93 - capítulo

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Christian estacionou o carro na frente de sua casa. Estava tão feliz por estar novamente com a sua filha. Desceu do carro e retirou a Florence da cadeirinha. A pequena sempre sorria, e balbuciava, demonstrando também a sua felicidade. Christian deu muitos beijos em sua filha.

— Papai está tão feliz em tê-la aqui. Sabe como morri de saudade de você? — perguntou a menina, dando um beijinho na ponta do nariz. Florence riu.

Florence apertava com o dedo a bochecha do Christian, e arregalava os olhos. Depois mostrava o sorriso com apenas três dentes.

— Olha só... Nasceu mais um dente em você, né danadinha? — Christian apertou suavemente os lábios de sua filha, e recebeu uma mordidinha. — Ai sua safada! — riu.

Pegou a bolsa da menina e colocou no ombro. Rumando para a sua casa.

— Titio Rich vai ficar muito feliz em vê-la também.

Procurou a chave no bolso da calça jeans, teve um pouco de dificuldade para encontrar até que a achou. Colocou a chave no trinco e estranhou por estar aberta.

— Cansei de dizer ao Richard que deixe essa porta fechada. — retrucou ao entrar na casa. — Richard? — chamou, não obteve resposta.

A primeira coisa que teve consciência foi à xícara de café derramado no sofá. Quase soltou um palavrão, aquele sofá era de couro branco. O que o Richard estava pensando em ter deixado o café derramado e nem ter tido a preocupação de limpar? Aproximou-se mais. O café estava seco. Seria trabalhoso limpar aquele sofá.

Depois os seus olhos desceram para o tapete todo melado de vômito e surpreendentemente de sangue. O seu coração acelerou com aquela imagem, soube que tinha algo errado no ar. Obrigando-se a ficar calmo, porque o desespero estava se instalando em sua mente.

Balançando a filha no braço, procurou o seu celular, ficou tão desorientado que demorou a perceber que estava no seu bolso traseiro. Retirou com a mão trêmula e buscou o número do Richard, o coração estava quase saindo pela boca. A cada toque, um frio do nervosismo parecia lhe corromper por dentro.

— Alô? — uma voz desconhecida atendeu.

— Alô. Aqui é Christian Chávez, o namorado do Richard. Onde está ele?

— Senhor Chávez, tentamos entrar em contato com você, porém, o seu celular só dava caixa postal. Aqui é do Hospital Santa Joana, socorremos o seu namorado, o Richard com suspeita de envenenamento. Peço que o senhor venha até a nossa unidade para tomar as medidas cabíveis. Já informamos a família, porém, ninguém ainda chegou.

A cabeça do Christian girou e foi preciso muita força para se manter em pé e também segurar a Florence.

— Envenenamento? — ficou espantado. — E... Ele está bem? Está vivo? — lágrimas queimavam os olhos do homem.

— Sim. Ele está vivo, porém, o estado é grave. Por favor, senhor... Venha até o nosso hospital que o médico responsável irá conversar com você.

— Ok. Obrigado. — desligou.

Precisou de um minuto para se recompor. Depois, foi para o hospital. Porém, tinha um problema: Florence. Era permitido entrar com criança em hospital? Tinha que ligar para Freen, mas faria isso assim que chegasse ao mesmo...

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora