13 - capítulo

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Definitivamente, a Rebecca não gostava de criança. Freen constatou uns minutos depois. Pelo modo que ela se firmou em cima dos seus saltos altíssimos no chão de pedra, capaz dos saltos ficarem presos nos paralelepípedos, só para não pegar a Florence nos braços, estava na cara!

Era um contraste muito grande a presença de Rebecca em sua humilde rua, alguns vizinhos esticavam os pescoços para observar melhor. Freen não os julgavam, se fosse o contrário, seria uma das primeiras a ficar curiosa para saber quem era a madame com um carro importante com porte de princesa.

Rebecca se vestia muito bem, e os saltos altos davam uma elegância bastante clássica á ela. Usava uma blusa de seda negra, com uma jaqueta e short de estampa animal print, o que chamava mais a atenção eram os seus sapatos... Vermelhos. A mulher sabia se vestir muito bem, sem contar que estava muito cheirosa. Não sabia qual era o perfume dela... Mas, achava simplesmente viciante.

Freen olhou para sua própria roupa, estava de camisa branca de botões, uma calça jeans apertada e sapatilhas. Deveria ter se vestido melhor, não sabia o que esperava na casa dos pais de Rebecca, mas julgando pelo porte da loira, deveria ser de alta classe.

Deixou de se preocupar com a sua roupa quando a Florence deu um puxão em seu cabelo.

— Não meu amor, assim você deixa a mamãe careca. — disse a sua filha, e tirou a sua madeixa de cabelo da mão da pequena que fez um biquinho e tentou pegar de novo.

Achou melhor colocar a Florence em sua cadeirinha para dá um brinquedinho a ela. Sentou a pequena na cadeirinha, e a prendeu. Sua filha gritou em reclamação e se agitou, não querendo ficar na cadeira, mas finalmente conseguiu a prender, então, voltou para pegar a bolsa de Florence, que deu mais dois gritos por ter ficado sozinha, mas assim que viu a mãe, se calou.

Freen entregou o mordedor á ela.

— Aqui. Morda bem muito pra esses dentinhos ficarem afiados e você comer bem muita carne. —  deu um beijo na testa da filha, e fechou a porta. — Precisa de ajuda? — perguntou ao se aproximar de Rebecca.

— Não. Já terminei. Os prós de ter um carro grande e mala espaçosa. —  disse, arrumando o carrinho de bebê.

Rebecca estava inclinada no porta-malas, a sua bunda não ficou longe dos olhos de Freen. Não empinada daquela forma. A morena percebeu que Rebecca tinha uma bunda bastante saliente, arredondada e empinadinha...

— Pode pegar. — Rebecca disse ainda inclinada no carro.

— Posso? — Freen perguntou com um tom de malícia, seu olhar continuavam na bunda de sua patroa.

— Sim, por favor! 

Freen não teve demora, esquecendo-se que estava na rua, colocou as mãos na bunda da Rebecca, sentindo todos os músculos rígidos. Uau. Deu umas apertadinhas, era tão gostosa de apertar!

— Está muito bom aí? — Rebecca perguntou com a voz sarcástica, a olhando sob ombro, os olhos estavam irônicos.

— Oh, você não imagina o quanto... — Freen respondeu com um sorriso débil, em transe.

— Que ótimo... Não queria estragar o seu momento, mas, você poderia pegar a mala que está ao seu lado?

— Ahn? Mala? — despertou da garfe. Freen gaguejou ao perceber a sua gafe. Em nenhum momento a Rebecca disse que era pra pegar em sua bunda, mas sim a pequena mala que estava no chão bem ao seu lado. — Você estava me mandando pegar a mala?

— Sim... —  respondeu com voz divertida. — Mas se quiser, pode continuar a apertar a minha bunda, estou adorando as suas palpações.

— Eu... Não! — Freen ficou vermelha e tirou rapidamente as mãos da bunda de Rebecca, queria um buraco pra se afundar! Pegou a mala e a entregou. — Eu vou esperar no carro!

Freen praticamente correu para dentro do carro. A frieza do ar condicionado lhe pegou desprevenida e o seu corpo tremeu no frio. Sua vontade era de bater a cabeça no retrovisor. Mas que besteira foi essa?

— Burra! Burra! Burra! — resmungou e deu umas tapinhas em sua testa. Infelizmente, não passou a vergonha que estava sentindo.

— Mama! — Florence balbuciou, depois esfregou o mordedor na gengiva e tentou coloca-lo todo na boca, mas pelo tamanho seria missão impossível.

Isso distraiu a Freen, que riu com a inocência da sua filha. Não demorou muito para Rebecca entrar no carro e colocar o cinto de segurança. O perfume invadiu o carro.

Freen percebeu que mesmo com toda a vergonha presente em seu ser, esse foi o primeiro momento que se sentia realmente bem e aliviada, por um período, não estaria sozinha com a sua filhinha, teria outra pessoa para compartilhar os momentos, mesmo que fosse de faz de conta.

A semana foi muito estressante, felizmente, fazia dois dias que tinha entregado o cheque para o agiota, e esse peso não precisava mais carregar.

Pensando bem, essa viagem veio a calhar, porque mesmo que fingisse de namorada de Rebecca, iria conhecer Recife. Estava somando apenas as coisas positivas.

— São quatro horas de viagem, dependendo do trânsito. — Rebecca informou, lhe lançando um sorriso. — Por que a sua testa está tão avermelhada?

— Por nada. — Freen trincou os dentes e puxou o cinto de segurança.

Rebecca deu de ombros, retirou os sapatos e ligou o carro.

Sim... Que começasse a aventura e que essa aventura não a corroesse. Foi o pedido silencioso de Freen

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........ 


Freen não resistiu ao bumbum da Armstrong kkkkk

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora