Laços de Afeto

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Narração: Felipe T.

Depois de um banho quente, me deitei na cama, exausto após tudo o que aconteceu. Coloquei as mãos atrás da cabeça e fechei os olhos, aliviado por tudo ter terminado, pelo menos até a madrugada.

Enquanto refletia, algo me veio à mente e tirou meu fôlego rapidamente. Lembrei-me de quando estávamos eu e Pabllo no estacionamento, dentro do carro. A cena dela sentando no meu colo, suada e com aqueles gemidos ofegantes e prazerosos, não saía da minha cabeça.

Sem perceber, sorri com essas lembranças. Pensei no momento em que a ajudei com a maquiagem no elevador, aquele rosto fascinante em minhas mãos... E quando segurei a mão dela em meio ao caos na sala da empresa. Enquanto todos falavam, ela me olhava com aquele brilho nos olhos.

- Argh!

Resmunguei, sentando na cama com as mãos nos joelhos. Não acredito que estou pensando nela de novo. Preciso sossegar...

Mordendo um dedo, pensativo, peguei meu celular ao lado. Abri o WhatsApp e procurei pelo contato dela, "Pabllo".

Cliquei na conversa e digitei apressado, "Tá aí?". Olhei para outro canto do quarto, ponderando se enviar era uma boa ideia, e balancei a cabeça negativamente, apagando a mensagem e reescrevendo: "Conseguiu dormir?"

Hesitei em enviar. "E se ela entender errado?", pensei. Respirei fundo, apaguei a mensagem, saí da conversa e fechei o aplicativo.

- Deixa pra lá.

Narrado por Pabllo V.

Cheguei no quarto do hotel com meus pais, com uma dor de cabeça que doía até os olhos. Me joguei na cama e fechei os olhos, apertando as sobrancelhas.

Meu pai Yan foi ao banheiro buscar comprimidos para a dor, enquanto o pai Léo desamarrava meus saltos. Ele me entregou uma garrafa d'água da cabeceira.

- Tó. - Disse, erguendo o braço.

Peguei a garrafa, mal conseguindo abrir os olhos completamente, e esperei Yan, que voltou com um comprimido. Engoli o remédio e bebi quase toda a água, respirando fundo depois.

- Daqui uns 5 minutinhos o efeito começa. - Yan afirmou, sentando ao meu lado, com um sorriso. Assenti levemente.

- Mas enquanto não passa, vamos ficar aqui com você. - Léo disse, sorrindo também.

- Não, tá tudo bem gente. - Avisei, cansada.

- Não tá bem nada. Não vamos te deixar sozinha. - Léo insistiu.

- Agradeço, mas vocês também precisam descansar. - Me sentei, a dor de cabeça passando. - Tô me sentindo melhor.

- Tem certeza? Não está dizendo isso só pra irmos embora, né? - Yan perguntou, desconfiado.

- Claro que não, é sério. Vou tomar um banho e dormir.

- Quer mesmo ficar sozinha? - Yan insistiu. - Podíamos assistir "Prazer, sou Pabllo Vittar", o que acha?

- Pai, já vimos umas 100 vezes só este ano. - Sorrio de canto, sincera.

- Ah, qual é? Você adorava. - Léo disse.

- Ainda adoro, mas hoje... - Suspiro, pensativa. - Hoje quero ficar sozinha...

Leocádio se agachou na minha frente, com um olhar compreensivo.

- A gente entende, amor. Só promete que vai ficar bem, tá?

- E que vai ligar, assim que precisar. - Yan completou, preocupado.

Solto em Você - Pabllo Vittar e Felipe Titto (fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora