, puxando a Freen novamente para o seu corpo, cambalearam pela sala, tropeçando novamente. Desta vez, foram em corpos. Gritaram, Cheryl e Irin que estavam deitadas, acordaram e também gritaram.

Quatro queixos caíram.

— Cheryl! — Freen exclamou sem acreditar que a sua namorada estava nua com a sua cunhada.

— Freen! — a ruiva também exclamou, ficando muito vermelha. Mas não teve nenhuma reação, nem ao menos para se cobrir. Os seus olhos desceram para as mãos de Rebecca que estavam nos seios de Freen.

A loira retirou as mãos rapidamente, e olhou para a Irin com reprovação. Irin lançou um sorriso amarelo. Ali, as quatros estavam com a maior culpa no cartório e foram flagradas da pior maneira!







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Que flagra kkkkkk

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora