Simples favor l Oscar Piastri

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Já estava quase na hora. Faltava um minuto no relógio para bater 3 horas - o fim da maldita reunião. Reunindo todos os meus papéis, coloquei-os descuidadamente na minha pasta. Finalmente, o fim de semana chegou.

Todos os presentes na reunião se levantaram e eu permaneci sentada. Quando tudo ficou claro, levantei-me, acenei cansada para Zak Brown e caminhei para fora da sala e pelos corredores.

Era sexta-feira, último dia de reuniões até segunda-feira e, sinceramente, não houve ocasião mais alegre. A sede da McLaren era um pesadelo cheio de terror, especialmente quando Zak estava mal disposto.

Suspirei pesadamente e abri meu armário. Jogando meus livros e papéis dentro, me virei para me olhar no pequeno espelho preso na parede da porta do armário, estudando meu reflexo. Meu cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo, dando uma visão perfeita do meu rosto. Dois olhos verdes olharam para mim e eu suspirei pesadamente com a flagrante falta de esforço que eu tinha dado à minha aparência quando me arrumava de manhã.

- Você pode continuar procurando, mas isso não mudará sua aparência. - Uma voz zombou provocativamente atrás de mim. Girei nos calcanhares para ficar cara a cara com Francesca Martini - uma italiana que não gostou de mim desde que pus meus pés na McLaren. Eu me sentia intimidada na McLaren. Tinha acabado meu curso há pouco tempo e já estava numa grande empresa. Me sentia nervosa o tempo todo e Francesca não ajudava. Eu a odiava, mas não podia negar o fato de que, por mais falsa que Francesca parecesse, ela era como eu aspirava ser. Ela era linda. Seu cabelo loiro caía suavemente pelas costas, delineando seu queixo fino. Ela usava blusa floral e saia na altura da canela, mostrando as pernas finas, todo o look terminando com sapatilhas. Seu rosto era esbelto e um bronzeado natural coloria seu rosto. Ela exalava a impressão de uma deusa mediterrânea.

- O que você está olhando? - Francesca retrucou, mas ela estava sorrindo levemente. Sim, era evidente em seus olhos que ela sabia que eu a invejava. Ela gostou do fato de que eu faria qualquer coisa para se parecer com ela.
No entanto, agindo como um meio para ela mostrar sua beleza para uma “alma patética” como eu todos os dias, apenas aumentando a inveja que eu sentia.

Francesca riu levemente para si mesma. - Você é tão patética. - Ela guinchou, olhando para as unhas.

Lágrimas ameaçaram arder em meus olhos com o comentário e olhei em volta. Alguns engenheiros que ali passavam só olhavam e continuavam seu caminho, óbvio que a maioria passou e ignorou minha situação, mas alguns poucos olharam com simpatia. No entanto, nenhum deles me defendeu. Isso sempre aconteceu. Ninguém veio sob minha proteção. Ninguém seria meu salvador. Mas eu não choraria.

Não. Eu tinha mantido uma promessa a mim mesma de que nunca iria satisfazer ninguém, deixando que me vissem fraca ou vulnerável às suas provocações. Eu nunca iria desmoronar.
Francesca fez uma careta para mim. Ela sempre fazia isso quando eu não produzia nenhuma reação. Nunca entendi o porquê de Francesca implicar comigo, eu era apenas uma rapariga que não atrapalhava ninguém e ele gostava de se pôr no meu caminho fazendo piadas sobre mim, num local de trabalho! Não estamos sequer na universidade. Enfim. Suspiro. De repente, ela estendeu a mão, arrancando os livros restantes da minha mão. Ela sorriu, satisfeita por ter deixado sua marca e foi embora, seus sapatos fazendo barulho enquanto ela saía.

O entretenimento havia acabado, mas eu fiquei grata por finalmente Francesca ter ido embora. Pegando meus papéis e livros, olhei para ver onde estava a vir uma barulheira gigante. Ando um pouco e vejo Oscar Piastri num corredor rindo muito com Francesca.

Lá ia ela, andando pelo corredor com Oscar Piastri, o “menino de ouro” da McLaren. Olhei para eles e suspirei, ainda que sou só uma alma de trabalho na McLaren. Espero que isso não mude pois pelo o que vi um dos pilotos precisa de uma engenheira mecânica (eu sou uma engenheira mas estou apenas na parte da construção do carro, não na manutenção). Caramba, Francesca deve querer esse lugar como tudo.