capitulo 47

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Já fazia algum tempo desde que tudo havia acontecido. As aulas terminaram, e eu havia passado em todas as matérias. S/N e Thaiga também. Agora, a grande expectativa era o baile de fim de ano. S/N queria que fossemos combinando, e é claro que eu estava disposto a fazer qualquer coisa que a deixasse feliz.

Naquele dia, estávamos em uma loja de grife. Tudo ali era absurdamente caro, mas S/N era rica, então não parecia se importar. O ambiente era sofisticado, com espelhos dourados refletindo o brilho das peças elegantes ao nosso redor.

"Amor, o que você acha desse?" — S/N perguntou, saindo do provador com o décimo terceiro vestido, um modelo rosa claro que abraçava seu corpo perfeitamente.

Meus olhos percorriam cada detalhe dela, do caimento do vestido à forma como ele realçava sua beleza. "Você está linda, amor. Assim como estava com os outros," respondi, genuíno, admirando-a.

Ela sorriu levemente, seus olhos brilhando. Aproximou-se para me dar um beijo suave, que trouxe consigo uma corrente de calor e conforto. Mas algo em sua expressão mudou de repente; havia uma sombra de preocupação.

"Mas... amor," ela começou, hesitante. "O vestido é rosa. Você não ficaria desconfortável usando algo combinando? Não é muito... sua cara?"

Eu ri de leve, sentindo a doçura de sua preocupação. "Vida, eu não ligo para essas coisas," respondi, puxando-a para mais perto e selando nossos lábios em um beijo caloroso. "E sobre a roupa... Eu vou bem básico. Meu melhor acessório é você como minha namorada." Toquei suavemente sua bochecha, observando-a corar.

S/N abaixou os olhos, envergonhada, mas com um sorriso que não conseguia esconder. Era nesses momentos que eu percebia o quanto a amava, não só pela beleza óbvia, mas pela forma como sua essência irradiava felicidade ao meu redor.

Depois de decidirmos, ela pagou o vestido — sem hesitação, como se o preço fosse um detalhe insignificante — e eu escolhi um terno simples que combinaria com o visual que ela tinha em mente. Com tudo resolvido, voltamos para a casa dela.

Ao chegarmos, fomos recebidos por Gabriel, o irmão de S/N. Ele sempre tinha aquele ar descontraído e caloroso, a figura perfeita de um irmão protetor.

"Oi, maninho!" — S/N exclamou, correndo para dar um abraço apertado em Gabriel.

"Oi, minha princesinha," ele respondeu, beijando sua testa com carinho.

Sorri, assistindo à cena, e logo me aproximei. "E aí, cunhado," cumprimentei, oferecendo um toque de mão.

"Fala, cunhado," ele devolveu, retribuindo o gesto com a mesma leveza.

S/N, sempre prática, já estava indo para a cozinha, perguntando: "Fez algo para comer?"

Gabriel deu de ombros, com um sorriso travesso no rosto. "Fiz nada... comprei pizza e Coca-Cola."

S/N riu, balançando a cabeça. "Por que eu não tô surpresa?" Seu tom era de brincadeira, mas havia um toque de ternura. Ela sabia que aquilo era típico de Gabriel.

Nos sentamos para comer, o ambiente era leve e descontraído. As risadas enchiam a sala enquanto assistíamos a um filme e brincávamos juntos. A conexão entre nós era palpável, como se o mundo lá fora fosse irrelevante.

Naquele momento, olhando para S/N, rindo despreocupada, senti uma onda de gratidão. Tudo estava perfeito. Nada poderia ser melhor do que compartilhar aqueles momentos simples e preciosos com ela e as pessoas que faziam parte de sua vida.

Continua

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora