capitulo 33

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As aulas finalmente terminaram, e todos os alunos foram interrogados. Eu sabia que poderia falar sobre o boy killer, sobre como eu o conheço, mas, para ser sincera... Eu não vou traí-lo.

Ao sair da escola, encontrei o Bak na frente, visivelmente desesperado.

"Você tá bem? Foi ele, não foi?" - Bak perguntou, com a voz trêmula.

"Foi," - respondi secamente. "O Matheus tirava fotos das meninas escondido. Ele tem um diário... Eu vi. Ele tinha uma foto minha e... ele se masturbava olhando pra ela." - minha voz era fria, quase sem emoção. "O Stalker só fez justiça."

Bak ficou em silêncio, seus olhos fixos nos meus, sem reação, tentando processar tudo.

"Tô começando a gostar desse cara... mas ainda o odeio." - Bak disse, com um suspiro pesado. "Eu te amo, e sinto que, se eu tentasse te afastar dele, você me deixaria. Por isso, aceito essa relação estranha."

Uma onda de alívio e felicidade me atingiu, e abracei Bak com todas as minhas forças, sentindo seu coração bater forte contra o meu.

Meu celular vibrou. Olhei a tela, era uma mensagem do *Stalker*.

"Bom dia, meu amor. Viu que estou sempre te protegendo?"

Respondi rapidamente:

"Vi, sim. Obrigada. Passa na minha casa hoje, precisamos conversar."

Desliguei o celular e o guardei no bolso.

"Você acabou de convidar um assassino pra nossa casa?" - Bak perguntou, com incredulidade na voz.

"Sim." - respondi, sem hesitação.

Chegamos em casa. Tomei um banho rápido, almocei e fiz minhas atividades. Depois, deitei na cama, peguei o celular e mandei outra mensagem para o *Stalker*.

"Oi."

"Oie, princesa. Estou surpreso por você estar me chamando."

"Quero você aqui agora."

"Agora?"

"Sim, vem pra minha casa agora."

"Estou a caminho."

Guardei o celular e esperei.

Cerca de 20 minutos depois, vi ele pela janela, com a máscara de sempre.

"Por que ainda usa isso?" - perguntei, curiosa.

"Ainda não está na hora." - ele respondeu, com a voz baixa.

"Você disse que faria tudo por mim." - insisti, tentando pressioná-lo. "Me diga quem você é."

O *Stalker* me olhou intensamente, suspirou fundo e começou a tirar a máscara.

"ARTHUR!" - gritei, em choque.

"Maninha!" - Bak entrou no quarto de repente, também surpreso. "O garçom?" - ele riu, incrédulo. "O garoto com cara de inocente, o muleque que ninguém dava nada..."

Bak continuava rindo, agora sentado no chão, tentando controlar a surpresa. "Você era o Stalker o tempo todo?"

"Arthur, como?" - perguntei, ainda sem acreditar.

"Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi." - Arthur disse, com a voz carregada de emoção. "Eu queria te ter para mim."

"E você achou que ameaçando e torturando psicologicamente iria conquistar ela?" - Bak questionou, sua voz cheia de raiva contida.

"Sua irmã não é santa." - Arthur respondeu, a voz agora mais grossa, quase sombria. "Eu pesquisei muito sobre ela. Ela se esconde por trás dessa máscara de menina boazinha, mas só o diabo conhece a mente suja que ela tem. Sua irmã sempre gostou dos vilões, então eu me tornei a porra de um vilão."

Bak ficou em silêncio por um momento, observando Arthur e depois me olhando. "Bom... s/n sabe o que é melhor pra ela. Eu aprovo esse namoro aí." - ele disse, firme. "Mas agora, sem matar ninguém, sem ameaças, sem manipulações, sem possessão."

"Não se preocupe." - Arthur respondeu, seu tom era sério. "Eu só vou proteger e amar ela."

Bak sorriu, satisfeito.

"Arthur, estamos namorando?" - perguntei, sentindo meu coração acelerar.

"Já faz tempo, desde que coloquei os olhos em você." - ele respondeu, sem hesitação.

Bak saiu do quarto, nos deixando sozinhos.

"Você está sendo uma boa garota." - Arthur disse, com um sorriso. "Está merecendo um presente."

"O que seria?" - perguntei, tentando adivinhar.

"Você sabe." - Arthur disse, com um tom sério.

Falamos juntos, em perfeita sintonia.

"Sorvete de flocos."

Rimos juntos, a tensão se dissolvendo.

"Vamos lá, nega, eu te pago um."-Arthur disse

Continua

Stalker-Loud ThurzinOnde histórias criam vida. Descubra agora