capitulo 20

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S/N chegou em casa, o rosto ainda marcado pela sombra da preocupação que a acompanhou o dia todo. O céu estava um pouco nublado, e o clima parecia refletir seu estado emocional. Bak estava sentado na sala, onde o cheiro de café fresco ainda pairava no ar, uma tentativa dele de criar um ambiente confortável para ela após um dia desgastante.

“Oi, pequena,” Bak a cumprimentou com um sorriso cansado. “Como foi a escola hoje?”

S/N se sentou no sofá ao lado dele, tentando relaxar. “Foi legal,” respondeu, tentando esconder a ansiedade que sentia. “Nada de mais. Apenas uma rotina normal.”

Bak olhou para ela com uma expressão que misturava preocupação e alívio. “Bom, isso é bom. Achei que você poderia estar mais cansada depois de ontem. Está tudo bem?”

“Sim, tudo bem,” ela disse, forçando um sorriso. “Só estou um pouco cansada, mas acho que é normal.”

O celular dela vibrou, interrompendo a conversa. S/N pegou o aparelho e viu uma nova mensagem. Era dele, o Stalker. O coração dela deu um salto.

“A escola foi bem?” a mensagem perguntava. “Como está indo o seu dia?”

S/N hesitou por um momento. Olhou para Bak, que estava agora folheando um livro de trabalho, alheio à sua angústia. Decidiu responder de forma neutra, como havia feito antes, para não levantar suspeitas.

“Foi legal,” digitou de volta. “Nada de especial.”

Enquanto enviava a mensagem, seu coração estava na garganta. A cada notificação, o medo se intensificava, mas ela tentava manter a compostura. A rotina parecia ser um refúgio, um simulacro de normalidade que lhe dava algum controle.

Bak levantou os olhos do livro e olhou para S/N com um olhar atento. “Você parece um pouco distraída. Está tudo certo?”

Ela assentiu rapidamente. “Sim, só... pensando em algumas coisas.”

Bak se levantou e foi até a cozinha para preparar um lanche. S/N aproveitou a oportunidade para checar o celular novamente. A resposta do Stalker já havia chegado:

“Que bom que tudo está indo bem. Eu sempre estarei aqui para saber como você está. Lembre-se, você não está sozinha.”

S/N sentiu um frio na espinha ao ler aquelas palavras. O sentimento de ser observada a todo momento nunca a abandonava completamente. Tentou se concentrar nas coisas boas, nas pequenas distrações que Bak oferecia, e na tentativa de viver uma vida normal, mesmo sabendo que a normalidade era apenas uma fachada.

Bak voltou da cozinha com um prato de frutas e um pouco de chá. “Espero que isso ajude a relaxar,” disse, colocando o prato na mesa da sala.

“Obrigada, Bak,” respondeu S/N, aceitando o lanche. “Você é sempre tão atencioso.”

Enquanto conversavam sobre assuntos triviais, tentando desviar a mente dos pensamentos perturbadores, S/N fazia o possível para se sentir segura. Mas por trás de cada sorriso e palavra, a sombra do Stalker estava sempre presente, uma lembrança constante de que, mesmo em seus momentos mais normais, ela não estava realmente livre.

O resto da tarde passou lentamente, e a tentativa de normalidade foi interrompida apenas por mais mensagens de um remetente desconhecido, que nunca cessava de lembrar a S/N que estava sempre ali, sempre observando. E assim, o ciclo se repetia, um jogo de gato e rato, onde ela era a presa e o Stalker, o predador, se movia nas sombras, apenas esperando o momento certo para dar o próximo passo.

.....

Após o lanche, S/N tentou se distrair com uma série de tarefas simples. Arrumou a sala, organizou alguns livros e tentou se envolver em uma leitura leve. Mas, a cada poucos minutos, o celular dela vibrava com novas mensagens, mantendo sua mente inquieta e seus pensamentos ansiosos.

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora