Simples favor l Oscar Piastri

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Eu acordei com uma sensação de triunfo em mim. Foi uma maneira estranha de começar o dia para mim e tenho certeza que minha mãe percebeu isso pela forma como seus olhos fizeram buracos na minha cabeça quando desci.

Eu me orgulhava de ser uma pessoa planejada, segura e meticulosa, então por que os acontecimentos repentinos e aleatórios de ontem me deixaram com uma sensação de triunfo?

Pode ter sido o fato de eu ter acionado uma chave de câmbio não planejada e incomum, mas o carro estava funcionando tão bem como sempre. Ou talvez o fato de ter conversado com alguém no que pareceu um século, então não me senti tanto um pária social. Muito provavelmente, foi o facto de eu não ter sido o único a enfrentar dificuldades e fiquei, embora triste, feliz por descobrir que até os pilotos de fórmula 1 também tinham problemas.

Eu tinha me despedido da minha mãe depois de chegar a essa conclusão antes de ir até a porta.

Decidi tomar um pouco de ar fresco e tomar café da manhã em um café.

Decisão errada.

A parte externa do café que escolhi tinha uma sensação caseira e observei com admiração e também com cansaço, provavelmente a partir da caminhada de 8 minutos para chegar até aqui.

Quando entrei, o cheiro de pão recém-assado atingiu meu nariz, fazendo-me salivar. Eu estava faminta. Pulei até um assento e examinei o cardápio. Escolhendo o que queria, informei meu pedido ao garçom.

Bati meus dedos na mesa para me ocupar enquanto olhava ao redor do pequeno e fofo café. Meus olhos pararam imediatamente na única coisa que arruinou meu humor aparentemente agradável.

Na minha frente, Oscar estava sentado, mas não foi isso que me fez ficar confuso.

Uma ruiva estava sentada em seu colo, de frente para a mesa enquanto eles examinavam o cardápio. A mão dela voltou a brincar com o cabelo dele e as mãos dele foram colocadas em volta da cintura dela.

Uma sombra repentina me distraiu da cena. Um garçom colocou minha comida na mesa diante de mim com um sorriso e eu forcei um sorriso tenso em resposta para fazê-lo sair. O garçom acabou se afastando, me deixando olhando para o australiano e a familiar ruiva em seus braços. Eu a reconheci de alguma revista de moda, provalvelmente é uma modelo.

Fiquei confus com suas ações, mas principalmente com raiva. Sua história de ontem me comoveu e fiquei emocionada, sentindo simpatia por sua situação. Mas, sua situação definitivamente não era algo com que eu deveria estar preocupada. Ele não parecia perturbado nem pensava no enorme acordo que havíamos feito ontem. Ele queria que eu o ajudasse. Mas, como poderia, se ele não parecia querer ajudar a si mesmo?

A contragosto, desviei meus olhos daquela visão para que ninguém me pegasse olhando. Eu não precisava desse problema na minha cabeça também. Em vez disso, concentrei-me na comida e comi de mau humor, com os olhos vidrados enquanto me perdia em pensamentos.

Ontem ele parecia um homem necessitado de ajuda, um homem quebrado que eu respeitava. Ele desejou o melhor para sua mãe e, ao querer isso, se uniu a mim. Claro, seus métodos para agradá-la eram questionáveis, mas as intenções eram claras, ele a queria feliz.

No entanto, ele estava longe dessa imagem agora e eu me virei ligeiramente e vi enquanto ela ria enquanto ele falava.

Ele tinha me enganado.

Eu tinha ouvido histórias de meninos em livros que contavam mentiras para atrair as mulheres e ri da ingenuidade das mulheres. Eu achei tão ridículo que as garotas acreditassem nelas, mas prestei atenção às suas palavras estranhas sem nem um pingo de dúvida.