capitulo 26

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Acordei primeiro que S/N. Ao abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi aquele rostinho angelical. Ela parecia um anjo dormindo, serena e tranquila. Um sorriso involuntário se formou em meus lábios. Eu amo essa garota. Não há nada que eu não faria por ela.

Com cuidado, comecei a fazer carinho em seus cabelos, sentindo a suavidade entre meus dedos. O quarto estava silencioso, apenas o som suave de sua respiração preenchia o ambiente. Olhei para o relógio ao lado da cama; eram 4:50 da madrugada. Em breve, o irmão dela acordaria, e eu sabia que precisava sair dali antes que ele aparecesse.

Mas algo me prendia. O cheiro dela, doce e reconfortante, fazia meu coração acelerar. Não conseguia me afastar. Ela se mexeu, se virando na cama, e para minha surpresa, me abraçou. Senti seu corpo quente se aconchegar ao meu, e meu coração quase explodiu de felicidade. S/N estava aceitando o fato de ser minha. Era um sinal.

Eu jamais machucaria essa garota. Meu único desejo era protegê-la, mesmo que isso significasse ir contra o mundo. Ninguém sabia até onde eu estava disposto a ir por ela. Se fosse necessário, eu mataria qualquer um que a ameaçasse. Não me importava com o sangue que mancharia minhas mãos. Eu queimaria o mundo inteiro por ela, torturaria qualquer um que ousasse se aproximar com más intenções.

Inclinei-me para perto de seu ouvido e sussurrei, "Eu te vejo já já." Meu tom era suave, quase carinhoso, como uma promessa.

Dei um beijo suave em seu rosto, sentindo o calor de sua pele contra meus lábios, e me levantei da cama. Silenciosamente, saí do quarto, fechando a porta atrás de mim.

Ao pegar meu celular, vi que havia mensagens do Coringa:

Coringa: Arthur, onde você tá?

Arthur:Tô indo pra casa.

Coringa: Você tava na casa dela de novo? Isso não vai dar bom.

Arthur: Relaxa, ela não sente medo.

Coringa:Duvido.
Coringa: Isso tá ficando doentio. Quando ela descobrir a verdade, jamais vai olhar na sua cara.

Arthur: Fica tranquilo, eu estou me resolvendo com ela.

Suspirei e desliguei o celular, guardando-o no bolso da calça. A preocupação do Coringa era clara, mas ele não entendia. Ninguém entendia o que eu sentia por S/N, nem o que eu estava disposto a fazer para mantê-la segura.

Caminhei pelas ruas escuras. A cidade estava envolta em uma névoa fria, o que me agradava. Eu gostava do frio, da solidão que ele trazia. Enquanto andava, vi dois adolescentes em uma moto. Eles se aproximaram rapidamente, suas intenções eram óbvias.

"Vamos, passa tudo," um deles gritou, saindo da moto e colocando a mão na cintura, como se estivesse prestes a sacar uma arma.

Olhei para ele com um sorriso discreto, sem mostrar os dentes. "Amigo, você está cometendo um erro," disse, minha voz calma, mas com um tom de aviso.

"O que foi que eu disse?" o outro falou, impaciente. "Estamos armados. Passa tudo!"

Em um movimento rápido, dei um golpe no primeiro, fazendo-o cair no chão. Antes que o segundo pudesse reagir, ataquei-o também. Bati neles sem piedade, meus punhos encontrando carne e osso com força e precisão. Eles tentaram resistir, mas logo estavam no chão, incapazes de se levantar.

"Escolheram o cara errado para roubar," murmurei, um sorriso debochado surgindo em meus lábios.

Deixei-os ali, gemendo de dor na calçada, e continuei meu caminho para casa. Tomei um banho, deixando a água quente lavar o sangue das minhas mãos e o cansaço do corpo. Finalmente, me deitei na cama, exausto.

Foda-se a escola. Hoje eu não vou.

Continua

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora