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Fui até onde Lando me arrastou, ou seja, ao encontro de Oscar, tropeçando no caminho.

- Oscar! - eu gritei alegremente, tropeçando e caindo em seus braços. Ele grunhiu em resposta e me puxou para longe dele.

Ele olhou para mim sem expressão antes de apontar para meus pés.

- Tire os saltos. Você está tropeçando demais com eles. - ele ordenou, voltando sua atenção para a garota que dançava contra ele.

Eu odiava ser ignorada, então bati os pés e bati nele novamente com força.

- Piastri, estou entediada. - eu choraminguei, fazendo beicinho como uma criança.

O australiano parou de dançar com a garota e se virou para olhar para mim, com as mãos ainda nos quadris dela. Sua sobrancelha estava arqueada como se ele estivesse me questionando sobre o que eu estava fazendo e eu abri a boca para falar, mas fui interrompida por uma coisa loira e borrada. Eu apertei meus olhos para fazê-los focar mas sem sucesso e suspirei dramaticamente.

- Sim, vá passar algum tempo sozinho com sua garota! - Lando exclamou, passando o braço casualmente em volta do ombro de Oscar. Ele então olhou para mim e sorriu.

- Você vai passar a noite da sua vida, Beatrice. - Ele disse, piscando exageradamente no final.

Eu ri de suas palavras, franzindo o nariz em desgosto. Balancei a cabeça agressivamente e puxei o braço de Oscar.

- Eca, não, obrigado! - Eu choraminguei.

Os olhos do australiano brilharam com diversão e confusão com isso, mas ele deixou o britânico nos empurrar escada acima e entrar em seu quarto.

Fechei a porta rapidamente, tocando uma melodia familiar antes de me virar para Oscar, que estava sorrindo.

- Alguém está com pressa para entrar nas minhas calças. - ele brincou, andando até sentar no sofá.

Eu não conseguia ouvi-lo direito. Minha mente estava focada em outras coisas. Principalmente no tempo limitado que tive. Muitas vezes chorei até dormir por causa disso, mesmo agora eu podia sentir o acúmulo de lágrimas que ameaçavam derramar. No entanto, eu não poderia deixá-los.

Deus planejou esta vida para mim e chorar pelo leite derramado não me ajudaria em nada.

A única coisa de que me arrependo agora foi de não ter vivido adequadamente quando tive oportunidade. Eu tinha sido um defensor das regras, negando a chance de qualquer emoção ou oportunidade de aventura. E o que eu tinha para mostrar?

Eu queria romance, queria aventura, queria viajar pelo mundo, mas não conseguia dar nenhuma parte de mim. Eu me fechei para o mundo e, inadvertidamente, fechei o mundo de mim.

Eu tive que consertar isso para não deixar um balde cheio de arrependimentos e apenas um punhado de lembranças. Eu precisava mudar.

Balancei minha cabeça animadamente para clarear meus pensamentos e olhei para Oscar.

- Levante-se - eu disse severamente. O australiano olhou para mim confuso. Suas sobrancelhas franziram e uma carranca se formou em seu rosto. Ele parecia um cachorrinho adorável.

- Levante-se - repeti com um gemido. Oscar ainda parecia confuso, mas desta vez obedeceu ao meu comando. Ele se levantou lentamente, seus olhos nunca deixando os meus.

Fiz sinal para ele vir até mim com meu dedo indicador. Ele parecia confuso.
- Opa, eu?  - Ele questionou, olhando em volta para ver se eu estava falando com outra pessoa.

Revirei os olhos mentalmente, mas de alguma forma acabei vesga.

- Sim você. - Eu respondi cansada antes de tirar meu cabelo do rosto com um gemido.

- Ok? - Ele disse, ainda confuso. Ele caminhou em minha direção lentamente e parou a alguns centímetros de mim. - O que agora? - Ele questionou, com as sobrancelhas levantadas.

Aproximei-me lentamente dele e o fiz sentar na cama. Ele olhou para mim confuso.

- O que você está- - Eu o interrompi dando um beijo ardente em seu queixo, fazendo-o apertar. Não sei o que me fez ceder à vontade, mas sorri ao sentir. Sua pele era como eu imaginava. Firme, mas macio. Ele apenas ficou lá em silêncio e eu reclamei um pouco com sua falta de resposta. Deixei meu nariz subir até a curva de seu pescoço, para sentir o cheiro de pinho e colônia e senti outra vontade de morder suavemente. E, então, eu fiz.

Esse movimento deve tê-lo trazido de volta à realidade porque ele me puxou para longe dele e olhou nos meus olhos.

- Bea? - Ele questionou, sua voz mais profunda e sedutora do que antes.

Minha respiração engatou quando ouvi sua voz e tropecei mais perto para dar uma boa olhada em seu rosto.

- Oscar - eu disse no mesmo tom suave que tinha usado antes.

Ele me olhou de cima a baixo confuso antes de me cheirar. Foi então que a compreensão brilhou em seu rosto. Seus olhos se estreitaram e sua mandíbula apertou visivelmente mais.

- Você está bêbada - ele disse com uma voz monótona, sem demonstrar emoção.

Eu fiz beicinho.

- Não estou bêbada. Prefiro o termo excêntrico - eu disse de maneira preguiçosa, agitando os braços.

Sua expressão facial não mudou. Seu rosto permaneceu impassível.

- Nenhum deles muda o fato de que devemos parar com isso. - Ele disse, sua voz sombria.

Olhei para seus olhos castanhos enquanto eles avaliavam cada movimento meu. Sua camisa estava ligeiramente desabotoada na parte superior, mostrando seu peito e seu cabelo caindo sobre seus olhos.

Mesmo que ele estivesse sem emoção comigo, eu ainda não conseguia parar de pensar sobre a necessidade de viver a vida em sua plenitude e para riscar as coisas da minha lista.

E foi por isso que fiz o que fiz.

Levantei minha mão até seu rosto e tirei o cabelo de seus olhos. Ele observou cada momento meu. Aproximei meu rosto do dele e nossas respirações se misturaram.

- Devíamos parar, mas eu não quero. - sussurrei e, com isso, diminuí a distância entre nós.

Oscar ficou tenso no início, mas depois retribuiu o beijo. Duro. Esta foi a maior paixão e luxúria que vi vindo do australiano e gostei. Gostei mais do que gostaria de admitir. Ele beijou febrilmente de volta, suas mãos me agarrando e eu engasguei quando senti suas mãos frias em minhas costas quentes. Foi tão estimulante. Tão fascinante. Num minuto ele estava me abraçando com força e de repente ele desapareceu.

Sentei-me e o vi deitado na cama ao meu lado cobrindo o rosto com as mãos.

- Foda-se. - Ele murmurou para si mesmo.

Ele sentou-se com a cabeça ainda entre as mãos. Eu me aproximei dele.

- O que aconteceu? - Eu questionei. Levantei a mão para tocá-lo, mas, antes que pudesse, sua mão estendeu-se e Oscar agarra meu pulso.

- Não me toque - Ele sibilou, empurrando minha mão para longe dele. Ele cerrou os olhos e apertou a mandíbula. - Não sei se conseguiria me controlar. Por isso melhor para por hoje linda.

Meu coração batia tão rápido que pensei que ele poderia ouvir.

- Mas, Oscar? - Eu disse, humildemente, sem saber exatamente o que ele queria dizer.

- Você está bêbada e não quero me aproveitar de você nesse estado. - Ele grunhiu em resposta, mostrando-me que estava ouvindo.

Respirei fundo e juntei todos os meus
coragem de perguntar a ele.

- Você sente algo amais por mim?

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Gente eu criei outra história com Arthur Leclerc, por favor leiam!! Acho que vocês vão gostar 🤭🤭 Compartilhem minhas histórias por favor!! Obrigada e boa leitura para vocês!!

Simples favor l Oscar PiastriOnde histórias criam vida. Descubra agora