Eu estava no aeroporto, o coração batendo forte, as mãos suando. O nervosismo tomava conta de mim com essa mudança que estava prestes a acontecer.
"Bom, antes de tudo, deixa eu me apresentar," pensei, tentando me acalmar.
Meu nome é S/N Lessa, tenho 17 anos e a vida não tem sido fácil. Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu era pequena, e desde então, meu irmão, Gabriel, foi quem me criou. Ele é um homem incrível — carinhoso, embora bravo às vezes, mas sempre atencioso. As pessoas próximas a ele o chamam de Bak. Quando eu tinha 10 anos, fui mandada para uma escola na Coreia do Sul. Foi uma experiência legal, mas agora estou de volta a São Paulo, onde tudo começou.
Caminhei para a saída do aeroporto, e meu coração acelerou quando vi Gabriel segurando uma placa toda colorida com as palavras “Bem-vinda de volta”. Não consegui me segurar; corri até ele e o abracei com toda a força que tinha.
“Pequena, que saudade!” ele disse, soltando-se do abraço, mas com um sorriso enorme no rosto.
“Também senti sua falta,” respondi, tentando conter a emoção.
“E a viagem? Como foi?” Ele perguntou, com aquele tom curioso e preocupado que sempre tinha.
“Foi ótima, tirando a comida horrível,” brinquei, rindo para disfarçar o nervosismo.
Gabriel riu também. “Imagino, pequena. Vamos comer algo decente então.” Ele pegou minhas malas com facilidade e me conduziu até o carro.
O caminho até o restaurante foi tranquilo, e, logo, chegamos a um lugar bem chique. Gabriel me olhou com aquele sorriso cúmplice de sempre.
“O que vai querer, pequena?” ele perguntou.
“Uma pizza!” respondi sem hesitar.
“Pizza de almoço?” Gabriel arqueou a sobrancelha, surpreso.
“Sim!” Fiz a melhor carinha fofa que conseguia.
Ele suspirou, rendendo-se. “Ok, ok.”
Enquanto esperávamos, um garçom moreno, alto e aparentemente da minha idade, veio nos atender. Ele tinha um sorriso que... bom, era lindo.
“Em que posso ajudar?” o garoto perguntou, ainda sorrindo.
“Uma pizza de queijo tamanho família e duas Cocas de um litro,” Gabriel respondeu rápido, mas não deixou de notar a troca de olhares entre mim e o garçom.
“Sim, senhor,” respondeu o garoto, lançando um último olhar para mim antes de sair.
Gabriel riu baixinho e me olhou de canto. “Eu tô vendo, viu?”
“O quê?” perguntei, tentando parecer inocente.
“Essa encarada toda. Não acha que tá muito nova pra isso?”
Revirei os olhos, já esperando esse tipo de comentário. “Eu tenho 17 anos, Bak.”
“É nova demais. Você me prometeu que só ia namorar depois dos 30, lembra?”
Suspirei. “Eu tinha 4 anos quando disse isso, Bak.”
“Independente, irmã,” ele respondeu, ainda com aquele tom protetor.
Mudei de assunto. “E você, como tá o namoro?”
Gabriel deu de ombros. “Eu e a Larissa terminamos.”
“Sinto muito,” disse, sinceramente.
“Ah, relaxa. Foi faz tempo já. Passei o fim de ano com outra loirinha.” Ele deu uma risadinha travessa.
“Entendo,” respondi, sem muita certeza de como reagir.
Logo o garçom voltou com a pizza e as Cocas. “Aqui estão seus pedidos.”
“Mais alguma coisa?” ele perguntou, olhando diretamente para mim.
Antes que eu pudesse responder, Gabriel entrou na brincadeira. “Vai querer mais alguma coisa, maninha?”
Sorri, um pouco envergonhada. “Não, obrigada.”
O garçom assentiu e saiu, mas não sem antes lançar mais um sorriso na minha direção.
Assim que ele se afastou, Gabriel cutucou: “Por que não pegou o número dele?”
Fiquei vermelha. “Não era você que tava dizendo que eu era nova demais?”
Ele riu, balançando a cabeça. “Não vou proibir, mana. Vai lá, se joga.”
“De jeito nenhum. Vergonha.” Eu ri, mas ainda me sentia meio perdida naquela situação.
Depois de um tempo, comemos em paz. A pizza estava uma delícia, e a sensação de estar de volta ao lado do meu irmão tornava tudo mais gostoso.
Gabriel pagou a conta e fomos para casa. Ao chegar, me surpreendi com o tamanho do meu quarto. Guardei minhas coisas, tomei um banho longo e, finalmente, deixei o cansaço me levar ao sono, imaginando o que o futuro me reservava naquela nova fase da vida.
continua
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Stalker-Loud Thurzin
Fanfiction"não traía seu boy killer" "S/N Lessa, uma jovem que sempre viveu à sombra de seu irmão, um dos maiores CEOs de São Paulo, nunca imaginou o quão drasticamente sua vida mudaria. Depois de anos estudando na Coreia do Sul, ela retorna ao Brasil aos 17...