23° Capítulo

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Tá doendo muito ver a Maria Júlia desse jeito, tá doendo mais ainda por saber, que possivelmente posso ter porcentagem de culpa nisso

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Tá doendo muito ver a Maria Júlia desse jeito, tá doendo mais ainda por saber, que possivelmente posso ter porcentagem de culpa nisso.

Não sei o que aconteceu com ela, muito menos o que ocasionou essa crise nesse momento nela, mas sei que eu ter reagido daquela forma, após uma semana incrível juntos, mexeu um pouco com ela.

- Você quer entrar? - pergunto em um tom baixo e calmo, enquanto faço um leve carinho no rosto dela. - Lá dentro tá mais quentinho.

- Quero. - ela sussurra e mantém seu olhar no meu. - Desculpa te incomodar, eu não queria que você me visse dessa forma. - seus olhos se enchem de lágrimas, enquanto ela desvia o olhar.

- Ei. - levanto seu rosto delicadamente. - Você não tá me incomodando, amor. - dou um sorriso fraco. - Queria poder tirar toda sua dor, e colocar dentro de mim agora. - beijo sua bochecha levemente.

Ela me mostra um pequeno sorriso, e eu me levando. Estico as minhas duas mãos para ela, que segura firme, e se levanta também.

Com nossas mãos entrelaçadas, caminhamos juntos para o quarto, onde é mais confortável e tá menos frio.

- Você quer conversar sobre isso, amor, ou só ficar quietinha? - me sento ao lado dela.

- Ficar quietinha. - sussurra. - Fica comigo?

- Fico. Você quer comer alguma coisa? - aliso o cabelo dela, enquanto mantenho meu olhar no dela.

- Não. Só ficar aqui mesmo. - me puxa para um abraço forte.

- Tá bom. - dou um sorriso fraco, e a aperto em meu abraço. Ficando com ela em silêncio, por uns longos minutos. - Tá com fome? - pergunto após ela me soltar.

- Não. - sussurra.

- Então vamos dormir? - sorrio e vejo ela assenti algumas vezes, enquanto se ajeita na cama, e se deita. - Vou ficar com você, tá? Eu não vou sair. - me deito ao lado dela, e a puxo para meu peito.

- Aham. - quase não dá pra ouvir de tão baixinho que ela fala.

Ela se aconchega em meu peito, e fica brincando com as tatuagens da minha barriga, em silêncio, enquanto eu faço carinho em seus cabelos. Depois de uns vinte minutos, ela pega no sono.

- Odeio de te ver assim, Majulinha. Eu amo tanto o seu sorriso. - sussurro enquanto continuo com o cafuné.

Na minha cabeça passa repetitivas vezes como tudo aconteceu. O jeito que eu a vi, o desespero que senti, o olhar desesperado dela, suas mãos geladas, tudo.

Eu tive tanto medo de não conseguir ajudar ela, de não chegar a tempo de ajudar. Que bom que eu consegui.

Me lembro que no desespero, deixei a porta da casa aberta, e decido ir fechar, pra não deixar a noite toda aberta e correr o risco de alguém entrar.

Fofoca - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora