Simples favor l Oscar Piastri

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Oscar Piastri

3ª. pessoa — Antes de Bea ligar a Oscar

- Você está fazendo isso de novo. —
Oscar olhou para cima e viu seu oponente olhando para ele sem expressão por cima de suas cartas. Seu oponente tinha colocado um Rei de Copas, vencendo o jogo pela quarta vez consecutiva, mas ele não se importava. Havia assuntos mais urgentes em sua mente.

- Fazendo o quê de novo? — o australiano perguntou, suas sobrancelhas franzidas em confusão. Ele colocou suas cartas na mesa antes de se levantar.

Seu oponente fez o mesmo e caminhou em direção às janelas antes de suspirar profundamente.

- Eu sei que você está pensando nela, Oscar.

Bortoletto disse sem rodeios, um olhar de indiferença invocando sua expressão, mas suas palavras estavam encharcadas de tristeza. Ele também estava chateado com a provação.

Piastri foi em direção à geladeira, escolhendo não fazer contato visual. Ele sabia que suas expressões diriam demais.

- Ela? Você precisa ser mais específico, Gabriel. Eu conheço muitas garotas. — Ele disse com uma risada antes de tirar uma garrafa de suco da geladeira e levá-la aos lábios. Ele sabia muito bem que o brasileiro estava olhando para ele enquanto bebia, mas ele ignorou.

Depois de um longo e doloroso período, Bortoletto desviou seu olhar aquecido de Oscar e o voltou para a janela.

- Oscar, não se faça de bobo comigo. Esse é o trabalho de Lando. — Ele disse brincando, mas havia um aviso em suas palavras.

Piastri suspirou com isso. Ele e Gabriel se conheciam há mais de 2 anos. Eles conseguiam decifrar os sentimentos e pensamentos um do outro num piscar de olhos. Ele se considerava estúpido por sequer pensar que Gabi não saberia como ele estava se sentindo, mas tinha a mínima esperança de que o brasileiro não tocasse no assunto com medo de que isso o aborrecesse.

Mas quando Gabriel foi do tipo que levava em consideração os sentimentos dos outros?

O australiano sentou-se novamente, virando-se para Bortoletto que ainda estava olhando pela janela da MTC.

- Sim, ainda estou pensando nela. É isso que você queria ouvir? — Piastri falou em um tom amargo e cheio. Ele estava cansado de seus pensamentos serem consumidos por ela. Ele só queria deixá-la ir.

Ele tinha que fazer isso.

O brasileiro balançou a cabeça lentamente antes de fixar seus olhos em Oscar.

- Só quero saber se você está bem. — Ele perguntou, a preocupação evidente em seus olhos.

Ele estava profundamente preocupado com Piastri. Isso, qualquer um podia perceber, mas ele sabia que Oscar só conseguiria se recuperar da tristeza sozinho. Ele daria todo o apoio e conforto que pudesse reunir, mas somente Oscar poderia parar os pensamentos sobre ela, somente ele poderia se fazer feliz novamente.

O australiano assentiu sem entusiasmo.

- Sim, estou bem. — Ele disse em uma voz que soava tudo menos isso. Um pequeno sorriso enfeitou seu rosto, mas Gabriel sabia que era forçado, assim como suas palavras.

O brasileiro sentou-se ao lado de Oscar antes de tocar seu braço.

- Você sabe que estou aqui por você, certo? — Ele disse em um tom reconfortante.

Piastri zombou disso, movendo a mão.

- É, tenho certeza que sim. — Ele murmurou sarcasticamente. Bortoletto levantou uma sobrancelha com isso. Ele podia dizer que Oscar estava bravo e a parte mais estranha era que a raiva era direcionada a ele.