36 - capítulo

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Passou-se quase meia-hora e a Rebecca não tinha voltado. O que era muito estranho. Cansada de ficar esperando e também de estar no sol escaldante, Freen pegou as suas coisas e também a filha.

— Na! Na! — Florence dizia querendo descer dos braços dela.

— Não meu amor. Já ficamos demais nessa praia, temos que entrar. Depois voltamos. — explicou para a filha.

— Mama! Na! — Florence continuava a dizer.

Freen deu um beijo na testa de sua filha e sorriu. Andou apressada para fugir do sol quente. Subiu as escadas e rapidamente estava na área da piscina. Olhou ao redor e não encontrou a Rebecca. Mas encontrou a Irin que estava no mesmo lugar e parecia muito empolgada mexendo no celular.

— Irin? — Chamou.

— Oi? —  a olhou e franziu o cenho. — Você sabia que existe uma coisa chamada de protetor solar? Você está parecendo um camarão.

— Eu esqueci. Você sabe onde está a sua irmã?

— Não estava com você?

— É. Mas... Ela entrou para buscar água e não voltou mais. — Freen respirou fundo, a mão de Florence foi diretamente numa parte que estava queimando.

— Eu não sei. — Irin se levantou. — Eu não a vi passar... — ela olhou para dentro da casa, na direção da cozinha. As paredes de vidros revelavam o interior da mansão. Os seus olhos quase saltaram ao ver a cena.

— Que cara de chocada é essa? — Freen perguntou já se virando.

— Não! — Irin gritou e segurou na mão do ombro de Freen para impedi-la de virar.

— Ai! — Freen fez uma careta e deu um passo para trás. — Estou ardida!

— Desculpa. — Irin deu um sorriso amarelo. — Sabe o que é bom? Um banho de chuveirão! Por que não vai fazer isso? Você e sua filha.

— Acho que vou entrar. Florence está com fome e também cansada. —  sorriu. — Obrigada pela dica. 

Freen ia se virando quando a Irin tocou no seu ombro novamente.

— Ai!

— Você está queimada. Por que não me deixa levar a Florence?

— Oh. — Freen estava surpresa. — Claro.

No começo a menina não queria ir para os braços de Irin. Porém, foi convencida. Freen sentiu-se muito aliviada, o seu corpo estava parecendo brasa. Depois que tomasse banho, iria passar um pós-sol, porque não estava aguentando.

Irin balançava a Florence nos braços que estava fazendo uma carinha de choro. Foi indo em direção da casa, estava muito chateada! Como a Rebecca podia fazer aquilo? Depois de tudo que a Amanda fez, a idiota de sua irmã ainda se dava o trabalho de se relacionar com a jararaca. Sabia que o relacionamento de Freen e Rebecca era uma coisa falsa, mas mesmo assim se ressentia por Freen. Era uma boa mulher, e seria perfeita para sua irmã.

— Onde será que sua irmã se meteu? — Freen perguntou a seguindo.

— No inferno com a diaba mãe trocando fluídos. — Irin retrucou.

Freen não entendeu. Quase nunca entendia os sarcasmos de Irin.

— O quê?

— Nada. — Irin olhou para trás com um sorriso amarelo.

— Ah sim. — Freen respirou aliviada por adentrar na sombra da casa. — Eu vou na cozinha beber água.

Irin virou-se rapidamente, esquecendo-se de que estava com uma criança nos braços, mas a Florence riu, achando divertindo aquela velocidade.

— Não! —  gritou, ficando nervosa. — A cozinha não.

Freen apertou os olhos.

— Por que não? Estou com sede e é na cozinha que se tem água, por tanto...

— Porque eu vou levar para você no quarto! Faço questão.

— Por que você levaria para mim quando estou á poucos metros da cozinha? — Freen questionou.

— Porque eu quero o seu bem estar e ás vezes, é bom ser caridosa, sabe? Estou tentando entrar no céu, vai que cola. — Irin deu-lhe as costas, voltando a andar.

Ela estava estranha. Não a conhecia bem, mas definitivamente aquele comportamento não a pertencia. Ficou desconfiada, com a sensação de que estava sendo enganada. Olhou bem para as costas de Irin que seguia na frente quase em passos rápidos. Não fazia sentido. Ela não tinha cara e nem jeito de que fazia caridade para ninguém. E outra, porque ela não queria que fosse à cozinha? O seu sexto sentido aflorou-se.

— O que tem na cozinha que eu não posso ir nela? — Freen perguntou ao cruzar os braços e parou os passos.

Irin suspirou e parou. Virou-se para Freen e ficou um pouco intimidade com o olhar que recebeu.

— Na... Nada. — gaguejou por estar nervosa.

A resposta foi o suficiente para aumentar a desconfiança de Freen, que não esperou mais. Caminhou em passos firmes até a cozinha. Irin correu atrás, tinha que fazer alguma coisa para alertar a sua irmã.

— Freen! Espere. — gritou esperando que a Rebecca e a Amanda escutasse.

Rezou para que a tonta de sua irmã escutasse!

............. 


Será que a idiota da Rebecca escutara ou será pega? 

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora