98 - capítulo

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Felizmente, o quadro de Richard e Rawee era estável. Apesar de estar na unidade intensiva de terapia, apenas para uma observação melhor. A equipe médica conseguiu extrair todo o veneno do organismo do Richard e aplicou cavão ativado para que os danos não fossem tão maiores... O fígado foi um pouco corrompido e o bafo foi destruído que causou uma hemorragia interna, mas com uma cirurgia reparadora, conseguiram conter a hemorragia. Removeram o baço, e tiraram um pedaço do fígado. Sorte do Richard que o fígado era um órgão com capacidade de regeneração, então, não teria muito risco. Claro que a recuperação seria longa, mas o Christian se prontificou de que iria cuidar muito bem do namorado.

Rawee tinha sofrido uma concussão cerebral, fratura no fêmur e no ombro. Segundo os médicos, a mesma teve muita sorte em não ter sofrido um traumatismo craniano severo depois da queda. Ela tinha passado por cirurgia para reparar o fêmur e também o ombro. Foram necessários pinos. Ela estava com resposta cerebral. As suas pupilas respondiam os comandos e também tinha reflexos.

Ambos passariam vinte e quatro horas na UTI para depois ir para um apartamento. A polícia deduziu pela imagem das câmeras que a Rawee escorregou da varanda. Pelo ângulo que a mesma caiu. Para o alívio de Stefan que estava com muito medo de ser descoberto. Agora, estavam investigando sobre a suposta cesta em que o Richard recebeu. Infelizmente, não estavam com nenhuma pista. Nem mesmo o entregador tinha sido encontrado!

Estava tudo muito vago.

Rebecca e Irin estavam no hospital dando apoio ao pai, que mesmo aliviado por sua esposa e seu filho não ter morrido, ainda estava em choque. Freen apareceu rapidamente para buscar a Florence, e dá apoio para o Jacob. Ela e Rebecca trocaram olhares, mas a loira desviou.

Freen foi embora porque a presença de criança era proibido. Tinha tido uma rápida conversa com o Christian, e o mesmo permitiu que ela morasse em sua casa até a morena se estabilizar. Ela pretendia abrir a sua própria clínica de designer de sobrancelhas. Só precisava de um investidor. Já que tinha se decidido ficar em Recife, tinha que arregaçar as mangas. Tudo estava muito aberto ainda, mas ainda teria outra conversa com a Rebecca. Não abriria mão do seu amor. 

Christian estava abaladíssimo. Nunca imaginou em sua vida que passaria por esse filme de terror. Estava agradecendo aos céus por o Richard ter se salvado. Sabia que ainda tinha um risco, mas se sobrevivesse às 24 horas, era uma vitória.

O Stefan estava quieto, sentado na cadeira. Ainda não acreditava no que tinha feito com a sua tia. Era monstruoso. E se ela tivesse morrido? Nunca iria superar o peso da culpa.

Amanda foi à última á chegar, e não foi muito bem recepcionada. O Christian avançou em cima dela, gritando que foi ela que tentou matou o Richard. O Stefan que segurou o Christian para longe da Amanda, que fazia a sua melhor interpretação... Chorava, e se mostrava bastante indignada.

— Que espécie de ser humano você acha que sou? — Amanda dizia ao choro. — Tive minhas diferenças com o Richard, mas nunca que iria desejar a sua morte. Ele foi muito importante em minha vida. E se dúvida tanto, pode mandar rastrear os meus cartões de créditos, minha conta, e o diabo á quarto. Quem não deve, não teme. E eu não temo!

Dito isso. O clima no hospital voltou a ficar tranquilo. Embora que o Christian não acreditava nenhum pouco na Amanda.

— Você acha que ela teve alguma coisa á ver com isso? — Irin murmurava para a sua irmã.

Rebecca olhou para a Amanda que ainda estava com os olhos marejados.

— Não sei. Acho que a Amanda é capaz de muitas coisas. Mas matar? — fez uma careta. — Acho difícil. A polícia a interrogou mais cedo, e ela foi cortada da lista de suspeito.

Irin assentiu. Não confiava em Amanda. Era uma cobra muito perigosa. O problema é que o Richard tinha muitas dívidas com todos os tipos de pessoas. Poderia ser qualquer um.

— Bem... E você com a Freen?

A loira suspirou alto. Os seus olhos encheram-se de lágrimas. Acomodou-se na cadeira desconfortável. Sua mente estava uma confusão.

— Uma grande parte de mim quer ficar com ela. Mas a outra parte não. Eu não confio nela. Tenho medo de me entregar novamente, e ela ir embora. Não sou capaz de suportar mais uma partida. —  sussurrou.

— Você sabe que está sendo muito rígida com ela, não é? — Irin começou, recebendo um olhar da irmã. — Não me olhe assim. É verdade. Ela errou e merece uma segunda chance. O que adianta está sem e sofrendo desse jeito? Vocês se amam.

— Não é o momento, Irin. Você acha que eu não queria ser feliz ao lado da mulher que amo? Mas não consigo. Não me sinto em segurança. Não me sinto preparada. Eu preciso aceitar a presença da Freen novamente em minha vida. Preciso confiar nela novamente. Preciso me sentir segura, entende?

— Isso eu entendo. Só cuidado com isso. Vai que nos caminhos da vida, a Freen encontre um alguém...

Rebecca trincou os dentes. Era um risco que iria correr.

.. 

— Como foi o interrogatório? — Stefan perguntou em voz baixa.

— Tranquilo. Eles viram que eu não tinha nada á ver com esse acontecimento tão triste com o Richard. Não demorou nem meia-hora. Como eu disse... Quem não deve, não teme, não é verdade? — deu um sorriso para o Stefan.

Stefan arrepiou-se com aquele sorriso. Parecia a iniciação de um mau presságio.

— Eu não acredito que essa velha se salvou. — Amanda murmurou. — Se ela se lembrar de tudo que aconteceu. Estamos ferrados!

Tinha que ter ao menos um pingo de sorte nessa vida... Já que parecia que sua onda de azar continuava... O imbecil do Richard não tinha morrido. E a suburbana tinha voltado, a encontrou no estacionamento do hospital. Mas pela expressão de Freen, e também da Rebecca... Parecia que o casamento não tinha sido reatado... E esperava que continuasse assim.

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora