87 - capítulo

1.2K 166 25
                                    


Depois de quase duas horas, Rebecca saiu do quarto. Sentia-se um pouco melhor, mas ás vezes vinha àquela sensação sufocante que dava vontade de se isolar e chorar até exaustão. Porém, estava se esforçando um pouco, a sua irmã veio de Ceará pra ficar com ela, não podia fazer desfeita, sem contar que era fácil esquecer um pouco do sofrimento ao lado de Irin.

Vestiu-se simples. Um vestidinho leve com estampas, soltinho e rasteirinhas. Tinha lavado os seus cabelos que estavam lastimáveis. Depois do banho, sentia-se revigorizada. A sua irmã tinha razão, estava fedendo. Tinha perdido a noção do tempo em seu apartamento, passou dias apenas chorando.

Saiu do quarto, cheirosa. Encontrou a Irin na cozinha. No balcão tinha dois pratos, talheres e uma refratária com macarrão com queijo.

— Agora sim está uma pessoa digna. — Irin sorriu. Tinha tomado um banho também, como arrumou a sala de Rebecca e também a cozinha, ficou suada e aproveitou para se banhar. — Sente-se, vamos comer minha especialidade: Macarrão com queijo.

— A cara está ótima. — Rebecca deu um meio sorriso e sentou-se. Não estava com muita fome, mas achou que apanharia se dissesse isso á sua irmã.

Serviram-se e comeram em silêncio. O macarrão estava realmente gostoso. Rebecca se surpreendeu ao se servir mais uma vez. Estava precisando mesmo de cuidados.

— Bem. Já que terminamos... Vamos sair. — Irin anunciou depois de lavar as louças.

Rebecca suspirou desanimada.

— Ah não, Irin. Não estou com clima pra noitada.

Irin cruzou os braços.

— Não estou perguntando se você está no clima. Estou apenas informando que iremos sair. — o interfone tocou, e Irin foi toda animada atender. — Oi? Ah sim... Desceremos em um minuto... Obrigada. — desligou. — Pegue a sua bolsa, se quiser. E ande logo, o taxista já está nos esperando.

Com um suspiro resignado, Rebecca foi até o seu quarto e pegou a sua bolsa. Irin já a esperava na porta. Desceram e foram para o táxi. A mais nova deu o endereço, e depois de vinte minutos chegaram.

— O que isso? Um bar de beira de esquina? — a loira perguntou com o cenho franzido.

— Se você quer colocar assim. — Irin deu de ombros. — Pra mim, é um lugar acolhedor com pessoas mais acolhedoras ainda. Não julgue o livro pela capa. Saiba que aqui é conhecido, e bastante caro também.

Rebecca apertou os olhos. Ninguém dava nada pela frente do bar. Depois que entraram, a percepção da loira mudou imediatamente. O ambiente era climatizado, bem decorado com objetos artesanais, lembrando muito bem do sertão nordestino como também algumas tradições culturais de Pernambuco. Era minucioso e muito lindo. Dava vontade de tirar inúmeras fotos.

Sentaram-se na mesa e foram atendidas por um garçom muito gentil.

— Uma garrafa de José Cuervo Gold, por favor. — Irin pediu.

— Você está bem empolgada, não? — Rebecca riu pra sua irmã. Pegou a cartilha e os seus olhos quase pularam. — Nossa aqui é o preço é o olho da morte.

— Você tem dinheiro para isso.

A loira apertou os olhos.

— Eu que vou pagar essa saída?

— Claro. Você é uma empresária bem sucedida, tem dinheiro para isso. Eu sou uma simples estudante ainda sustentada pelos pais. — Irin piscou.

— Isso é exploração. — Rebecca bufou, e sua irmã deu de ombros. Olhando ao redor, tinha muitas pessoas distintas. No fundo, tinha uma vitrola velha, lembrando-se o tempo de cabaré. — Aqui tem vitrola de ficha. — os olhos da loira se iluminaram.

O garçom retornou com a garrafa de tequila, Irin encheu dois shots e riu para sua irmã.

— Eu sabia que você iria gostar...





............ 


E é apartir desse capítulo que nossa loira Armstrong vai fazer loucuras!! 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora