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Brinquei com o guardanapo no colo, batendo os dedos nervosamente na mesa. Eu estava saindo com Patricio para jantar agora em um restaurante francês muito chique e dizer que estava nervosa era um eufemismo. O mexicano colocou a mão sobre a minha, impedindo-me de bater. E eu nunca tinha ido a um restaurante tão chique na minha vida.

- Você está bem? - Ele perguntou, com as sobrancelhas franzidas em preocupação e eu sorri em resposta ao quão carinhoso ele era. Isso me fez sentir um pouco menos nervosa e sorri com o gesto.

- Estou bem, Patri. - Eu o tranquilizei, apertando sua mão. Ele sorriu amplamente, apertando minha mão antes de sentar e recostar-se, passando a mão por seu cabelo castanho.

- Bom. Agora me mostre esses lindos dentes brancos perolados. - Patricio brincou, demonstrando um sorriso e eu ri de suas palavras.

Eu ri, abrindo amplamente a boca.

- Vá em frente, mas tenho um histórico de morder todos os dentistas.- Eu avisei brincando.

Patricio riu em resposta, resmungando no final.

- Bem, alguém era uma garotinha agressiva. - Ele brincou, balançando as sobrancelhas provocativamente. Revirei os olhos antes de cutucá-lo com um chute rápido nas pernas. Seu sorriso se alargou com isso, me fazendo franzir ainda mais a testa.

- Eu não fui agressiva. Só não gosto de dentistas. - Eu bufei, cruzando os braços de uma maneira infantil. O mexicano sorriu, divertido com meu comportamento infantil.

- Bem, é bom que minha futura ocupação não envolva nada sobre odontologia, certo? - Ele disse.

- Por que? - Eu questionei, sem saber o que ele queria dizer. Ele sorriu provocativamente, um brilho em seus olhos castanhos.

- Porque eu odiaria que você não gostasse de mim.

Fiquei boquiaberta com sua resposta sincera, mas me recompus rapidamente. Mesmo assim, eu ainda estava nervosa, pois tudo ainda era novo para mim. Eu não tinha exatamente experiência nesta área. Suas palavras enviaram uma onda de sangue ao meu rosto e eu mordi o lábio enquanto o nervosismo aumentava.

- Bea? - o mexicano questionou, tirando-me dos meus pensamentos e me trazendo de volta à terra. Quando eu estava prestes a responder, um garçom veio até nossa mesa.

- Boa noite. - Ele cumprimentou com um leve sotaque e um sorriso enquanto pegava seu bloco de notas, olhando-nos com expectativa. Ele apontou para o cardápio. - Vê alguma coisa que você gosta? - Ele questionou, encarando Patrício.

Patricio olhou para o cardápio, folheando-o minuciosamente.

- Com certeza, posso ter Ratatouille? - o mexicano finalizou, entregando o cardápio ao garçom. Eu fiz uma careta, levemente ao pedido, mas fiz questão de esconder minha expressão. Não seria bom ferir seus sentimentos, ele tinha meu melhor interesse quando fez o pedido.

O garçom assentiu, olhando brevemente para mim enquanto batia a caneta no bloco de notas.

- E você? - Ele perguntou de maneira profissional e Patricio mordeu o lábio pensativo por um momento antes de olhar para mim.

- O mesmo. - eu sorri e entreguei o cardápio ao garçom.

- Isso seria tudo? - O garçom questionou, anotando nosso pedido em um pequeno bloco de notas preto.

- Sim, isso é tudo. - Patricio respondeu, virando-se para mim e sorrindo. Observei o garçom acenar com a cabeça em nossa direção antes de seguir em direção á área da cozinha. Virei-me para Patricio com um sorriso.

- Obrigado por me levar para sair, Patri. Isso significa muito. - Eu disse, apertando sua mão com mais força e quis dizer cada palavra. Eu realmente precisava ficar longe de tudo às vezes.

Simples favor l Oscar PiastriOnde histórias criam vida. Descubra agora