Faz De Conta! { FreenBecky }

101 - capítulo

Rebecca estava exausta quando adentrou em seu apartamento. Era pouco mais de cinco horas da tarde. Teve um dia bastante corrido. Fez uma visita á sua mãe, depois foi para o SPA. Sentia falta do profissionalismo e eficiência da Elisa. A nova gerente era muito boa, mas não excelente. Então, sempre tinha que está presente para resolver os abacaxis.

O bom é que manteve a sua cabeça extremamente ocupada e não teve tempo para pensar no que lhe causava um turbilhão de emoções: Freen. Porém, foi colocar os pés em seu apartamento que tudo que não pensou durante o dia martelou em sua cabeça.

Suspirou resignada. Parecia um masoquista. Não era possível. Tinha o seu amor disponível para ela, mas mesmo assim não conseguia ficar com ela e ficava sofrendo pelos cantos.

Encontrou a sua irmã aparentemente de saída. Irin era outra que estava perturbada com o fim do relacionamento. Mas diferente dela, não deu uma de louca e saiu trepando com gato e cachorro.

— Vai sair?

— Vou. Tenho um encontro marcado. — Irin informou, dando um sorriso de lado.

— Com quem? —  perguntou com curiosidade.

— Alexia.

— Quem é essa? — questionou. Estava surpresa. Por que até ontem a sua irmã estava praguejando contra a Scarlett de maneira obsessiva. — Encontrou no Tinder?

— Óbvio que não. Detesto site de relacionamento. —  fez uma careta. — Fizemos curso de inglês juntas. Foram apenas seis meses, mas nunca deixamos de nos falar pelo Facebook. Só não dava a mínima porque estava com Scarlett, mas a Alexia sempre mostrou bastante interesse em mim. — sorriu. — Não a culpo. Sou irresistível mesmo.

Rebecca fez uma cara afetada.

— É bonita?

Irin tirou o celular do bolso, e começou a mexer.

— Sim. Só que falta peito. O que Scarlett tinha de sombra, na Alexia falta. Mas não estou reclamando... — mostrou a foto da Alexia para sua irmã.

Rebecca analisou a garota. Realmente era bonita. Loira natural de olhos azuis. Tinha um sorriso muito bonito. Mas realmente faltava peito. Irin foi passando as fotos da Alexia pelo Facebook. Tinha uma foto que a mesma estava de biquíni.

— Corpo de modelo. — Irin se exibiu.

Realmente. Um corpão estilo violão era uma garota muito alta. As pernas eram enormes.

— Ela faz o que? — Rebecca perguntou curiosa.

— É modelo. —  guardou o celular no bolso.

— Bonita ela. Você vai ficar parecendo uma criança perto dela com esse corpo nanico. — Rebecca provocou com um meio sorriso.

— Pequena em tamanho, mas grande em atitude. Aprenda isso. —  mandou um beijo e foi em direção da porta. — Tchau mulher corrimão.

Rebecca revirou os olhos. Desde que tinha ficado com Joss e Friend que a sua irmã infernizava consideravelmente á sua vida. Odiava esse apelido. Foi para o quarto. Soltou a bolsa na poltrona, e retirou a roupa. Preparou um banho quente na banheira com bastantes sais minerais.

Recebeu uma mensagem no celular. Era o Joss.

"Happy Hour hoje?" - ele chamou.

Considerou por meio segundo. Mas estava tão cansada que não aguentaria uma programação agitada.

"Estou tão cansada. Não vai rolar".

A resposta foi instantânea.

"E que tal a minha companhia? Uma boa massagem nos pés. Juro que sem nenhuma segunda intenção".

A loira riu.

"E mesmo se tivesse segunda intenção, você não conseguiria nada, gato. Mas aceito a massagem, e também sorvete. De chocolate, obrigada".

Não esperou a resposta. Colocou o seu celular em cima da cama e foi para o banheiro. Prendeu o cabelo em um coque. A água estava deliciosa e sentiu todos os seus músculos relaxarem. Estava se acostumando com a companhia do Eric. Era horrível a solidão do apartamento. Quando a Irin estava ainda era relevante, mas sem ela...

Levantou a sua mão esquerda onde a aliança repousava no seu anelar. Porque o ser humano complicava tudo? No caso, ela. Tentava entender os motivos de Freen, mas o orgulho misturado com a mágoa impedia disto.

Quando achou que era necessário, saiu da água e se enxugou. A carência estava lhe abatendo. Mas não iria fazer nenhuma bobagem como anteriormente.

Foi para a cozinha, buscou uma taça de vinho e um vinho. Foi para sala, e ligou o som baixinho. Sentou-se no sofá, abriu a garrafa e serviu-se de vinho. Pôs os pés no centro. Deu um gole de vinho, enquanto, ouvia atenta a letra da música.

Y sigo esclavo de sus besos y sigo preso de mis miedos. Hemos llegado a un punto de inflexión, en el que esta obsesión está apartándome de ti...

E sigo escravo de seus beijos e sigo preso em meus medos. Chegamos a um ponto de inflexão no que está obsessão está me separando de ti.

Y sigo esclavo de sus besos y sigo preso de mis medos. Y sigo sin saber por qué razón sigue ella en mi interior. Y en nuestro puento de infléxion... Y sigo esclavo de sus besos.

E sigo escravo de seus beijos e sigo preso em meus medos. E isso sem saber porque segue ela em meu interior e em nosso ponto de inflexão... E sigo escrevo de seus beijos.

Um gole de vinho. Essa música parecia que tinha sido feito para ela. A campainha tocou. Franziu o cenho. Já era o Joss? Achou que o mesmo demoraria mais á chegar. Era um vadio mesmo. Riu com o seu pensamento.

— Você não trabalha mesmo não é? — disse assim que abriu a porta, mas engoliu a seco em ver que não era o Joss.

Era a Freen... Com um vestido sexy. Aquela visão deixou a loira excitada. Sentiu o calor entre as suas pernas, e um líquido tão conhecido escorrer pelas suas virilhas. Ficou de boca aberta. O vestido era azul, colado, com um decote em V, porém, cruzado, que deixava os seios volumosos de Freen uma perdição. A boca de Rebecca ficou seca numa expectativa inconsciente de passar a língua entre aquele decote. Bastante pele estava sendo visto naquele decote. A morena estava sem sutiã, também era nítido pelos seus mamilos inchados que marcavam o tecido.

Céus. Rebecca queria muito passar a língua em cada mamilo. Por ser um vestido curto, as coxas de Freen também era o auge do seu prazer. Aquele tipo de vestido não dava para usar com calcinha se não marcaria. Quase gemeu ao imaginá-la sem calcinha... Depois de comer a Freen com os olhos, subiu o seu olhar para o rosto da morena... Os cabelos estavam soltos e cheios, e os lábios convidativos num batom avermelhado. Queria muito beijá-la.

— Freen... O que, o que faz aqui? —  perguntou nervosa, sentindo uma gota de suor frio escorrer pelas suas costas, foi obrigar a cruzar as suas pernas e deixar que o atrito de suas coxas pressionasse o seu sexo.

— Visitinha surpresa... Posso entrar? — Freen perguntou com um sorriso malicioso.

Rebecca lambeu os lábios. Pensou rapidamente, seria muita tentação deixa-la entrar...

— Eu acho que não é uma boa idéia, eu...

Freen respirou fundo, e entediada. Sabia que isso poderia acontecer. Tinha se vestido propositalmente para atiçar a loira, e sabia que tinha acontecido. Aquele olhar quente e repleto de desejo não a engava. Assim que a viu, as pupilas de Rebecca se dilataram. Isso aconteceu o mesmo com a Freen... A loira estava simples, porém, muito cheirosa e era uma tentação saber que debaixo daquele roupão não encontraria nada que a impedisse de fazer o que estava desejando. Já que Rebecca estava relutante para a sedução que fosse para o ataque de vez. E foi isso que fez...

Puxou a Rebecca pelo laço do roupão e a beijou selvagemente...