Stalker-Loud Thurzin

capítulo 48

Hoje era o grande dia do baile, e eu estava radiante. O vestido longo e cintilante se ajustava perfeitamente ao meu corpo, os cabelos soltos caíam em ondas suaves, e a maquiagem leve destacava meus traços de forma delicada. Ao sair do quarto, respirei fundo, sentindo a ansiedade e a excitação crescerem. Desci as escadas devagar, observando cada degrau até que meus olhos encontraram os dois homens mais importantes da minha vida: meu irmão mais velho, Gabriel, e meu namorado, Arthur.

Gabriel foi o primeiro a falar, sua voz carregada de orgulho e emoção. "Irmã, você está maravilhosa," ele disse, seus olhos brilhando com um afeto que fez meu coração aquecer.

Antes que eu pudesse responder, Arthur se aproximou, sempre tão elegante e charmoso. Ele segurou minha mão com delicadeza e, num gesto cheio de romantismo, a levou aos lábios. "Minha rainha," ele começou, sua voz grave e cheia de intensidade, "você está mais linda do que qualquer obra de arte do Van Gogh." O olhar que ele me lançou parecia penetrar fundo na minha alma, me deixando sem fôlego.

Eu sorri timidamente, tentando controlar as emoções que ameaçavam transbordar. "Obrigada, meninos," murmurei, sentindo uma onda de amor por ambos.

Arthur manteve minha mão na dele e me guiou até o carro que esperava do lado de fora. O veículo era novo, brilhante, quase uma extensão da elegância dele.

"Gostou, amor?" Arthur perguntou, seus olhos buscando aprovação. "Comprei hoje, especialmente para esta noite."

"Lindo, amor," respondi, tocada pela atenção aos detalhes. "Fico feliz por isso."

Ele abriu a porta para mim com um gesto cavalheiresco, e entrei no carro, ajustando o cinto de segurança. Arthur se acomodou ao meu lado, ligando o motor com uma facilidade casual, e partimos em direção ao baile.

No silêncio do trajeto, Arthur quebrou a quietude com uma notícia inesperada. "Amor," ele começou, a voz misturando ansiedade e orgulho, "saí do restaurante... seu irmão me colocou na empresa."

Meu coração se encheu de alegria. "Isso é incrível, amor! Estou tão orgulhosa de você."

O caminho até o baile parecia um sonho. Tudo estava perfeito. Quando chegamos, as luzes vibrantes e a música alta envolviam o lugar, enquanto casais dançavam e riam. Ao longe, vi Mih e Thaiga se beijando discretamente em um canto, imersos em seu próprio mundo.

Arthur pegou minha mão e me puxou para a pista de dança, seus olhos nunca deixando os meus. Ele me girou suavemente, as mãos firmes na minha cintura, enquanto o ritmo da música nos envolvia em uma dança lenta e íntima. Seus dedos entrelaçados aos meus pareciam transmitir mais do que palavras.

"Você sabe," ele disse, sua voz rouca e baixa, "por um momento, achei que você nunca cederia a mim." Ele sorriu de lado, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e ternura. "Ainda bem que você se apaixonou por mim... Eu me sinto o homem mais sortudo do mundo com você ao meu lado."

Meu coração acelerou com suas palavras. "Difícil não se apaixonar por você," respondi, com sinceridade. "Você sempre fez tudo por mim... e eu faria tudo por você."

Nosso beijo foi suave, mas cheio de promessas. Aquele momento parecia eterno. Em seguida, eu dei um gole na minha Coca-Cola, tentando acalmar as emoções turbulentas que fervilhavam dentro de mim. O baile continuou, repleto de risadas e música, e tudo parecia tão certo, tão perfeito.

"Eu te amo tanto," Arthur sussurrou, segurando minha nuca com delicadeza antes de me beijar novamente, desta vez com uma paixão que fez minhas pernas tremerem.

Voltamos a dançar, mas logo senti minhas pernas fraquejarem de cansaço. Arthur, sempre atento, percebeu e me conduziu até uma cadeira próxima. "Venha, meu anjo, sente-se aqui um pouco. Vou pegar uma bebida para você," ele disse, preocupado.

Ele voltou logo depois com mais uma Coca-Cola, e sorri agradecida. Mas então, algo mudou. Arthur se levantou de repente e, com um brilho misterioso nos olhos, caminhou em direção ao palco. Eu franzi o cenho, curiosa e confusa.

"Gostaria da atenção de todos," ele disse com firmeza, atraindo olhares de toda a multidão. "Hoje, é o nosso último dia nesse... inferno," ele brincou, arrancando risadas da plateia. "Mas, eu queria fazer algo que ficasse marcado na história desta escola."

Eu ri baixinho, lembrando das nossas travessuras. "Matar alguém e deixar o corpo na frente da escola já foi algo marcante o suficiente," pensei, rindo sozinha.

Arthur continuou. "Quero fazer um discurso. Tivemos bons momentos, é verdade. Mas a maioria foi difícil... escola, né? No entanto, sempre conseguimos nos divertir, especialmente nos interclasses. Nossa torcida sempre foi a melhor! E, com toda humildade, eu fui o melhor jogador de vocês." Ele deu uma piscadela, arrancando mais risadas.

Mas, então, o tom da sua voz mudou. Ficou mais sério, mais profundo. "Hoje, eu quero realizar um desejo. Um desejo que carrego desde o momento em que conheci uma garota incrível. Ela apareceu no restaurante onde eu trabalhava e, desde que a vi, me apaixonei perdidamente. Aqueles olhos... eles me enlouqueceram."

Meu coração disparou. Ele estava falando de mim.

"Começamos a namorar," continuou Arthur, sua voz ficando mais emocionada. "Nosso relacionamento é perfeito... mas poderia ser ainda melhor."

Então, sem aviso, ele respirou fundo e se ajoelhou, tirando algo do bolso. Meus olhos se encheram de lágrimas.

"S/n, minha rainha... você não entende o quanto eu faria pela sua felicidade. Eu queimaria o mundo por você, mataria e roubaria para te proteger. Eu sou obcecado por você. E por isso, aqui e agora, quero te fazer uma pergunta: você aceita se casar comigo?"

O salão inteiro explodiu em gritos e aplausos. As lágrimas que antes represava agora caíam livremente, e, sem pensar, corri até ele, jogando meus braços ao redor do seu pescoço e o beijando com todo o amor que eu tinha.

"Eu aceito!" sussurrei, a voz embargada, logo após o beijo.

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