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Puxei o pescoço do mexicano, diminuindo a distância entre nós e nossos lábios se encontraram docemente.

Eu não me apaixonaria por um piloto de f1. Nunca.

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Foi o que senti, pensando no dia que viria. Depois de um fim de semana dolorosamente curto, chegou a hora de voltar para o trabalho e a ideia de ver Patri e Piastri criou um poço de ansiedade ardente no meu estômago.

Depois de beijar Patricio, eu tinha fugido e me deitado no conforto das minhas cobertas por várias horas. Não sei por que, mas não conseguia encará-lo novamente. Simplesmente não conseguia.

Como eu explicaria a Oscar e Patricio por que eu tinha fugido? Além disso, como eu evitaria o constrangimento de falar com ambos, dado o que tinha acontecido entre nós em nossos últimos encontros?

Entrei na sede e coloquei meus arquivos no meu armário enquanto acenava e sorria para alguns engenheiros que passavam. Desde que se espalhou a notícia de que eu estava namorando Piastri, outros engenheiros começaram a sorrir para mim. (Sem falar do paparazzi). Caramba, alguns até saíram do seu próprio jeito "virtuoso" de dizer "bom dia", o que era estranho. Balancei a cabeça, fechando meu armário.

- Ei, Bea!

Eu me virei para ficar cara a cara com Lando, Bortoletto estava não muito atrás dele, seus olhos treinados em seu telefone. Eu sorri sem entusiasmo para ambos.

- Ei, Lando! - Eu o cumprimentei, dando-lhe um pequeno aceno. Dei-lhe meu melhor sorriso entusiasmado, mas pude sentir o quão fraco e forçado ele era.

Em vez de notar algo errado, o sorriso de Lando se alargou.

- Acho que alguém está de muito bom humor! - ele disse, batendo levemente no meu nariz com o dedo indicador. Eu assenti, novamente sem entusiasmo, esperando que Norris não notasse pela segunda vez.

O brasileiro olhou para mim com olhos curiosos.

- Você está bem? - Ele questionou, com uma sobrancelha levantada. Ele colocou o telefone no bolso de trás e veio em minha direção. Mordi meu lábio nervosamente. Lando era uma coisa, uma coisa muito idiota, mas Bortoletto parecia afiado e, por mais inexpressivo que fosse, eu poderia dizer que ele provavelmente era muito exato quando se tratava de adivinhar o que uma pessoa estava sentindo.

Eu balancei a cabeça com entusiasmo, sorrindo o máximo que pude.

- Claro que estou bem! - Eu forcei a sair com toda a felicidade que consegui reunir. Com isso, sua sobrancelha erguida levantou ainda mais, a ponto de eu ter medo que ela voasse de seu rosto.

- Sério? - Ele questionou, mas seu tom
contou como se ele já soubesse a resposta. Caramba, acho que todo mundo no mundo, exceto Lando, sabia a resposta.

Suspirei pesadamente, esfregando a testa com os dedos indicadores.

- Como você sabia que eu estava de mau humor? - Eu cedi, massageando minha testa numa tentativa débil de aliviar a forte dor de cabeça que eu estava sentindo.

Ele sorriu levemente, seus lindos olhos castanhos brilhando. Ele levantou uma grande mão e colocou-a na minha testa. O frescor aliviou um pouco a dor na minha cabeça e eu suspirei aliviada.

- Porque Norris previu o contrário. - Ele disse e, com a mão que não estava na minha testa, ele se levantou, dando um tapa forte na cabeça do britânico.

Ele gritou alto de dor antes de esfregar a cabeça vigorosamente, fazendo beicinho.

- Ei! Às vezes eu posso estar certo, sabia?! - Ele retrucou defensivamente.

Simples favor l Oscar PiastriOnde histórias criam vida. Descubra agora